Grana na conta

Afinal, o Méliuz (CASH3) será comprado? Veja vídeo e descubra

Em análise sobre o resultado trimestral do Méliuz (CASH3), os analistas do BTG Pactual (BPAC11) citaram que ‘não ficariam impressionados’ se a companhia, a primeira startup a entrar na Bolsa, fosse comprada.

Veja a fala do Head de RI do Méliuz sobre uma possível compra da companhia

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Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, o Head de RI do Méliuz, Marcio Penna, citou que a análise ‘é interessante’ e revela um preço descontado nos patamares atuais.

“É interessante essa análise do sell side, todos são próximos e têm um bom conhecimento do Méliuz; mas as casas são independentes, são opiniões independentes”, disse, em entrevista ao vivo.

“Investidores julgam se uma companhia está ou não sendo assediada. O interessante nesse comentário é que concluem que o preço da companhia fica acima do preço de tela”, acrescentou.

Na sua visão, as ações CASH3 não correspondem ao crescimento futuro da companhia, acompanhando uma retração no preço do segmento de um modo geral, que sofre mais com juros mais altos.

Atualmente os papéis estão cotados a R$ 1,29, em 57% de queda desde o início do ano e 82% de baixa nos últimos 12 meses.

“Caiu muito o valor de mercado, e não só o Méliuz, como várias outras, estão em patamares atrativos. Isso [a possibilidade de compra] pode ocorrer? Quem sou eu para dizer que não?”, diz.

“O Israel [Salmen, CEO da empresa] é sempre muito aberto para escutar e ouvir propostas. Obviamente eu não estou sinalizando e não posso sinalizar que o Méliuz tenha sido ou está sendo assediado por algum player, mas posso falar que isso só virá a ocorrer se fizer sentido para a companhia, para estratégia que traçamos, de longo prazo“, segue.

Veja análise do BTG sobre o 2T22 do Méliuz

Embora o ambiente esteja desafiador para empresas small caps em crescimento, o BTG reiterou recomendação de “compra” para o Méliuz, com o preço-alvo de R$ 2.

O BTG acredita que há um grande upside para a ação do Méliuz nos preços atuais, destacando o crescimento do Méliuz desde o IPO, melhorando sua equipe e concluindo M&As (fusões e aquisições), e a baixa queima de caixa da empresa – que fechou junho com mais de meio bilhão de reais.

Na avaliação do banco de investimentos, o Méliuz entregou crescimento do core business, ao mesmo tempo em que demonstrou sua capacidade de controlar as despesas recorrentes.

Há a possibilidade de o Méliuz ser alvo de uma possível fusão e aquisição, para empresas como o Nubank (NUBR33) ou grandes bancos, na visão do BTG: “Não ficaríamos surpresos se uma oferta oferecer um prêmio de +100% sobre o preço atual da ação.”

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A fala, aliás, vem algumas semanas após David Vélez, CEO do Nubank citar que o momento atual é ‘ideal’ para fusões e aquisições.

“Algumas das conversas de fusões e aquisições que tivemos 12 meses atrás estão voltando com um desconto de 70%. . . Procuraremos fazer mais fusões e aquisições“, disse o executivo em entrevista ao Financial Times.

“Os consumidores não terão 20 aplicativos de pagamento diferentes em seus smartphones. É muito complexo. Você pode ter três ou quatro, não 20″, seguiu.

CASH3 tem mais prejuízo, embora tenha mais caixa

A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 28,2 milhões no 2T22, um aumento de cerca de 320% contra o prejuízo de R$ 6,7 milhões em igual período do ano passado.

Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o valor de R$ 52 milhões negativo no 2T22, contra R$ 17,1 milhões negativo no 1T22, aumento de 204%. 

A receita líquida do Méliuz, por sua vez, atingiu R$ 79,1 milhões no 2T22, um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2021. Deste total, a receita líquida do Shopping Brasil somou R$ 55,7 milhões, um aumento de 59% em relação ao 2T21.

O GMV (volume bruto de mercadorias) do Méliuz totalizou R$ 170 milhões, caindo em comparação aos R$ 239,1 milhões do 2T21, o que, segundo a companhia, foi afetado pelo forte impacto da variação cambial entre os períodos.

“O 2T22 foi um período desafiador para o setor de varejo devido à desaceleração do e-commerce brasileiro no período. Apesar do cenário adverso, conseguimos manter um crescimento operacional robusto e sustentável – bem acima da média do mercado – e com margens mais saudáveis”, explicou o Méliuz.

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Eduardo Vargas

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