Radar: Telefônica (VIVT3) pagará R$ 3,9 bi em dividendos, lucro da B3 (B3SA3) encolhe e o da Ultrapar (UGPA3) mais do que dobra no 4T22

A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), teve lucro líquido de R$ 1,126 bilhão no quarto trimestre de 2022, o que equivale a um recuo de 57,2% em relação ao mesmo intervalo de 2021.

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Essa queda é explicada, principalmente, pela base de comparação distorcida. O crédito fiscal da Telefônica foi de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre de 2021, o que turbinou o seu resultado líquido naquele período.

Além disso, o lucro foi afetado pelo aumento das despesas com pagamento de juros, refletindo o endividamento maior para bancar a compra da rede móvel da Oi e as licenças de uso de faixas do 5G.

Esses efeitos negativos sobre o balanço da VIVT3 foram parcialmente compensados pela expansão da base de clientes e da receita.

O Ebitda da Telefônica (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 5,234 bilhões, avanço de 6,1% na mesma base de comparação. Já a margem Ebitda diminuiu 1,5 ponto porcentual, para 41,3%.

A receita líquida da VIVT3 totalizou R$ 12,659 bilhões, alta de 10,1%. Desta forma, a Telefônica registrou alta de 13,6% na receita com serviços de telefonia móvel, além de uma alta de 2,9% na receita dos seus serviços fixos.

Os custos totais, que englobam serviços, produtos vendidos e operações, aumentaram 13% e chegaram a R$ 7,425 bilhões.

Mais números da Telefônica

O resultado financeiro da Telefônica Brasil (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 604 milhões, que foi 50,8% maior na comparação anual, como consequência do maior endividamento e do aumento das taxas de juros.

A linha de depreciação e amortização gerou um resultado negativo de R$ 3,263 bilhões, piora de 6,4%, impactada principalmente pelas licenças de espectro recebidas na aquisição da Oi Móvel.

Ao contrário do ano anterior, quando teve um ganho de créditos fiscais, desta vez a companhia apurou R$ 231 milhões em despesas com impostos. O fluxo de caixa operacional totalizou R$ 2,746 bilhões, crescimento de 5,9%.

A Telefônica chegou ao fim de 2022 com dívida líquida (sem contar arrendamentos) de R$ 4,842 bilhões, enquanto no fim de 2021 contava com caixa líquido de R$ 541 milhões.

Com informações do Estadão Conteúdo

Além da Telefônica, confira outros destaques desta quarta-feira:

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Telefônica Vivo (VIVT3) distribuirá R$ 3,9 bilhões em dividendos e JCP; veja valor por ação

  • Após reportar um lucro líquido de R$ 1,126 bilhão, a Telefônica Vivo (VIVT3) anunciou nesta quarta-feira (15) o pagamento de proventos cujo montante é de 3,9 bilhões. Em fato relevante, a empresa informou o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 2,076 bilhões e de dividendos em R$ 1,826 bilhão.
  • Segundo o comunicado, o JCP será pago no dia 18 de abril, em referência a seis posições acionárias do ano de 2022, declarados em reuniões do Conselho de Administração da Telefônica nos meses de fevereiro, março, abril, junho, agosto e dezembro. Desta forma, os valores totais de cada provento e diluídos por ação variam.
  • Terão direito aos JCP da Telefônica todos os acionistas com base acionária em cada data de declaração — conforme a tabela abaixo. A partir das datas declaradas, as ações foram negociadas ‘ex juros sobre capital próprio‘.
  • JCP da Telefônica (VIVT3)
  • Valor total: R$ 2.076.000.000
  • Data do pagamento: 18 de abril de 2023
  • Já em relação aos dividendos da Telefônica Vivo, eles acumulam um valor de R$ 1,826 bilhão. Desse montante, R$ 826.731.361,37 ainda serão deliberados na Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 13 de abril de 2023. É previsto que o pagamento seja feito em 18 de julho.
  • O R$ 1 bilhão restante pagará por ação um valor líquido de 0,6011. Terão direito aos proventos do VIVT3 todos os acionistas com base acionária no dia 29 de dezembro. Após essa data, as ações não deram direito aos dividendos. O pagamento também ocorrerá no dia 18 de julho.
  • Dividendos da Telefônica (VIVT3)
  • Valor total: R$ 1.826.731.361,37
  • Valor por ação: R$ 0,60112166983 / R$ 0,49696613645
  • Data de corte: 29 de dezembro de 2022 / 13 de abril de 2023
  • Data do pagamento: 18 de julho de 2023
  • Rendimento (dividend yield) do pagamento: 7,7%
  • No pregão de hoje, a cotação das ações da Telefônica Vivo (VIVT3) subiram 0,35%, para R$ 39,67. No ano, o papel acumula queda de 16,50%.
  • Em comunicado, a Telefônica informa que “o valor líquido de tais Dividendos e JSCP serão imputados ao dividendo obrigatório do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022, ad referendum da Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 13 de abril de 2023″.
  • JCP referente a 2023
  • Ainda no fato relevante divulgado nesta quarta, a Telefônica Vivo informou a aprovação de JCP, relativo ao exercício social de 2023 montante líquido de R$ 90,100 milhões — já considerando a dedução do imposto de renda. Segundo a companhia, o pagamento desse provento será oportunamente anunciado.

B3 (B3SA3): lucro encolhe 6,3%, com aumento de despesas, e fica em R$ 1,15 bilhão

  • A B3 (B3SA3), operadora da bolsa de valores brasileira, registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão no quarto trimestre de 2022, perda de 6,3% na comparação com o mesmo período de 2021.
  • As despesas financeiras da B3, por sua vez, tiveram impacto no resultado: somaram R$ 396,7 milhões, aumento de 33,2%, explicado principalmente pelo aumento da taxa de juros.
  • Ainda segundo o balanço do 4T22 da B3, sem considerar os resultados da Neoway, o lucro no período foi de R$ 1,17 bilhão, recuo relativamente menor, em 4,9%.
  • O lucro líquido atribuído aos acionistas no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 1 bilhão. O valor representa uma queda de 8% frente ao mesmo período do ano anterior e um recuo de 2,5% em relação ao 3T22.
  • Enquanto isso, o Ebitda da B3 no 4T22 caiu 1,7% em relação a igual período do ano anterior, registrando um montante de R$ 1,626 bilhão. Além disso, a margem Ebtida caiu de 75,9% no quarto trimestre de 2021 para 70,5% neste último trimestre.
  • Já a receita líquida da bolsa brasileira foi de R$ 2,56 bilhões, o que representa uma alta de 5,6% na base anual. Segundo o release de resultado da B3, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento na receita dos segmentos Balcão e Tecnologia, dados e serviços.
  • O resultado financeiro da B3 ficou positivo em R$ 48,6 milhões no 4T22, porém com queda de 43,9% frente ao mesmo trimestre de 2021. As receitas financeiras atingiram R$ 426 milhões, aumento de 6,2%, explicado pelo aumento na taxa de juros, compensando o menor saldo médio em caixa.
  • “O resultado financeiro também foi impactado pelos efeitos da variação cambial sobre alguns empréstimos em moeda estrangeira que a companhia possui, sendo este impacto neutralizado pela variação na linha de imposto de renda e contribuição social”, destacou a bolsa brasileira em comunicado.
  • Mais números da B3
  • No mercado de balcão da B3, as receitas cresceram 15,8% em 12 meses para R$ 347,7 milhões, representando 13,5% do total. Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 26% para R$ 468,3 milhões (18,2% do total).
  • O segmento listado da bolsa brasileira continua sendo, porém, a maior contribuição para as receitas, representando 63,9% do total. Neste segmento, as receitas somara R$ 1,64 bilhão, queda de 0,2% em 12 meses.
  • Também caíram as receitas com Infraestrutura para financiamento, em 2,7% para R$ 111 milhões (4,3% do total), em razão da queda na receita com serviços para o setor imobiliário, parcialmente compensada pela correção anual dos preços pela inflação (IPCA), explica a B3.
  • Com informações do Estadão Conteúdo

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Ultrapar (UGPA3): lucro mais do que dobra no 4T22 e chega a R$ 836,4 mi

  • A Ultrapar (UGPA3) registrou lucro líquido de R$ 836,4 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 114% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 390 milhões. Também há crescimento em relação ao trimestre anterior, de 913%.
  • Segundo a empresa, o resultado da Ultrapar é decorrente principalmente do efeito de créditos fiscais extraordinários das controladas Ipiranga e na Ultragaz e da menor despesa financeira líquida, apesar do menor Ebitda recorrente.
  • Em 2022, o lucro líquido da Ultrapar totalizou R$ 1.840 milhões, crescimento de 108% em relação a 2021, informa o relatório financeiro da companhia, divulgado nesta quarta-feira.
  • O Ebitda ajustado (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,833 bilhão no 4º trimestre, uma alta de 54% na comparação com o mesmo período de 2021 e de 119% em relação ao terceiro trimestre deste ano.
  • A receita líquida da Ultrapar no quarto trimestre do ano passado ficou em R$ 35,957 bilhões, alta de 4% ante o mesmo período de 2021. O resultado se deu em função do maior faturamento em todos os negócios, principalmente na Ipiranga, parcialmente compensado pelos desinvestimentos da Oxiteno e da Extrafarma e subsequentes desconsolidações dos seus resultados em abril e agosto de 2022, respectivamente.
  • Porém, houve recuo de 9% em relação ao trimestre anterior, decorrente principalmente do menor faturamento da Ipiranga e da Ultragaz. Em 2022, a receita líquida totalizou R$ 146.902 milhões, crescimento de 24% em relação a 2021.
  • Ultrapar pagará R$ 109,5 milhões em dividendos
  • A Ultrapar (UGPA3) anunciou nesta quarta (15) que o conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos no valor total de R$ 109,5 milhões. Os proventos correspondem a R$ 0,10 por ação.
  • Com pagamento previsto para 3 de março de 2023, apenas os investidores no Brasil com papéis da Ultrapar no dia 24 de fevereiro poderão receber os dividendos — para os Estados Unidos, a data de corte é 27 de fevereiro.
  • Segundo o fato relevante, a partir do dia 24, as ações da Ultrapar serão negociadas sem direito aos dividendos tanto na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) quanto na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) .
  • O documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) destaca que os proventos da Ultrapar fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
  • Com Estadão Conteúdo

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Eletrobras (ELET3): quais as chances de voltar a ser estatal?

  • Em meio a um cenário de discussão sobre teses de empresas estatais com a nova gestão governamental, analistas do UBS-BB destacam que uma parte considerável do que é falado sobre a Eletrobras (ELET3) é ruído e não deve afetar os fundamentos da empresa.
  • Contudo, os especialistas destacam que ‘o fluxo de notícias negativo tem afetado as ações’. Juntamente com outros fatores, esse contexto faz com que as ações da Eletrobras caiam 12% no acumulado dos últimos 30 dias e 26% em seis meses.
  • Desde o resultado das eleições, a queda fica próxima de 30%, ao passo que o Ibovespa caiu cerca de 6% e o índice de empresas elétricas da bolsa (IEEX) caiu 9%.
  • Um dos fatores que se somam aos rumores políticos que afetam a Eletrobras é o excesso de oferta recente de energia, o que contribuiu para uma melhor hidrologia resultando na queda dos preços de energia, formando um gatilho relevante para derrubar a performance de ELET3.
  • Entretanto, a tese ainda é de que a empresa tem fundamentos sólidos e mostra um processo de privatização que não dá margem para que a companhia volte a ser uma estatal.
  • “O governo eleito tem se manifestado ativamente sobre a privatização da Eletrobras. É importante destacar que a Eletrobras é hoje uma empresa privada empresa focada em ganhos de eficiência e meritocracia. Além disso, a o processo de privatização da Eletrobras foi aprovado pelo Congresso Nacional enquanto estava sendo fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, apontam os especialistas do UBS-BB,
  • Além disso, apontam que as alterações estatutárias já foram aprovadas pelo Governo Federal.
  • “A Eletrobras é hoje uma empresa privada com foco em capital e ganhos de eficiência, que acreditamos frutifiquem a médio prazo por meio de uma redução de empréstimos compulsórios, redução de despesas e melhor eficiência. No longo prazo, esperaramos que a Eletrobras busque ganhos de eficiência nas vendas de energia não contratada”, concluem os especialistas.
  • UBS-BB mantém recomendação de compra
  • Atualmente a recomendação do UBS-BB é de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 70, ao passo que os papéis são negociados a R$ 36.
  • O valuation é feito com base em um modelo de projeção de fluxo de caixa livre (Free Cash Flow to Equity, ou FCFE).
  • Além disso, levam em consideração a privatização da empresa e:
  • Preços de energia de R$300/MWh em 2021
  • Preços de energia de R$176/MWh em 2022
  • Preço de energia de longo prazo de R$170/MWh
  • Risco hidrológico de 95%
  • Custo de capital de 10,5%
  • Performance de ELET3
  • Conforme dados atualizados do Status Invest, as ações da Eletrobras sobem 4,6% em uma janela de 12 meses. Nessa janela, foram R$ 0,77 pagos por ação ordinária, representando um dividend yield de 2,15%.

Banco do Brasil (BBAS3) pagará R$ 14 bilhões em dividendos neste ano, projeta XP Investimentos

  • Projeções da XP Investimentos indicam que o Banco do Brasil (BBAS3) pode pagar uma cifra de R$ 14 bilhões em dividendos no ano de 2023.
  • Essa projeção dos dividendos do Banco do Brasil leva em consideração a projeção de lucros para este ano (que consta no guidance).
  • Isso, pois o BB estima que lucrará entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões, e o Conselho de Administração aprovou a distribuição de uma fatia do lucro líquido (payout) de 40% em meados de janeiro.
  • Se isso se concretizar, a proporção entre o valor dos dividendos e a cotação das ações (ou dividend yield) deve ser de 14% no ano.
  • Essa projeção, de yield na casa dos dois dígitos, fica em linha com o que especialistas da XP já apontavam há alguns meses, citando o BB como o banco com o maior potencial de pagar proventos em 2023.
  • Os especialistas ainda detalham que neste ano serão oito pagamentos de dividendos, sendo quatro realizados ao longo dos trimestres de referência, de forma antecipada, e outros quatro pagamentos complementares, feitos após o encerramento dos trimestres de referência.
  • Dividendos do Banco do Brasil em 2023
  • Proventos antecipados
  • Referência: 1º trimestre de 2023 – 31/03/2023
  • Referência: 2º trimestre de 2023 – 30/06/2023
  • Referência: 3º trimestre de 2023 – 29/09/2023
  • Referência: 4º trimestre de 2023 – 28/12/2023
  • Proventos complementares
  • Referência: 1º trimestre de 2023 – 12/06/2023
  • Referência: 2º trimestre de 2023 – 30/08/2023
  • Referência: 3º trimestre de 2023 – 30/11/2023
  • Referência: 4º trimestre de 2023 – 29/02/2024
  • Veja o pagamento mais recente do BBAS3
  • Ainda nesta semana, o Banco do Brasil anunciou um novo pagamento de dividendos logo após divulgar seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2022 (4T22).
  • Conforme divulgado pelo Suno Notícias, são R$ 671,9 milhões em dividendos e R$ 1,63 bilhão em Juros sobre Capital Próprio (JCP), totalizando então R$ 2,3 bilhões em proventos aos acionistas que detém BBAS3.
  • Com isso, serão R$ 0,58 pagos por ação ordinária no caso do JCP do Banco do Brasil e R$ 0,23 pagos por ação ordinária no caso dos dividendos.
  • Segundo a própria empresa, “os valores pagos serão atualizados, pela taxa Selic, da data do balanço (31/12/2022) até a data do pagamento (03/03/2023)”.
  • Os dados mais atualizados do Status Invest mostram que o yield atual do Banco do Brasil é de 10%, com R$ 4,17 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.

Da Telefônica ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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