Banco do Brasil (BBAS3): Entenda o ‘alívio’ dos impactos negativos do agro
Em relatório recente, a XP destacou que o Banco do Brasil (BBAS3) tem uma parcela significativa da sua carteira de crédito vinculada ao agronegócio e, ao mesmo tempo, aumentou a preocupação dos investidores com relação à dinâmica do setor.
A visão da casa é que, de modo geral, embora as preocupações sejam justificáveis, o Banco do Brasil está relativamente bem protegido.
Segundo a XP, isso se dá graças ao “tamanho, à diversificação e à qualidade de sua carteira de agronegócios”.
“Com um portfólio diversificado, tanto em termos de culturas quanto geográficos, o risco de uma piora esperada na situação de crédito dos produtores de grãos não é relevante e pode se traduzir em uma oportunidade para o Banco do Brasil”, diz a casa.
“Em nossa opinião, as margens estão retornando aos níveis históricos, de modo que os agricultores devem retomar os investimentos assim que os estoques atuais forem vendidos e a perspectiva de demanda melhorar”, completa.
Com isso, a recomendação da casa para as ações do Banco do Brasil segue de compra, com preço-alvo de R$ 36,50. Os papéis BBAS3 negociam a cerca de R$ 27 atualmente.
Segundo a XP, o complexo de grãos brasileiro é o subsetor que mais preocupa, principalmente nas cadeias de suprimento de soja e milho.
“Nos últimos dois anos, as margens agrícolas foram reduzidas, refletindo principalmente a queda nos preços da soja e do milho, custos mais altos de insumos e frete e estratégias erráticas de venda dos agricultores em uma grande parte dos produtores brasileiros”, observa a casa.
“A tendência de queda nas margens, aliada à falta de prudência financeira de alguns produtores rurais – destacada por investimentos excessivos em maquinário, terras, insumos e outros – contribuiu para um aumento acentuado dos processos de Recuperação Judicial (RJ), especialmente em Mato Grosso, o estado com a maior produção do Brasil e o mais afetado pelas adversidades climáticas”, completa.
Cotação das ações do Banco do Brasil
As ações do Banco do Brasil sobem 0,3% no intradia desta terça-feira (30), a R$ 27,64. No acumulado do ano, o papel sobe 0,95%.
Cotação BBAS3