Como melhorar a situação da educação financeira no Brasil?

A educação financeira no Brasil ainda está longe de alcançar um patamar desejável, principalmente se comparado com países relativamente desenvolvidos.

Por isso, é muito importante entender porque o nível de educação financeira no Brasil ainda é tão baixo e quais são as consequências disso para as famílias e para a sociedade como um todo.

Educação financeira no Brasil

A situação atual da educação financeira no Brasil é uma consequência do processo histórico do país. Para entender isto, é necessário recordar que apenas nas duas últimas décadas o Brasil teve uma moeda relativamente estável e inflação controlada, até abaixo dos dois dígitos.

No entanto, essa nem sempre foi a realidade econômica do Brasil. Durante os anos 80, o país passou por algumas mudanças na moeda e por vários períodos de inflação descontrolada.

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Em períodos de alta inflação, o valor futuro da moeda é sempre menor. Consequentemente, faz mais sentido gastar os recebimentos em compras do que poupar e esperar o poder de compra se deteriorar no longo prazo.

Portanto, podemos dizer que até hoje, mesmo com certa estabilidade inflacionária, esta cultura financeira predomina no Brasil.

Segundo uma pesquisa feita pela ANBIMA, no ano de 2017, aproximadamente 75% da população brasileira não faz nenhum tipo de aplicação financeira.

Ou seja, grande parte da população não desenvolve ao longo da vida um patrimônio sólido e uma aposentadoria, por exemplo, dependendo assim da previdência social.

Consequência para as famílias e para o Brasil

Como demonstrado acima, uma das grandes consequências do baixo nível de educação financeira no Brasil para as famílias é a dependência da previdência social como fonte de renda na aposentadoria.

No entanto, a renda paga pela previdência social, na maioria dos casos, induz a uma redução no padrão de vida do indivíduo.

Desta forma, garantindo uma fonte de renda complementar, além da previdência pública, é possível viver uma aposentadoria com muito mais conforto e qualidade de vida.

As consequências do baixo nível de educação financeira brasileira não se restringem apenas às famílias. Há vários impactos na economia e sociedade em geral.

O Brasil é um dos países que tem uma das menores taxas de poupança do mundo. No ranking de taxa de poupança em relação ao PIB, o país alcança apenas octogésima primeira (81) posição.

Países com alta taxa de poupança tendem a ter menores taxas de juro real, o que é muito importante para atividade econômica de um país, incentivando investimento e consumo, por exemplo.

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 Como melhorar a educação financeira no Brasil?

O Brasil vem dando alguns passos que apontam uma melhora na educação financeira nacional.

O número de investidores na bolsa de valores, por exemplo, vem crescendo significativamente.

Assim, podemos ver que a propensão a poupar dos brasileiros vem crescendo, o que é muito importante para melhorar os resultados de taxa de poupança do país.

Para acelerar e acentuar esse processo, algumas medidas poderiam ser adotadas para melhorar a educação financeira no Brasil, como:

  • Inserir educação financeira como carga obrigatória no ensino médio e/ou fundamental;
  • Incentivar pessoas de baixa ou média renda a investir, mesmo que pouco;
  • Popularização e crescimento de empresas que buscam propagar educação financeira e conhecimentos sobre investimentos.

Com algumas dessas medidas, certamente o número de endividados no país diminuiria e o número de poupadores cresceria, o que seria importantíssimo para a economia do Brasil.

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    Gabriela Mosmann
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