Meta atuarial: entenda como funcionam os cálculos atuariais

A meta atuarial é usada para projetar o valor de uma expectativa de renda vitalícia. Esse tipo de benefício, que tem forte impacto nas finanças pessoais, é calculado pensando-se no longo prazo.

Assim, o cálculo da meta atuarial é importante, pois seu objetivo está sujeito a diversas mudanças nas condições econômicas.

O que é cálculo atuarial?

O cálculo atuarial é uma meta para avaliar a menor rentabilidade que deve ser atingida na aplicação de um investimento. O objetivo da meta é calcular o valor necessário para cumprir compromissos futuros.

PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

O cálculo atuarial é aquele que se utiliza de probabilidade, estatística e finanças para calcular riscos na indústria de seguros, sendo utilizado para identificar valores dos benefícios vitalícios, com o um plano de previdência, ou também, pagamento de bonificação aos participantes de planos previdenciários ou financeiros.

Quais as vantagens da meta atuarial?

Dentre as principais vantagens da meta atuarial está a possibilidade de atingir um objetivo fixado por os cálculos feitos com diversas variáveis como: faixa etária do participante, hábitos, gênero, rendimentos, etc. Isso acontece para determinar o valor adequado do benefício.

Ou seja, permite estimar o dinheiro destinado para o compromisso futuro do investidor no momento de resgate. Os cálculos atuariais darão o valor do retorno mínimo para que as obrigações dos participantes do plano sejam cumpridas.

Atualmente, é comum a adoção de meta que seja formada pela combinação de uma porcentagem fixa e um índice de inflação. Este é usado para corrigir os efeitos dos aumentos de preços. Assim, um plano previdenciário pode ter uma meta, por exemplo, formada por INPC + 5% ao ano. Ou seja, quanto maior a inflação, maior o patamar da meta ser batida.

Estabelecendo uma meta atuarial

A meta será estabelecida de acordo com a necessidade do plano financeiro ou de previdência. No caso dos planos de previdência privada, os gestores concentram-se em aplicar os recursos em investimentos de baixo risco, como aplicações de renda fixa.

Os participantes realizam pequenos aportes mensais com objetivo de construir patrimônio para a aposentadoria. Este será responsável por gerar, no momento do resgate, pagamentos mensais complementares aos recebidos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Seja pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), seja pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

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PLANILHA CONTROLE GASTOS

Quando falamos de compromissos atuais e futuros, trazidos ao valor presente, existem regras que o plano previdenciário precisará seguir. Uma delas é que as aposentadorias deverão ser pagas a cada mês e ao longo de um período que pode ser de algumas décadas.

Reserva matemática

Para dar conta dessas obrigações, os profissionais atuários devem fazer projeções, como calcular a meta atuarial. Para isso, levam em conta o chamado cálculo de reserva matemática. A fórmula é baseada em dados como:

  • Taxas de mortalidade;
  • Idade do participante;
  • Sexo do participante;
  • Media de crescimento salarial;
  • Componentes familiares;
  • Idade de aposentadoria pretendida;
  • Regras dos planos de contribuição.

Essas são algumas das variáveis que serão projetados para o investimento a ser feito pelos gestor. Os dados do contribuinte do plano são levados em consideração sempre. Porém, são alinhados também com uma série de estudos do cenário econômicos, para desenvolver a rentabilidade necessária.

As variáveis para calcular a meta atuarial serão dinâmicas, existindo a necessidade de estudos aturais a cada ano. As mudanças sociais, econômicas e condições de vida são alvo de acompanhamento das diretorias de planejamento de investimentos.

Foi possível saber mais sobre meta atuarial por meio da leitura desse artigo? Deixe suas dúvidas nos comentários a seguir.

ACESSO RÁPIDO
    Tiago Reis
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    6 comentários

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    • Isabel Araujo 19 de dezembro de 2019
      quanto maior o tempo de projeção menor a taxa ?Responder
      • Antonio Fernando Navarro 6 de janeiro de 2021
        A taxa inicialmente é definida em função da gravidade e da frequência do risco. Por exemplo: em um grupo de pessoas com faixa etária de 70 anos a probabilidade de ocorrência de óbitos é maior do que na faixa etária de 20 anos. Entretanto, há que se verificar o perfil dos grupos. Se as pessoas do grupo de 70 anos são ativas e o das pessoas de 20 anos dedicam-se a esportes radicais ou rachas de rua, ou mesmo não vão a médicos avaliar suas condições de saúde (que não é só a ausência de doenças), conseguimos estabelecer alguns critérios. Na pirâmide de faixas etárias para fins de percepção de benefícios sociais, muitas vezes o grupo do topo da pirâmide demanda menos serviços médicos do que os do meio da Pirâmide Etária. Assim, a taxação depende da gradação dos riscos envolvidos, afora outros fatores.Responder
    • Antonio Fernando Navarro 6 de janeiro de 2021
      O artigo é muito bom. Focado. Mas, permita-me acrescentar alguns aspectos. Pode se empregar os conceitos de Cálculo Atuarial, que na verdade é a associação de várias disciplinas da área de matemática, para as previsões futuras. Por exemplo, na estatística assumimos duas possibilidades. De ocorrência ou de não ocorrência. Mas, há as fundações ou fundamentos dos cálculos atuariais, baseados nos programas de Gerenciamento de Riscos, muitas vezes não comentados. O Gerente de Riscos tem a possibilidade de descobrir o risco, de identificá-lo, de mensurá-lo e de projetar temporalmente sua ocorrência. É distinto das previsões de tempo que asseguram diante da parametrização de fenômenos naturais a ocorrência de chuvas para os próximos dias. No Brasil até 5 dias e em alguns Países, com grau de assertividade de 50% de 15 dias. Assim, para o Cálculo Atuarial devemos saber sobre quais riscos estaremos falando. Mas isso não deixa seu artigo menor, pelo contrário, nos provoca a questioná-lo, o que é muito bom, pois é sinal que alguém o leu. Parabéns.Responder
    • Arnaldo Lopes 3 de julho de 2021
      Um plano saldado, que não há ingresso de mais participantes e somente redução por morte do assistido ou do seu pensionista, o cálculo atuarial a ser desenvolvido tem as mesmas consideracoes? O valor do patrimônio do fundo e de sua reserva matemática se manteria até zerar, ou é mantido e o saldo é revertido todo para a patrocinadora?Responder
    • Waldir claudio correa 7 de outubro de 2021
      Nos aposentados da vivest, teremos q lidar com essa complexibilidade depois de.3/4 de vida, como se diz a pessoa idosa de fato é descartável, triste esse fim. Coisa q a Enel nem se preocupou ao longo do tempo, empacota e.joga fora....Responder
      • Waldir claudio correa 7 de outubro de 2021
        Nos aposentados da vivest, teremos q lidar com essa complexibilidade depois de.3/4 de vida, como se diz a pessoa idosa de fato é descartável, triste esse fim. Coisa q a Enel nem se preocupou ao longo do tempo, empacota e.joga fora....Responder