Radar: Telefônica Brasil (VIVT3) pagará JCP milionário, Itaú (ITUB4) sobe forte na Bolsa e Petrobras (PETR4) encerra plano de recompra

A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, vai pagar R$ 405 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (17).

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O valor dos proventos por ação da Telefônica será de R$ 0,24, que serão pagos aos acionistas até o dia 30 de abril de 2024, em data a ser fixada pela diretoria da companhia.

Apenas os investidores com ações da Telefônica Brasil no dia 31 de julho de 2023 terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 1º de agosto, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.

O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, resultando em aproximadamente R$ 0,20 líquidos por ação.

JCP da Telefônica Brasil

  • Valor bruto total: R$ 405.000.000,00
  • Valor líquido total: R$ 344.250.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,24
  • Data de corte: 31 de julho
  • Data do pagamento: até 30 de abril de 2024

Telefônica Brasil paga dividendos nesta terça-feira

Na agenda de dividendos da semana, a Telefônica será a protagonista na conta dos investidores. Para ter direito a receber dividendos e juros sobre capital próprio, o investidor precisava ter os papéis em carteira no dia da data de corte.

Muitos investidores novos no mercado se questionam como receber dividendos, mas não é preciso fazer nenhuma ação, pois o dinheiro ficará disponível automaticamente na conta da corretora. Acompanhe abaixo os detalhes de cada pagamento.

  • Tipo: Dividendo
  • Valor por ação: R$ 0,4975 e R$ 0,6011
  • Data de corte: 13/04/2023 e 29/12/2022
  • Data de pagamento: 18/07/2023
  • Rendimento (yield): 1,22% e 1,55%

Como aponta a lista acima, a Telefônica irá distribuir dividendos para acionistas que detinham os papéis em 29 de dezembro de 2022, com o valor de R$ 0,6011 por ação. Além disso, para aqueles que compraram do ticker posteriormente a essa data e antes do dia 13 de abril deste ano também receberão dividendos, no valor de R$ 0,4975 por ação.

Além de Telefônica, veja outros destaques desta segunda-feira:

Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) fecham em alta no Ibovespa; veja os motivos

  • As ações de Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) disparam nesta segunda-feira (17) no Ibovespa, com gestores na expectativa da divulgação de resultados positivos para os bancos no segundo trimestre.
  • No fechamento, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 0,88%, ao preço de R$ 48,11. Ações de outras instituições financeiras também subiam em bloco. Confira:
  • Itaú Unibanco (ITUB4): alta de 1,94%, aos R$ 28,83;
  • Santander Brasil (SANB11): alta de 2,15%, aos R$ 29,94;
  • Bradesco (BBDC4): alta de 1,59%, aos R$ 16,60;
  • Nubank (NUBR33): alta de 1,13%, aos R$ 6,24;
  • B3 (B3SA3): alta de 0,97%, aos R$ 14,59.

Itaú BBA: segundo trimestre será diversificado para bancos

  • Em relatório divulgado no domingo (16), o Itaú BBA projetou uma temporada ‘diversificada’ para os bancos brasileiros no segundo trimestre. Investidores estarão em busca de pistas para saber se o primeiro trimestre foi ou não um período fraco para o setor, e o que esperar para o segundo semestre deste ano e 2024.
  • No texto, a instituição afirmou estar otimista com BTG Pactual (BPAC11) e Nubank, que provavelmente apresentarão fortes ganhos e terão chances de revisão para cima, assim como Banco do Brasil e B3. Por outro lado, Bradesco e Santander Brasil devem registrar outro conjunto de resultados fracos, pressionados por despesas operacionais e pressões de provisão.
  • No caso do BTG Pactual, o Itaú espera que a instituição reporte um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, com contribuições de todas as unidades de negócio e destaque para melhores condições de negócios em empréstimos para empresas. O balanço da companhia será divulgado em 9 de agosto, antes da abertura do mercado.
  • “No geral, o desempenho do segundo trimestre deve colocar o BTG no caminho para cumprir sua orientação fiscal para o ano e, provavelmente, desencadeará revisões para cima, dados os fortes sinais de melhora na atividade comercial durante o segundo semestre de 2023”, afirmou o banco.
  • Já sobre o Nubank, o Itaú BBA acredita que a fintech reportará um lucro líquido de R$ 195 milhões no segundo trimestre, implicando em um Retorno sobre Patrimônio (ROE) consolidado de 15%. O balanço do “roxinho”, como é popularmente conhecido, deve ser divulgado em 15 de agosto, depois do fechamento do mercado.
  • A margem financeira bruta do Nubank do período deverá ser a principal impulsionadora dos resultados, dada a rápida monetização dos cartões e a reaceleração da carteira de crédito pessoal. Os investidores também estão na expectativa sobre o recente lançamento do crédito consignado, disse o BBA.
  • Em relação à B3, a instituição afirmou que a bolsa brasileira teve uma melhora sequencial de aproximadamente 6% nos volumes, impulsionada pela melhora significativa nos preços de mercado no final do trimestre. O BBA acredita que as pressões de custo estão diminuindo, e espera uma alavancagem operacional daqui para a frente para a companhia.

Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil: divergência entre grandes bancos

  • De acordo com o Itaú BBA, o Banco do Brasil deve continuar se destacando entre os grandes bancos, com ROE de 20% e lucro estimado em R$ 8,7 bilhões, além da melhor dinâmica de crescimento de carteira de empréstimos entre as grandes instituições.
  • Por outro lado, o Bradesco seguirá enfrentando desafios no negócio de crédito, com estimativa de R$ 4,4 bilhões com ROE de 11% no segundo trimestre de 2023, apontaram os analistas do BBA. É provável, também, que o Santander também tenha um desempenho fraco, com ROE de 11% e ganhos ligeiramente melhores, mas com uma carteira de empréstimos lenta.
  • O balanço do Santander Brasil deve ser divulgado no próximo dia 26 de julho, antes da abertura do mercado. Já o de Bradesco deve ser divulgado no dia 3 de agosto e o do Banco do Brasil em 9 de agosto, ambos depois do fechamento.

Analistas concordam com previsões do Itaú BBA

  • Para Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, vários gestores estão animados com os resultados dos bancos no segundo trimestre.
  • “O BTG Pactual, Banco do Brasil, Nubank e Itaú estão entre as principais escolhas do sellside quando se fala em bons resultados: o BTG pelo mix de produtos que tem oferecido e conseguido extrair mesmo em cenário adverso – com destaque para a captação recorde no primeiro trimestre de 2023 – e Banco do Brasil, com destaque para carteira de crédito e agronegócio”, afirmou.
  • No lado oposto das apostas, Lemos também concorda com a posição de Bradesco e Santander, o que, segundo ele, ocorre pelo mesmo motivo do primeiro trimestre, que é a carteira de crédito e a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD).
  • “O mercado ainda está cético com o crescimento da carteira de credito de ambos, mas principalmente insatisfeito com o ROE entregue abaixo da media histórica, ainda em risco de ficar abaixo de 2 dígitos no segundo semestre”, acrescentou.

Petrobras (PETR4) encerra plano de recompra de debêntures; saiba mais

  • A Petrobras (PETR4) informou que encerrou, no último sábado (15), seu primeiro plano de recompra de debêntures, iniciado em 15 de julho de 2022.
  • Em comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira (17), a companhia informou que recomprou um total de 244.334 debêntures em sua emissão, entre os papéis da 5ª, 6ª e 7ª emissão, equivalentes a 3% da quantidade total de debêntures em circulação da Petrobras.
  • Ainda de acordo com a estatal, todas as debêntures foram adquiridas no mercado secundário, seguindo preços de mercado.

Petrobras anuncia pagamento milionário de juros de debêntures

  • Nesta segunda-feira, a Petrobras realizou o pagamento de juros aos detentores das 1ª, 2ª e 3ª séries de sua 6ª emissão de debêntures, realizada por meio do Banco Citibank, que é a instituição financeira liquidante das debêntures.
  • Na 1ª série, que conta com um total de 898.397 debêntures, os juros terão um valor unitário de aproximadamente R$ 25,662. Já na 2ª série, com 1.694.089 debêntures, a remuneração será de R$ 26,745 cada.
  • Enquanto isso, os juros de debêntures da Petrobras da 3ª série terão o valor unitário de R$ 69,183, considerando a quantidade de 1.007.514 de títulos.
  • Sobre o valor dos juros pagos aos debenturistas, existe a incidência de imposto de renda na fonte, que se refere a tributação de investimentos financeiros de renda fixa conforme a legislação.
  • Assim, se aplica uma alíquota associada à situação de cada beneficiário, exceto no caso daqueles que comprovarem o seu direito à dispensa da retenção, ou seja, que não terão a incidência de IR sobre o valor recebido.

Juros de debêntures da Petrobras

  • Valor total: R$ 138.067.266,36;
  • Valor por debênture: R$ 25,66214760 (1ª série), R$ 26,74550521 (2ª série) e R$ 69,18336 (3ª série);
  • Data de emissão: 15 de janeiro de 2019;
  • Data do pagamento: 17 de julho de 2023.

Presidente da Petrobras fala de ‘união de estatais’ na COP 28

  • As empresas estatais de petróleo querem ir unidas à Conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudança do clima em Dubai (COP 28), prevista para novembro deste ano.
  • Chamado a fazer parte do grupo esta semana, durante o 8º Seminário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, afirma que o objetivo é mostrar quais são as metas do setor, considerado o grande vilão da transição energética.
  • Prates observa que para as petroleiras, as mudanças rumo a uma economia descarbonizada são mais complexas.
  • “Para nós o desafio é duplo, você tem que se transformar, eu chamei de metamorfose energética, para nós é mais do que uma transição energética, É deixar de produzir o que rende pra você e virar uma empresa de energia com outra fonte também, até um momento lá na frente que você vai passar a produzir outra coisa”, disse Prates, após apresentação sobre descarbonização no seminário da Opep, em Viena, na segunda (10).
  • Desde que tomou posse, em janeiro deste ano, Prates criou a primeira diretoria voltada para a transição energética, ocupada pelo ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Maurício Tolmasquim, que liderou a evolução da energia eólica no País.
  • A estatal anunciou também que planeja construir parques eólicos offshore, com planos de entrar na produção de hidrogênio verde, e também caminha para desenvolver biocombustíveis em larga escala.
  • Segundo ele, o convite ocorreu após suas declarações, no início de junho, de que ser sócio do governo traz mais bônus do que ônus. As estatais do petróleo querem mostrar em Dubai que estão preparadas para a transição, apesar do evidente conflito de interesses. A ideia é estabelecer metas que serão atualizadas anualmente, disse Prates.
  • “Elas (petroleiras estatais) querem montar um grupo forte de empresas nacionais, no sentido de dizer quais as nossas metas, bem claras e factíveis e atualizadas anualmente. Nós não só vamos participar de forma muito eloquente, como teremos metas atualizadas anualmente”, afirmou.

Opep no radar

  • O executivo disse que convidou o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitan Al Ghais, para visitar o Brasil. Natural do Kuwait, Ghais morou seis anos no Brasil, em razão do trabalho do pai, e fala português.
  • “Convidei Haitan Al Ghais a vir ao Brasil em uma data e para uma agenda que sugerimos nos próximos dias. Ele aceitou, e teremos novidades interessantes em breve. Tivemos boas conversas em Viena, e continuamos em contato. Pontos de vista bem convergentes”, disse o presidente da Petrobras em uma rede social.
  • O executivo destacou que a mensagem enviada pelo secretário da Opep ao grupo das sete maiores economias mundiais (G7) sobre a transição energética. “Vale a leitura para entender como a principal entidade setorial está reconhecendo e se preparando para realizar a transição energética”, disse Prates na rede social.
  • O presidente da Petrobras tem afirmado que a transição energética para as petroleiras é mais que uma transição, “é uma verdadeira metamorfose energética. Ou seja, se transformar em outra coisa, sem parar de caminhar”, explica.
  • Em artigo dirigido ao G7, Ghais afirma que “pode não haver uma solução única para um futuro de energia sustentável, mas a colaboração e a ação inclusiva serão essenciais para alcançar uma transição justa e permanente”.
  • O secretário da Opep lembra que a demanda global de energia vai crescer 23% até 2045, segundo o World Oil Outlook 2022, e atender a esse aumento com segurança energética, acesso global e redução de emissões vai exigir todas as energias, investimento e colaboração.
  • “Somente para a indústria do petróleo, que responderá por quase 29% das necessidades de energia do mundo até 2045, os requisitos globais de investimento totalizam US$ 12,1 trilhões de agora até lá.
  • Isso equivale a mais de US$ 500 bilhões por ano”, disse Ghais no artigo, ressaltando que os níveis anuais recentes de investimentos ficaram significativamente abaixo desse valor, devido à desaceleração do setor, à pandemia e ao crescente foco em questões ambientais, sociais e de governança.
  • No artigo, Ghais argumenta que não está havendo investimento suficiente em todos os tipos de energia, principalmente se se levar em conta que existem 700 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade e 2,4 bilhões usam sistemas ineficientes e poluentes.
  • “O foco geral precisa estar na redução de emissões e no uso de todos os combustíveis em todo o mundo. Nesse sentido, não existe uma solução única para um futuro energético sustentável. O que é o caminho certo para um pode não ser o caminho certo para outro”, afirma.
  • Ghais finaliza o artigo, dizendo que aguarda com expectativa a realização da 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP28), em novembro, nos Emirados Árabes, país membro da Opep, onde será realizado o primeiro balanço geral desde o Acordo de Paris (COP 21).
  • Ele destacou a declaração feita pelo presidente da COP28, Sultan Ahmed Al Jaber, de que é preciso “energia máxima, emissões mínimas”.
  • “Esta é uma lição importante para os líderes do G7 quando se reunirem em Hiroshima, pois planejamos uma transição energética ordenada, impulsionada pelos desafios de segurança energética, acessibilidade e sustentabilidade”, explica.
  • “Como observei em várias ocasiões, esperamos que o futuro veja investimentos e financiamento na transição energética com foco em uma abordagem de todos os povos, todos os combustíveis e todas as tecnologias”, concluiu Ghais.

Cotação da Petrobras

  • No fechamento desta segunda-feira (17), as ações da Petrobras caíram 0,21%, cotadas a R$ 28,99.

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Veja os fundos multimercados que tiveram rendimentos acima do CDI no primeiro semestre

  • Um levantamento realizado com base nos dados da plataforma Morningstar apontou que apenas nove fundos multimercados tiveram rendimentos maiores que o CDI nos primeiros seis meses de 2023, com destaques para o Mapfre Inversion, Canvas Vector e dois fundos da gestora AZ Quest entre os mais rentáveis do período.
  • Após atravessarem um 2022 com bons ganhos, os fundos multimercados sofreram mais na primeira metade de 2023, que não foi um período muito rentável para esses ativos em geral, dado que muitos gestores apostaram em uma alta maior nos juros dos Estados Unidos e do petróleo, deixando de lado os mercados de ações e câmbio no Brasil.
  • O indicador que é referência dessa classe de fundos, o Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA), subiu 2,46% no primeiro semestre, bem menos do que o CDI, que se valorizou 6,50% no mesmo intervalo.
  • O Ibovespa subiu 8% no semestre com a melhora das expectativas sobre a desaceleração da inflação, a redução do risco fiscal e do ruído político e a manutenção da meta de inflação em 3% até 2026.
  • A modalidade de fundos multimercado viu neste período um resgate líquido de R$ 53,6 bilhões, com a renda fixa sendo o porto seguro do investidor neste cenário de Selic alta (13,75% ao ano) e inflação em queda.
  • O ranking formulado pelo economista Marcelo d´Agosto, com base nos dados da Morningstar e publicado no Valor Investe, apontou:
FundoRetorno no 1º semestre (em %)Retorno em junho (em %)Retorno nos últimos 12 meses (em %)RiscoPerda máxima nos últimos 12 meses (em %)Patrimônio líquido (em R$)
Mapfre Inversion FIM16,484,4825,847,77-2,1855 milhões
Canvas Vector FIC FIM14,813,1824,287,58-1,39123 milhões
AZ Quest Multi PWR FIC FIM13,162,3312,556,99-3,3294 milhões
AZ Quest Multi Max FIC FIM10,991,9512,664,88-1,42262 milhões
Finacap Multiestratégia FIM10,032,7915,774,13-0,4768 milhões
Blueline Alpha Feeder B FIC FIM9,996,5413,147,99-2,08343 milhões
Armor Axe FIC FIM9,923,2818,616,55-2,75210 milhões
Alaska Range FIM9,763,5918,235,96-1,83139 milhões
Kínitro 30 FIC FIM9,721,8420,912,350330 milhões
CDI6,51,0713,54   

Patrimônio líquido acima de R$ 50 mi e ao menos 100 cotistas

  • Os fundos deste ranking estão disponíveis para em bancos e corretoras, têm histórico de mais de 12 meses, patrimônio líquido acima de R$ 50 milhões e ao menos 100 cotistas. A lista elaborada exclui os fundos espelhos, aqueles que somente espelham outros fundos de investimentos.
  • Uma característica marcante desses fundos multimercados é que eles podem apostar em altas e baixas de ações, câmbio, commodities e juros, no Brasil e no exterior.
  • Os analistas sempre apontam que até os melhores fundos podem ter altas e baixas mais acentuadas, e que é importante o investidor ponderar na hora de escolher sobre essa classe de ativos.
  • A gestora AZ Quest, dona de dois dos fundos mais rentáveis de 2023, apostou e se deu bem com ativos brasileiros.
  • A casa com dois fundos multimercado na lista considerou os ativos baratos porque estava embutido nos preços um risco fiscal exageradamente alto e apostou inicialmente na alta do Ibovespa, do índice Small Cap e do real ante o dólar e, depois, no corte de juros por meio de contratos futuros e opções (contratos que dão direito de comprar ou de vender ativos por um determinado valor em uma data específica do futuro).

Saúde: banco projeta crescimento sólido para Rede D’Or (RDOR3) e mais empresas do setor; veja por quê

  • O Itaú BBA projeta um resultado positivo no segundo trimestre deste ano para várias empresas de saúde – caso da Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) e Mater Dei (MATD3).
  • Em relação às operações hospitalares, o Itaú BBA afirma que a Rede D’Or vai apresentar bons resultados no 2T23. “Prevemos resultados sólidos da Rede D’Or no trimestre, com taxas de ocupação em linha com as médias históricas e manutenção dos preços médios. Conforme esperado para o 2T23, a operação de serviços hospitalares deve apresentar forte expansão na margem Ebitda (aumento de 2 pp no trimestre)”, diz a equipe do BBA.
  • Outro ponto elogiado, segundo os analistas, é a melhora de 70 bps (pontos base) da sinistralidade em comparação ao trimestre anterior, o que foi atribuído à redução de gastos com reembolsos de procedimentos e maior controle de atividades suspeitas de fraudes.
  • Já a Mater Dei, os analistas do Itaú BBA acreditam em uma melhora da lucratividade no trimestre, decorrente da integração de ativos adquiridos, eficiência e diluição de custos. “A empresa deve registrar receita líquida de R$ 567 milhões, alta de 8,3% no trimestre, impulsionado por uma maior taxa de ocupação e um ligeiro aumento no tíquete médio.”
  • Com base nas projeções, estima-se que o lucro líquido da Mater Dei seja de R$ 34 milhões para o trimestre e uma margem Ebitda de 25,2%.

Odontoprev: receita forte no 2T23, segundo o BBA

  • Para o Itaú BBA, outro destaque do setor de saúde é a Odontoprev, que deve continuar a relatar resultados positivos na receita. Analistas estimam uma receita líquida de R$ 530 milhões para o trimestre.
  • Por outro lado, é esperada uma deterioração do índice de sinistralidade (DLR) no 2T23 devido à sazonalidade mais fraca após um 1T23 muito forte. “Nós estimamos um DLR consolidado de 41,0% no trimestre, alta de 6,8 pp em relação ao trimestre anterior. Projetamos um Ebitda ajustado de R$ 159 milhões, com margem de 30,1%”, avalia o Itaú BBA.

Saúde: laboratórios devem ter crescimento consistentes, diz Itaú BBA

  • Segundo o BBA, os laboratórios Fleury (FLYR3) e Hermes Pardini (PARD3) devem apresentar crescimento consistente no 2T23, levando a uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão para a empresa consolidada, impulsionada por um bom crescimento orgânico e desempenho positivo de aquisições.
  • “Esperamos que a lucratividade de ambas as empresas seja pressionada nas bases trimestral e anual. Embora o Ebitda ajustado deva crescer 10% (base anual), a margem deve cair 0,5 pp. Vale ressaltar que deve haver um ajuste de R$ 60 milhões no resultado devido a despesas pontuais relacionadas à fusão das empresas. Portanto, estimamos um resultado consolidado de R$ 99 milhões para o 2T23”, projeta o BBA.
  • Em relação a Dasa (DASA3), nas operações hospitalares (BU1) estima-se uma melhora na receita impulsionada pela taxa de ocupação sazonalmente mais alta. Quanto às operações de diagnósticos (BU2) também é previsto um crescimento na receita líquida em volumes mais fortes.
  • “Ao todo, projetamos que a receita líquida da Dasa consolidada cresça 5% no trimestre, para R$ 3.7 bilhões. Esperamos que a linha superior mais forte gere maior alavancagem operacional e margem bruta sequencialmente maior no BU1, enquanto o BU2 pode ficar um pouco atrasado. Isso, combinado com os esforços contínuos para aumentar a eficiência nas despesas gerais e administrativas, provavelmente levará a uma expansão da margem Ebitda ajustado de 0,6 pp no trimestre, para 18,5%”, afirma a equipe do BBA.

Fleury anuncia nova empresa de oncologia

  • A Fleury anunciou em janeiro que concluiu a constituição de uma nova companhia de cuidados oncológicos em parceria com Atlântica Hospitais e Participações e a Beneficência Portuguesa de São Paulo, denominada ABPF Oncologia.
  • A ABPF Oncologia, segundo a Fleury, pretende “coordenar o cuidado da jornada do paciente oncológico, com soluções preventivas, pesquisas clínicas e cuidado de excelência, por meio de uma solução integrada, multicanal, humanizada e centrada no paciente”.
  • O anúncio da nova empresa da Fleury de oncologia foi feito em maio do ano passado.
  • Além disso, a Fleury informou que, ao final da transação, a Beneficência Portuguesa de São Paulo e a Atlântica Hospitais subscreveram e integralizaram, cada uma, um terço do capital social votante da ABPF Oncologia e celebraram um “Acordo de Acionistas“.
  • Segundo informações do BTG Pactual, a JV (joint venture, empreendimento em conjunto) prevê investimento de R$ 678 milhões, nos primeiros 5 anos, para construir clínicas de oncologia e centros oncológicos que ofereçam tratamentos de alta complexidade.

Planos de Saúde: Qualicorp deve registrar perdas líquidas

  • De acordo com o Itaú BBA, mais um trimestre de perdas líquidas é projetado para Qualicorp (QUAL3), com perda de 30.000 beneficiários. No entanto, é projetado um aumento no tíquete médio.
  • “Assim, projetamos uma receita líquida de R$ 434 milhões. E um Ebitda ajustado de R$ 199 milhões no trimestre”, informa o banco.
  • A Hapvida (HAPV3) também prevê perda de beneficiários, cerca de 91.000 no trimestre, após significativo aumento de preços e descontinuidade de carteiras não lucrativas.
  • Por outro lado, embora os aumentos de preço devam começar a ter um impacto maior no tíquete médio ao longo do segundo semestre de 2023, o Itaú BBA projeta um crescimento de 3% no 2T23. “Nossa estimativa de Ebitda ajustado é de R$ 539 milhões, com margem de 7,8%.”

Cotação

  • No fechamento, nesta segunda-feira (17), os papéis das empresas de saúde citadas ficaram com as seguintes cotações: Rede D’Or subiu 2,69% (R$ 32,89); Mater Dei cresceu 2,57% (R$ 10,39); Hapvida recuou 1,21% (R$ 4,18); Odontoprev queda de 0,25% (R$ 11,97); Dasa teve alta de 0,27% (R$ 11,27); Fleury subiu 1,51% (R$ 15,5); Hermes Pardini se manteve estável (R$ 15,47).

Locaweb (LWSA3): ações ficam entre as principais quedas do Ibovespa nesta segunda; saiba por quê

  • As ações de Locaweb (LWSA3) fecharam em queda nesta segunda-feira (17), liderando as perdas do Ibovespa, pressionadas pela divulgação de um relatório do BTG Pactual (BPAC11 estimando receitas menores para a companhia no segundo trimestre.
  • No fechamento, os papéis ordinários de Locaweb caíram 1,67%, cotados a R$ 7,66.
  • Em relatório, os analistas Carlos Sequeira, Guilherme Gutilla e Osni Carfi, do BTG Pactual, esperam que no segundo trimestre, as receitas da Locaweb recuem para 11,8%, de 21,9% no primeiro trimestre, apresentando R$ 315,9 milhões consolidados.
  • Ainda entre os meses de abril e junho deste ano, a receita de comércio deve apresentar crescimento de 21,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto a receita de BeOnline & Software como Serviço (SaaS) cairá 3,6% na mesma base, mas deve subir 2,2% na comparação com os primeiros três meses deste ano.
  • “Nossa estimativa abaixo do consenso aponta para um crescimento mais moderado em função de comparações difíceis com o segundo trimestre de 2022, quanto a receita subiu 20,6% e várias subsidiárias prosperaram”, disseram os analistas do BTG.

Alavancas de crescimento

  • Segundo o banco, é inegável que um desempenho mais fraco é frustrante para uma empresa com perfil de alto crescimento como a Locaweb, contudo, o BTG acredita que o segundo trimestre de 2023 será o pior em termos de expansão e também de margens.
  • Para continuar superando o mercado, a Locaweb tem como principais alavancas de crescimento aprimorar sua estratégia de precificação e monetização, venda cruzada, além de explorar novos mercados endereçáveis.
  • Como exemplo para melhorar a monetização, o banco cita a retomada da cobrança da taxa de take-rate de 1% nos marketplaces, uma espécie de comissão das transações realizadas por terceiros, o que deve incorporar cerca de R$ 20 milhões em receita anual para a Locaweb.
  • Outro exemplo é melhorar a monetização do Bling – sistema que facilita a emissão de notas fiscais e boletos – que processa um grande GMV (volume de bruto de mercadorias) e tem um preço muito baixo.
  • Já sobre a venda cruzada, o BTG reforçou a contratação recente de Rafael Colozza, com o objetivo de explorar oportunidades no segmento e reduzir custos. “É ótimo ver um alto executivo, com experiência em várias empresas de primeira linha, dedicado ao cross-selling, pois acreditamos que a oportunidade pode ser considerável”.
  • O BTG tem recomendação de compra para as ações de Locaweb, com preço-alvo a R$ 10,00. A companhia divulga seus resultados do segundo trimestre no dia 10 de agosto, depois do fechamento do mercado.

Da Telefônica ao Itaú, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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João Vitor Jacintho

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