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Dólar abre em leve queda com recuperação do petróleo

O dólar abriu em leve queda nesta quinta-feira (16) após o petróleo apresentar uma recuperação. O preço do barril Brent apresentou alta de mais de 3%, sendo negociado a US$ 28,7.

Por volta das 9h20, o dólar variava negativamente 0,088%, sendo negociado a R$ 5,2378. O mercado, no entanto, está de olho na previsão da Agência Internacional de Emergia (AIE) sobre a queda na demanda pela commodity.

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Devido aos impactos econômicos, financeiros e comerciais causados pela pandemia do coronavírus, o petróleo vem sofrendo fortemente neste ano. O barril Brent iniciou o ano cotado a US$ 68,75, e chegou a ser negociado a US$ 21,65, uma desvalorização de mais de 68,50%.

Demanda por petróleo

A demanda mundial de petróleo deverá desabar de 30% em abril. Essa é a previsão da Agência Internacional de Emergia (AIE), em seu relatório divulgado na última quarta-feira (15).

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A análise da AIE – cujo título é “Back from the brink” (de volta ao precipício, na tradução em português) foi publicada logo após o acordo histórico entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os países aliados no formato OPEP+ e do G20, no último domingo (12).

De acordo com a agência, 187 países estão em regime de quarentena ou até “lockdown”, e por isso as perspectivas do setor petrolífero serão negativas. A estimativa é que, ao longo deste ano, a queda na demanda seja de 9,3 milhões de barris por dia, ou seja, 9% a 10% a menos em comparação a anos anteriores.

Para os consumidores, no entanto, o entrave dos produtores se transformam em vantagens, principalmente graças aos preços mais baixos de combustíveis como gasolina e diesel.

Recessão norte-americana

O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, informou na última quarta-feira que o país entrou em uma crise profunda nas últimas semanas, em decorrência dos esforços para conter o novo coronavírus.

A atividade econômica “contraiu-se bruscamente e abruptamente”, resultando da diminuição de salários e no aumento nos dados de desemprego. As informações foram divulgadas no relatório periódico do Fed, conhecido como “Livro Bege”.

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À medida que a demanda diminuía, algumas empresas registraram preços mais fracos em certas categorias do setor. Por outro lado, determinadas companhias, como produtores de alimentos e de suprimentos médicos, observaram um crescimento na demanda pelos produtos.

No mesmo sentido, os credores relataram aumento na demanda de crédito de empresas que procuravam empréstimos para financiar suas dívidas. Da mesma forma, observou-se uma alta na procura de crédito por família que desejavam refinanciar suas hipotecas.

Injeção de liquidez no sistema

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), os bancos centrais têm sido a primeira frente de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com o relatório de Estabilidade Financeira Global, as autoridades monetárias centrais dos países já injetaram mais de US$ 6 trilhões (R$ 31,54 trilhões) na economia global.

As medidas dos bancos centrais, em resposta aos impactos econômicos do coronavírus, incluem programas de expansão dos balanços, linhas emergenciais e compras de ativos, como o uso do Quantitative Easing. O FMI diz que as ações contribuem para estabilizar o sistema financeiro e a economia global em meio à crise.

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O FMI alerta que o mundo tem de estar preparado para um cenário ainda mais complicado em relação aos efeitos da doença. Conforme o relatório, a disseminação da pandemia pode exigir imposição de medidas mais longas e duras de contenção e isolamento.

O órgão internacional indica que o acentuado aperto das condições financeiras internacionais após o início da propagação do vírus junto como uma “dramática deterioração do cenário econômico têm mudado maciçamente a perspectiva de um ano de um crescimento global para uma recessão”.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em leve alta de 0,998%, cotado a R$ 5,2424 na venda.

Jader Lazarini

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