Engie (EGIE3) segue atrativa e manterá dividendos altos no futuro, diz Safra

Em análise sobre a Engie (EGIE3), o Banco Safra destacou que vê as ações da companhia elétrica como baratas nos patamares atuais e com um potencial de aumentar dividendos até 2024.

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O preço-alvo da casa para as ações da Engie é de R$ 46, com recomendação de compra. A revisão sobre a tese se deu após o investor day da companhia.

Segundo os analistas do Safra, a empresa negocia a um múltiplo relativamente atrativo no momento, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 8,9%, além de oferecer um “rendimento médio de dividendos de 10,7% para 2022-2024”.

A expectativa é de que os investimentos possam ser altos nos próximos anos, mas a empresa deve seguir pagando dividendos que representam todo o seu lucro (payout).

“Em relação à política de dividendos, embora volumes significativos de Capex sejam esperados para os próximos anos, a empresa pretende manter o payout em 100%, considerando seus níveis de alavancagem (encerraram o terceiro trimestre com 2,0x dívida líquida/EBITDA e podem atingir até 3,5x), mas o pagamento pode ser ocasionalmente reduzido para 55% para atender aos requisitos de capex”, dizem os especialistas.

Atualmente, segundo dados do Status Invest, as ações EGIE3 pagam 7,5% em dividendos (dividend yield), com R$ 2,81 pagos por ação ordinária nos últimos 12 meses.

Engie tem potencial em transição de mercado

Em se tratando das mudanças no mercado de energia elétrica, os analistas do Safra apontam que a empresa está ‘bem preparada’ para o momento atual.

“Em relação à liberalização do mercado, a Engie está focada na transição do mercado e se preparou para este momento nos últimos anos desenvolvendo plataformas de comercialização com o objetivo de atender os clientes após a liberalização do mercado. Grandes clientes do varejo apresentam boas margens de contribuição e baixa inadimplência“, destacam.

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Na estratégia de comercialização, o Safra aponta que a companhia buscou antecipar seus níveis de contratação de energia, sendo que a empresa está totalmente contratada para 2023 e altamente contratada para 2024 e 2025.

Em se tratando do segmento de geração de energia, os analistas apontam que a Engie tem projeções de bons volumes de chuvas para entre 2022 e 2023, o que deve manter os reservatórios em bons níveis e pressiona os preços à vista para baixo.

Além disso, os analistas do Safra destacam que a empresa espera desenvolver o projeto eólico Serra do Assuruá com 846MW de capacidade instalada, com capex total de R$ 6 bilhões. A expectativa é de que o projeto entre em operação comercial no segundo semestre de 2024.

A Engie também aguarda uma aprovação da diretoria para poder desenvolver o projeto fotovoltaico de Assú.

“Esses projetos adicionam 6% à capacidade instalada da empresa e devem ser comercializados no mercado livre à medida que os projetos entrarem em operação. Os custos de capex devem se manter em torno dos níveis atuais (especialmente para usinas eólicas) pelo menos no curto prazo”, conclui o Safra sobre a Engie.

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Eduardo Vargas

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