Taxa Interna de Retorno: o que é e como calcular a TIR?

Avaliar o potencial retorno de um investimento é essencial antes de tomar qualquer decisão. Uma das melhores formas para calcular isso é por meio da chamada Taxa Interna de Retorno.

Por ser um método rápido e fácil interpretação, a Taxa Interna de Retorno é um dos indicadores de análise de ações utilizadas no mercado. Com ela, é possível saber, de forma clara e direta, se determinado investimento será bom ou ruim no futuro.

O que é a Taxa Interna de Retorno (TIR)?

A Taxa Interna de Retorno, também conhecida como TIR, é um indicador que, quando aplicado ao fluxo de caixa, torna os valores de retorno iguais às despesas trazidas a valor presente.

Por exemplo: se a TIR de um projeto é de 20% e os seus fluxos de caixa anuais e estáveis, então o retorno anual para investir nesse projeto será de 20%.

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Como funciona a Taxa Interna de Retorno?

A taxa interna de retorno é um método muito usado para verificar a viabilidade de terminado projeto ou investimento. Sendo assim, é fundamental entender quando ocorre a taxa interna de retorno.

Sendo assim, a TIR ajuda a calcular a taxa de desconto de determinado fluxo de caixa para que seu valor presente líquido (VPL) chegue a zero.

O VPL é um cálculo que traz ao presente determinado valor futuro, representando assim a diferença entre recebimentos e pagamentos de determinado investimento em valores de hoje.

Portanto, para verificar a viabilidade de um projeto, existem três possibilidades. Primeiramente, se a TIR de um projeto for maior que a taxa mínima de atratividade, significa que ele é viável.

Por outro lado, se o valor for negativo, esse projeto não tem viabilidade econômica, sendo uma boa opção não prosseguir com o trabalho.

Como calcular a Taxa Interna de Retorno?

A fórmula da TIR pode parecer difícil para quem não está familiarizado com os termos, mas pode ser calculada a partir da explicação de cada indicador. Dessa forma, a fórmula para calcular a Taxa de Retorno é:

Onde:

  • t: Período ocorre o fluxo de caixa (podendo ser em meses, bimestres, semestre ou anos, meses);
  • FCt: Fluxo de caixa do período t;
  • n: número total de períodos analisados;
  • Σ: somatório dos fluxos de todos os períodos.

Primeiramente, considera-se o somatório dos fluxos (Σ)  de todos os períodos que se deseja calcular (n).

Além disso, são levados em conta na equação o período ocorre o fluxo de caixa (t), que pode ser calculado em meses, bimestres, semestres, anos ou outros períodos de tempo. Por fim, o fluxo de caixa do período t, (FCt) também é considerado para o cálculo.

Sendo assim, multiplica-se Σ pelo resultado da divisão do fluxo de caixa ao longo do tempo pela soma de 1 + a taxa interna de retorno elevado ao período (t) estudado.

Ainda que esse cálculo possa parecer complexo de ser realizado por conta própria, pode-se usar uma calculadora para calcular taxa interna de retorno.

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Qual a diferença entre a Taxa Interna de Retorno e Taxa Mínima de Atratividade?

Primeiramente, para compreender o resultado da TIR, o investidor precisa comparar taxa interna de retorno e taxa mínima de atratividade.

Sendo assim, a TMA representa a rentabilidade mais fácil de ser conseguida no mercado com o mínimo de risco. Logo, o projeto só seria vantajoso se seus retornos superassem essa taxa mínima.

Portanto, para pessoas físicas, uma boa TMA pode ser a rentabilidade de um investimento de baixo risco, como uma aplicação na poupança ou um título de Tesouro SELIC, por exemplo.

Por outro lado, no caso das empresas, a TMA adotada costuma ser o custo de capital. A taxa mais utilizada, nesse caso, seriam os juros para emprestar ou tomar capital de terceiros.

Com base na comparação TIR x TMA, se a primeira for maior do que a segunda, o investimento seria atrativo, já que ele renderia mais do que uma aplicação livre de risco.

Por outro lado, se for igual à TMA, o investimento não seria bom e nem ruim, pois renderia a mesma coisa que uma taxa mínima livre de risco.

Por fim, se a TIR for menor do que a TMA, o investimento não seria atrativo, pois sua rentabilidade é superada por um investimento com o mínimo de retorno já definido.

Quais as vantagens e desvantagens da TIR?

As vantagens e desvantagens da TIR são inúmeras, sendo preciso avaliar quando essa métrica vale a pena ser usada e quando não é interessante usá-la.

Primeiramente, é mais fácil para comparar investimentos, pois se trata de um valor relativo, e não absoluto (como o método de Valor Presente Líquido, ou VPL).

Em segundo lugar, a métrica considera o valor do dinheiro no tempo, convertendo fluxos futuros a um valor no presente. Por fim, ela é mais simples e clara para ser interpretada.

Entretanto, as limitações e desvantagens desse indicador também existem, afinal, ela não pode ser aplicada em projetos com fluxo de caixa não convencional.

Além disso, o cálculo é um pouco mais complexo e difícil de ser realizado manualmente. Por fim, dependendo do fluxo de caixa, podem existir múltiplas taxas de retorno para um projeto, ou até mesmo nenhuma taxa.

Dessa forma, cada pessoa deve avaliar se vale a pena fazer uso do indicador TIR para mensurar a viabilidade de seu projeto.

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Qual a importância da Taxa Interna de Retorno?

Mesmo com algumas limitações, saber como interpretar a TIR é bastante importante, pois essa é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado financeiro.

Sendo assim, ainda que sua fórmula seja complexa, a TIR pode ser facilmente calculada em calculadoras financeiras, planilhas eletrônicas e softwares estatísticos.

Uma vez que, para verificar a viabilidade de um projeto, é preciso elaborar um fluxo de caixa adequado, entende-se a importância da TIR.

Além disso, ainda que seu cálculo seja mais complexo, o resultado é relativamente fácil de ser interpretado. Entretanto, deve-se considerar os riscos de um projeto ou de se fazer determinado investimento, o que não é tão nítido através da TIR.

Portanto, deve-se fazer uma avaliação considerando diversos outros fatores, de forma a avaliar corretamente a viabilidade de um projeto ou investimento. Particularmente, utilizar a TIR anualizada pode ajudar a ter uma visão do investimento em maiores prazos.

Foi possível entender do que se trata a taxa interna de retorno? Comente abaixo para que possamos retirar alguma dúvida que tenha permanecido!

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    Tiago Reis
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    4 comentários

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    • Ricardo 9 de abril de 2020
      Obrigado! Didática clara e focada.Responder
    • Adriana 19 de junho de 2020
      Perfeito, simples e de fácil compreensão. ObrigadaResponder
    • Guido 30 de dezembro de 2020
      Muito legal a explicação !Responder
      • Suno Research 6 de janeiro de 2021
        Olá, Guido! Tudo bem? Muito obrigado! Atenciosamente, Equipe Suno.Responder