Radar: Petrobras (PETR4) recebe R$ 10,3 bi por campo de Búzios; saques bilionários no Credit Suisse (C1SU34) e debêntures de R$ 1,9 bi de controlada da CSN (CSNA3)

A Petrobras (PETR4) anunciou hoje (24) o recebimento de R$ 10,3 bilhões, correspondentes a US$ 1,9 bilhão pela Ptax de hoje. O valor é referente à cessão de 5% de sua participação no contrato de partilha de produção do volume excedente da cessão onerosa, para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, para a parceria CNOOC Petroleum Brasil.

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Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que o montante inclui os ajustes previstos no contrato, após o cumprimento de todas as condições precedentes. Contudo, a conclusão está sujeita à assinatura do termo aditivo ao contrato de partilha de produção pelo Ministério de Minas e Energia (MME). 

Além disso, após o fim da transação, a Petrobras passará a deter 85% de participação no contrato de partilha no campo de Búzios. Enquanto a CPBL e a CNODC deterão, respectivamente, 10% e 5%. 

Já as participações na Jazida Compartilhada de Búzios ficarão sob o seguinte arranjo: 88,99% da Petrobras, 7,34% da CPBL e 3,67% da CNODC.

Petrobras em 2023: analistas preveem ‘tempos sombrios’ e menos dividendos

Com o cenário político conturbado, nesta semana a Petrobras (PETR4) ganhou uma das revisões de analistas mais pessimistas dos últimos tempos. O UBS, que recomendava compra das ações da Petrobras, passou a sugerir venda. O preço-alvo, que era de R$ 47, caiu para R$ 22.
Segundo os analistas do UBS, a estatal deve enfrentar ‘tempos mais sombrios’ nos próximos anos. Isso em contexto de transição presidencial, já que Lula (PT) deve indicador o novo presidente da companhia.

“Nada está muito claro por enquanto; no entanto, os comentários da equipe de transição [do novo governo, de Lula] fornecem alguns insights e, olhando para o passado da Petrobras, optamos por nos manter em cautela.”

Um dos pontos destacados pelos analistas do UBS é a incerteza sobre como será a política de preço dos combustíveis. Isso porque atualmente a estatal funciona com Paridade Internacional (PPI) – justamente um dos fatores responsáveis por aumentar a lucratividade da companhia nos últimos meses.

Além disso, o UBS também vê com desconfiança as sinalizações de maiores investimentos. Lula já citou, em diversas falas, que prevê encolher dividendos e aumentar o investimento em refino e em energia renováveis.

Novo presidente da Petrobras

Informações da Reuters mostram que Lula conversa nesta semana com possíveis nomes para assumir o comando da Petrobras.

Um dos possíveis, aliás, e o do senador Jean-Paul Prates (PT), que pode vir a enfrentar obstáculos por conta da Lei das Estatais, que veda indicações de personalidades que fizeram campanha política nos últimos 36 meses.

Os rumores são de que a presidência da Petrobras possivelmente será ocupada por um nome político.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:

Credit Suisse (C1SU34) registra saques de R$ 4,5 bilhões no Brasil em apenas um mês

  • No mês de outubro, os fundos de investimentos do Credit Suisse (C1SU34) no Brasil registraram resgates líquidos de R$ 4,5 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
  • No acumulado deste ano, o Credit Suisse acumula resgates de R$ 5,8 bilhões em seus fundos de investimentos no Brasil. Os fundos do banco são direcionados a clientes de alta renda.
  • De modo geral, desde o começo de outubro, o Credit Suisse registrou saques de aproximadamente US$ 88 bilhões.
  • Recentemente, o banco suíço tem passado por uma crise de confiança que preocupa investidores pelo mundo. Desde o início de outubro, existem rumores de que o banco suíço poderia não ter condições de honrar compromissos financeiros.
  • Credit Suisse estima prejuízo bilionário no quarto trimestre
  • Nesta quarta-feira (23), o Credit Suisse alertou que estima, para o quarto trimestre, um prejuízo antes de impostos de US$ 1,6 bilhões. Caso isso aconteça, a instituição passaria pelo quinto trimestre consecutivo em queda.
  • O banco da Suíça já tinha estimado uma perda líquida para o último trimestre deste ano. Apesar disso, a instituição não chegou a indicar números.
  • Em comunicado, o Credit Suisse afirmou que, nas duas primeiras semanas de outubro, passou a observar retiradas de depósitos e ativos líquidos em patamares que superaram consideravelmente as taxas incorridas no terceiro trimestre deste ano.
  • Instituição financeira tem plano de reestruturação
  • No fim de outubro, o Credit Suisse anunciou um plano de reestruturação total. O anúncio do plano aconteceu após a instituição comunicar que registrou um prejuízo antes de impostos próximo a US$ 346 milhões no terceiro trimestre.
  • Entre os objetivos, o banco suíço pretende cortar 9 mil funcionários até o ano de 2025. Dos 52 mil funcionários, a instituição pretende reduzir para 43 mil. Isso representa uma diminuição de 17%.
  • Outra iniciativa visada pelo Credit Suisse é a captação de US$ 4 bilhões com investidores. No plano de levantar capital, US$ 1,5 bilhão virão do Saudi National Bank. 

Controlada da CSN (CSNA3) vai emitir debêntures no valor de R$ 1,9 bilhão; Veja o valor por ação

  • A CSN (CSNA3) comunicou que a sua controlada, a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica – CEEEG, aprovou a realização da sua 1ª emissão de debêntures, no valor total de R$ 1,9 bilhão.
  • No total, serão 1,9 milhão de debêntures emitidas pela controlada da CSN, com valor nominal unitário de R$ 1000,00.
  • As debêntures da controlada da CSN são simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória. Elas serão emitidas em série única, para distribuição pública e com esforços restritos de colocação.
  • A emissão de debêntures da CEEG foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta quinta-feira (24).
  • As debêntures terão prazo de vencimento de dois anos, contados a partir da data de sua emissão, e serão destinadas exclusivamente a investidores profissionais.
  • “As debêntures contarão com garantia fidejussória na modalidade fiança a ser prestada pela companhia, obrigando-se solidariamente como fiadora e principal pagadora de todos os valores devidos no âmbito da emissão”, diz a CSN em seu comunicado.
  • CSN vai pagar R$ 1,56 bilhão em dividendos
  • Ainda nesta terça-feira (22), a Companhia Siderúrgica Nacional anunciou a data determinada para pagamento de seus dividendos.
  • O conselho de administração da CSN aprovou distribuição de dividendos intermediários no valor total de R$ 1,56 bilhão, equivalente a R$ 1,179 por ação, representando um rendimento de 8,46%, com base no cálculo do dividend yield.
  • Os dividendos da CSN serão pagos aos acionistas residentes no Brasil a partir de 2 de dezembro de 2022, sem atualização monetária.
  • Os proventos da CSN serão creditados nos domicílios bancários dos investidores, conforme fornecidos para a instituição depositária, o Banco Bradesco.
  • Somente terão direito ao recebimento dos dividendos intermediários da Companhia Siderúrgica Nacional os investidores com posição acionária até o final da sessão de 25 de novembro de 2022.
  • Sendo assim, a partir do dia 28 de novembro de 2022, as ações da CSN passarão a ser negociadas sem direito ao recebimento dos dividendos.
  • Cotação da CSN
  • As ações da CSN encerram a sessão de hoje (24) em alta de 2,91%, a R$ 14,87. Na semana, a performance é positiva em 5,54%, enquanto o desempenho mensal é de +21,09%.

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Camil (CAML3) vai pagar R$ 25 milhões em JCP; veja valor por ação

  • A Camil (CAML3) vai pagar R$ 25 milhões em Juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta quinta-feira (24).
  • O valor dos proventos por ação será de R$ 0,071425816, que serão pagos em 12 de dezembro.
  • Apenas os investidores com ações da Camil no dia 1º de dezembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 2 de dezembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
  • JCP da Camil
  • Valor total: R$ 25.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,071425816
  • Data de corte: 2 de dezembro de 2022
  • Data do pagamento: 12 de dezembro de 2022
  • Rendimento (dividend yield): 3,84%
  • Camil: Cade aprova compra de fábricas de biscoitos Mabel
  • A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição da Cipa Industrial de Produtos Alimentares e da Cipa Nordeste Industrial de Produtos Alimentares, donas da marca Mabel e atualmente detidas pela Pepsico, pela Camil.
  • O processo aprovado também inclui a compra, pela Camil, do direito de uso a marca Toddy em cookies. O aval está publicado no Diário Oficial da União (DOU).
  • Quando do anúncio no mês passado, as empresas informaram que o negócio envolve, além da Mabel, a aquisição de empresas que detêm a fabricação de biscoitos das marcas Doce Vida, Mirabel, Elbi’s e Pavesino.
  • Fazem parte da transação ainda as unidades industriais de Aparecida de Goiânia (GO) e Itaporanga D’Ajuda (SE), operadas por aproximadamente 800 colaboradores.
  • A transação também prevê o licenciamento, pela Pepsico, para a Camil da marca Toddy para cookies pelo prazo de 10 anos, e a aquisição dos ativos que compõem a linha de produção da marca Toddy para cookies.
  • Cotação
  • No pregão de hoje, a cotação das ações da Camil subiu 1,83%, cotada a R$ 9,44. No ano, o papel acumula baixa de 16,16%.

Via (VIIA3) está ‘extremamente otimista’ com Black Friday em meio à Copa; veja por quê

  • A Black Friday de 2022 tem grande potencial para incrementar o faturamento das varejistas, especialmente os grandes players que concentram maior market share no Brasil – como a Via (VIIA3).
  • A varejista aposta em um ticket médio alto, acima dos R$ 2 mil, com produtos eletroeletrônicos sendo relevantes para elevar o gasto com consumo dos brasileiros. Nesse aspecto, a Via aposta principalmente em televisores e smartphones.
  • Nesse sentido, a varejista inclusive antecipou em uma semana as ofertas, visando a sazonalidade da Copa do Mundo no mesmo período da Black Friday– o que é frequentemente citado por players do setor como um coincidência positiva para as receitas.
  • Em períodos de Copa do Mundo, o faturamento com TVs tende a aumentar de 25% a 30%, e esse patamar pode ser ainda mais potencializado com os descontos da Black Friday.
  • A Via, vendo esse cenário, também ofereceu descontos volumosos – de até 70% – e modalidades de pagamento que possibilitam em até 30 vezes sem juros no CDC e no carnê.
  • A companhia também revelou ao Suno Notícias ter feito cerca de mil contratações visando o período de fim de ano.
  • “A Black Friday funciona como aquecimento para o Natal. Reforçamos equipes nos centros de distribuição desde já para atender todo o período”.
  • Abel Ornelas Vieira, o Chief Operatin Officer (COO) da Via, concedeu entrevista exclusiva ao Suno Notícias e citou otimismo com o período.
  • “O grande diferencial deste ano é a Copa. Antecipamos a Black Friday para a semana passada e começamos as entregas para garantir TVs para os consumidores já assistirem o primeiro jogo do Brasil na Copa“, conta.
  • Abel relata que as negociações da Via com a indústria visaram, aliás, televisões com ticket mais alto – com aparelhos de 65 a 85 polegadas, por exemplo.
  • Via aposta em ‘Pix de graça’ na Copa do Mundo
  • Além das promoções e do investimento em aumentar o estoque de TVs da Via, a companhia aposta em uma promoção especial vinculada à Copa.
  • O ‘Gol de Pix’ disponibilizará uma transação para os consumidores a cada gol da seleção na Copa do Mundo. A promoção, é claro, está vinculada aos produtos adquiridos pelo consumidor.
  • “No Ponto [antigo Ponto Frio] temos o Pix do Milhão, que aí é um sorteio, com cupons recebidos a cada R$ 100 em compras, concorrendo a um Pix de R$ 1 milhão“, acrescenta Abel.
  • VIIA3 é tech?
  • Questionado sobre a proporcionalidade das vendas no marketplace da Via, o COO da companhia apontou que espera que a porcentagem de vendas siga no mesmo patamar do restante do ano.
  • Além disso, espera que o consumidor siga abusando da modalidade híbrida de compras, em que a transação é feita digitalmente, mas com uma retirada em loja física.
  • “Não temos um foco necessário em um dos dois nichos, estamos aqui para atender bem o consumidor, independente se ele vai comprar na loja, no e-commerce ou vai retirar. A loja hoje trabalha muito bem na última milha, dado que temos 1.124 lojas no Brasil”, analisa Abel.
  • “Todos os depósitos estão trabalhando 24h, e terminamos a esperamos entregar tudo da Black Friday em menos de uma semana. Temos mais de 400 mil entregadores de última milha na ZapLog. Tenho 30 centros de distribuição (CDs) que somam 1,5 milhão de metros quadrados, mais as lojas que funcionam como CDs. Estamos usando tudo isso para entregar rápido possível”, acrescenta, sobre a logística.
  • Marketplace com foco em recorrência
  • Desde 2019 a Via tem investido mais fortemente no marketplace e no segmento digital, em quie tem mais de 150 mil sellers.
  • O COO revela que a expectativa é de usar a plataforma com foco em ‘cauda longa’, na recorrência de compra dos consumidores.
  • “Conseguimos fazer o GMV (Volume Geral de Vendas) crescer em cima do 1P [modalidade de venda onde a varejista vende o produto para a plataforma de marketplace, que realiza a venda e a entrega]”, afirma.
  • “Em 2022 estamos com estoques dentro do planejado, confortáveis. Diminuímos muito em 2021 por causa de problemas na China, o que não temos agora. Estamos muito otimistas e esperamos que logo após o jogo [do Brasil contra a Sérvia, nesta quinta (24)] as vendas deslanchem”, conclui.

Lojas Renner (LREN3) e Banco BV anunciam capitalização na Klavi, fintech de open finance

  • Focando na revolução do open finance, a Lojas Renner (LREN3) e o Banco BV anunciaram a entrada na rodada de capitalização na Klavi. Por meio dos fundos de Corporate Venture Capital (CVC), criado em março, a rede varejista e a instituição bancária afirmam que buscam contribuir para o crescimento de startups.
  • Mas esse não é o único fundo a investir na fintech. Outro grupo de investidores já havia embarcado em sua rodada Série A de US$ 15 milhões da Klavi, que foi anunciada ao mercado em agosto. Entre eles, estão nomes como Vivo Ventures, Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), Iporanga, Parallax e GSR.
  • Ao Valor Econômico, Guilherme Reichmann, diretor de estratégia e novos negócios da Renner, afirma que o aporte realizado é “uma aposta no futuro”. Isso porque a fintech dispõe de uma plataforma SaaS com tecnologia para agregar de dados, analytics e serviços API — caminho que a varejista acredita ser o mais adequado para se comunicar com os consumidores.
  • “Olhando como o CVC de um banco mais tradicional que busca muito o digital, a gente quer ter um pé no que pode mudar o mercado. Alguns investimentos neste último ciclo envolveram ‘banking as a service’, ‘insurtech’ [seguros] e open finance, frentes que têm a possibilidade de transformar o sistema financeiro”, disse ao Valor.
  • Fintech Klavi aposta na expansão do open finance
  • Criada em 2020, a startup especializada em serviços financeiros tem por objetivo ser a maior plataforma de open finance do Brasil. Trabalhando no universo business-to-business, oferece soluções para qualquer tamanho de negócio. Entre seus clientes estão empresas como: Telefônica (VIVT3.), Mepoupe, CIP S.A., Gorila, Jeitto, Supersim, Simplic, Portocred e Zippi.
  • “A entrada de uma das maiores instituições financeiras do país e uma das maiores varejistas completa nosso propósito de querer levar o Open Finance para toda a população adulta brasileira, fazendo com que, cada vez mais, as pessoas possam ter produtos financeiros adequados ao seu perfil”, afirma Bruno Chan, CEO da fintech, em nota oficial.
  • Com essa rodada de capitalização na Klavi, o executivo espera soluções de open finance para todo o ecossistema B2B.

Da Petrobras à Lojas Renner, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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