Mônica Cerqueira

ChatGPT e a humanidade que não pode ser substituída

Não se trata somente de um sistema feito para dialogar com clientes, mas sim para captar informações estratégicas que pode impulsionar campanhas de marketing, aprimorar o atendimento e propiciar melhorias significativas nos resultados das empresas. Tudo isso, claro, desde que o conteúdo disponível seja lapidado. É um meio, e não um fim.

Em 1968, um filme de ficção científica produzido e dirigido por Stanley Kubrick retrata os tempos que vivemos hoje. Para quem tiver curiosidade e interesse, ele se chama 2001: Uma odisseia no espaço, e mostra exatamente a era da velocidade dos dados com o uso da tecnologia, imaginando os possíveis efeitos e consequências para a humanidade. Na trama, Kubrick utiliza a personagem HAL 9000, um computador capaz de imitar o ser humano, o que leva o espectador a problematizar a inteligência artificial, seus limites e desafios.

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Seria óbvio dizer que o cenário apresenta efeitos positivos e negativos – e nesse ponto recomendo assistir ao filme porque é realmente uma obra de arte (sobretudo se considerarmos a data em que foi criado). Mas o fato é que hoje, com o boom do ChatGPT, podemos efetivamente viver o que nossos avós assistiram há cerca de sessenta anos.

Tudo o que Kubrick vislumbrou, se tornou realidade. Hoje, os chatbots podem desenvolver diálogos reais com usuários (e muitas vezes são confundidos com atendimentos humanos dado o nível de compreensão). A própria ferramenta já denomina aquilo que ela é: uma inteligência artificial que está em constante aprendizado e evolução, dotada de uma rede neural profunda que engloba aspectos de arquitetura de software baseado em recorrência. Sendo assim, não se trata somente de um sistema feito para dialogar com clientes, mas sim para captar informações estratégicas que, quando enquadradas dentro de métricas e com a possibilidade de utilização de inúmeros recursos, pode impulsionar campanhas de marketing, aprimorar o atendimento e propiciar melhorias significativas nos resultados das empresas.

Tudo isso, claro, desde que o conteúdo disponível seja lapidado. É sobre isso que precisamos falar.

A tecnologia do ChatGPT representa uma evolução, sem nenhuma dúvida. Porém, se não existir a retroalimentação da informação, teremos dados estáticos que não serão compatíveis com objetivos de negócios mais significativos. Eu, como admiradora da tecnologia e conhecedora do seu potencial, entendo que são muitas as possibilidades de utilização do chatGPT, por isso costumo apresentá-la aos meus clientes como uma facilitadora. Ela é um meio, e não um fim.

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Para ilustrar melhor o que escrevo, destaco a importância de que exista refinamento humano e atualização das informações que vão ser parte integrante do dado considerado como lead. É fundamental que as empresas contem com uma revisão, uma retroalimentação da ferramenta, para que a rede neural da tecnologia trabalhe modelos voltados para aquilo que se almeja – e isso só é possível se houver inteligência humana envolvida.

Basta pensar que hoje estão definidos cerca de 165 milhões de parâmetros, que estão em constante evolução. Logo, cabe ao ser humano supervisionar o conjunto de dados oferecido pela tecnologia, vinculando seu uso a uma forma eficiente e voltando seus olhares para os propósitos de cada companhia.

O ChatGPT é um meio, portanto, deve ser fidedigno. Deve se ater à qualidade da informação e à conduta de sempre trabalhar o dado atualizado, mas precisa contar sempre com a chancela do ser humano. Isso porque, assim como o diretor de Odisseia no Espaço previu, a inteligência artificial representa um progresso, mas depende de encontrar formas inteligentes para criar novas possibilidades. Afinal, a nossa criatividade não pode ser substituída por nenhum meio tecnológico, nem a nossa capacidade de entender necessidades e mapear cenários. O jeito humano deve continuar em evidência, simplesmente porque não há chances de a inteligência humana ser substituída.

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Nota

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Mônica Cerqueira

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