Mercado Livre (MELI) despenca 13% na Nasdaq após vazamento de dados

As ações do Mercado Livre (MELI) caem 13% na Nasdaq nos últimos dois pregões após a companhia divulgar um vazamento de dados de mais de 300 mil usuários na segunda (7). Os papéis chegaram a despencar 11% somente no pregão de 11% no dia, e nesta terça (8) caem mais 4,5%.

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Com cerca de 140 milhões de usuários únicos, o Mercado Livre é o maior portal de e-commerce de toda a América Latina, e demonstra o vazamento após outras gigantes – como Itaú (ITUB4) , Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank (NUBR3)– também terem problemas com tecnologia nos últimos dias.

O Mercado Livre informou à Securities and Exchange Commission (SEC) que detectou “recentemente que parte do código-fonte do MercadoLivre Inc. foi sujeito a acesso não autorizado”.

Segundo a varejista, os dados dos usuários foram, de fato, acessados após o vazamento.

Ainda assim, a empresa alega que não houve – até então – evidência de danos à infraestrutura nem de que tenham sido obtidas informações como senhas ou informações financeiras dos clientes.

Segundo comunicado, as senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartões de crédito e débito estão seguras.

No comunicado, o Mercado Livre afirma que ativou os protocolos de segurança e “está realizando uma análise completa” da situação.

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“Embora os dados de aproximadamente 300 mil usuários (de quase 140 milhões de usuários ativos únicos) tenham sido acessados, até agora – e com base em nossa análise inicial – não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento”, diz o Mercado Livre.

Além disso, a companhia destaca estar “tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes”.

Antes do Mercado Livre, bancos apresentaram instabilidade

Em situação análoga a do Mercado Livre, os aplicativos dos bancos tiveram problemas severos na semana anterior.

Primeiramente, os clientes do Itaú tiveram alterações na visualização do saldo e do extrato bancário, com dinheiro ‘sumindo’ ou ‘aparecendo’ abruptamente.

De acordo com os usuários, os valores somados ou subtraídos pelo banco variam entre R$ 100 e R$ 300. Houve ainda relatos de correntistas que não conseguiram entrar no aplicativo.

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Em seguida, o Nubank recebeu sucessivas reclamações de clientes por conta de as funções de pagamento de contas, transferências, extrato e saldo terem sumido da página inicial do aplicativo do banco.

As falhas no Nubank dificultaram também a visualização de saldos, a verificação da fatura do cartão de crédito e também afetaram as operações via Pix.

Por fim, o Banco do Brasil teve instabilidade no fim da semana, com clientes com dificuldade na hora de fazer login e realizar operações em suas contas através do celular.

Além disso, o banco também teve instabilidade no Pix e nas compras com cartão de débito.

MELI em queda

Além da queda pontual desta terça (8), as ações do Mercado Livre caem mais de 15% nos últimos cinco pregões nos EUA, somando baixa de cerca de 50% nos últimos seis meses.

O BDR do Mercado Livre, o MELI34, da mesma forma, cai 2,9% nos últimos cinco dias e 52% em seis meses, sendo negociado a R$ 39,24.

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Eduardo Vargas

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