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Dólar abre em alta de 1,8% atento ao avanço do coronavírus nos EUA

O dólar abre em alta nesta sexta-feira (25) acompanhando o avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no atual epicentro e maior economia do mundo.

Por volta das 9h30, o dólar operava em forte alta de 1,789%, sendo negociado a R$ 5,4219. O mercado acionário está atento ao avanço de casos do vírus nos Estados Unidos.

Além disso, segue no radar dos investidores a nova medida adotada pelo Banco Central Europeu para viabilizar a compra de euros pelos Bancos Centrais e o Fed que limitou o pagamento de dividendos e proibiu a recompra de ações para grandes bancos estadunidenses.

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Pandemia

Os estados mais populosos dos Estados Unidos viram os casos confirmados da pandemia aumentar 30% na última semana, de acordo com informações da universidade John Hopkins. Enquanto a Flórida passa a fechar estabelecimentos novamente, o Texas interrompeu os planos de reabrir a economia — ao contrário de Nova York, onde crescem os avanços para a retomada dos negócios.

Os departamentos estaduais de saúde norte-americanos registraram mais de 37 mil novos casos na última quinta, liderados pela Flórida, Texas, Califórnia e Arizona, superando o nível de 36,18 mil de 24 de abril. O total de casos no país ultrapassou 2,41 milhões.

Os funcionários da Disney (NYSE: DIS) convenceram a direção da empresa a adiar os planos de reabertura na Califórnia e Orlando, que aconteceriam no dia 11 de julho.

Veja Também: Futuros de NY flutuam após mais um recorde de casos da pandemia

A Apple (NASDAQ: AAPL) divulgou que fechará mais lojas no Texas após um forte crescimento dos casos do vírus. Segundo Rhys Herbert, economista sênior do Lloyds Banking Group, os investidores “estão realmente procurando orientação sobre qual é o próximo estágio: veremos sinais de recuperação ou há algum perigo de que as coisas escorreguem novamente?”.

BCE

O Banco Central Europeu (BCE) informou na última quinta-feira (25), através de comunicado, que adotou uma nova medida para viabilizar linhas cautelares de recompra de euro para bancos centrais (BCs) que não fazem parte da zona do euro. O mecanismo de recompra do Eurosistema para bancos centrais (EUREP) busca manter a liquidez em euros nos mercados, frente a pandemia.

O BCE, ainda afirmou no comunicado que “o Eurosistema fornecerá liquidez em euros a um amplo conjunto de bancos centrais fora da área do euro contra garantias adequadas, consistindo em títulos de dívida negociáveis ​​em euros emitidos por governos centrais e instituições supranacionais da área do euro”.

O mecanismo de recompra do Eurosistema para bancos centrais se soma as linhas bilaterais de swap, bem como as operações compromissadas, de acordo com o Conselho da autoridade monetária europeia. Além disso, o comunicado destacou que o mecanismo demonstra a importância da moeda nos mercados mundiais.

Fed

Na última quinta o Federal Reserve (Fed) limitou o pagamento de dividendos e proibiu a recompra de ações para grandes bancos estadunidenses.

A medida foi divulgada após uma análise realizada pela autoridade monetária mostrar que o coronavírus poderia desencadear perdas de até US$ 700 bilhões (cerca de R$ 3,75 trilhões) com empréstimos e levar algumas instituições a alcançarem seus valores mínimos de capital.

Ao anunciar os resultados de um teste de estresse sobre as principais instituições financeiras norte-americanas, o Fed informou que 33 bancos submetidos aos três exercícios seriam impedidos de recomprar suas ações até pelo menos o quarto trimestre deste ano.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou estável com leve alta de 0,06%, negociado a R$ 5,3278.

Poliana Santos

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