Grana na conta

Fusões e Aquisições foram recordes em 2021 e devem se manter recorrentes em 2022

Após 1,5 mil operações de fusões e aquisições no acumulado de 2021, número recorde para as operações de M&As do Brasil, a tendência para este ano é de continuidade no movimento de cofre aberto das companhias.

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Além das aquisições, vale lembrar que o montante recorde de 46 ofertas públicas iniciais (ou IPOs) também demonstram um mercado aquecido.

Nas operações de compras e fusões de empresas, foi constatada alta de 44% em 2021 em relação ao ano de 2020. A estimativa é que essa onda não seja freada pelo ciclo altista de juros e pela inflação nos dois dígitos e, além disso, a agenda de abertura da economia deve trazer maior fôlego.

“No longo prazo, o país tem a possibilidade de ter um programa grande de privatizações, reformas que podem destravar a economia, além de ter uma população consumidora grande e um mercado muito pulverizado, com uma indústria bastante desenvolvida e diversificada. O investidor vê esse potencial futuro”, diz Leonardo Dell’Oso, responsável pelo setor de M&A na PwC, em entrevista ao jornal O Globo.

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A maior parte das operações, em 2021, ocorreu no primeiro semestre. De acordo com a KPMG, as empresas brasileiras fecharam 804 operações do tipo no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% ante o mesmo período do ano passado, sendo o melhor semestre da década.

Mais aquisições, cifras mais altas

Além disso, segundo a Dealogic, até julho de 2021 o foram US$ 52,1 bilhões em operações de fusões e aquisições no Brasil, superando o valor de todo o ano de 2020, que foi de US$ 45,9 bilhões.

“Com a retomada gradativa da economia observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui no Brasil para poder crescer. Acreditamos também que muitas operações ficaram represadas no ano passado devido ao momento de incertezas e estão sendo concretizadas este ano. Por isso, tivemos um primeiro semestre tão aquecido”, afirma o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta, ao jornal.

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O panorama deve se manter, sendo que a maior parte das companhias segue otimista quanto aos movimentos do gênero.

Em pesquisa, sobre a percepção do mercado sobre compras e fusões da ABES/BR Angels/Solstic Advisors foi constatado que as operações de fusões e aquisições são vistas como promissoras por 86% de executivos de empresas brasileiras e empreendedores.

Deste montante total, 50,5% desejam realizar alguma transação nos próximos 12 meses.

Com a digitalização acelerada pela pandemia, o destaque dentre os segmentos fica com as companhias de tecnologia.

“O processo de transformação digital das empresas que já estava em curso foi acelerado pela pandemia. Com isso, muitas delas passaram a investir em tecnologia para poder acompanhar esse movimento. Esse é um dos motivos pelo qual as companhias de internet e de tecnologia da informação lideram o ranking de aquisições. Outro destaque ficou por conta das instituições financeiras que também estão sendo afetadas pela evolução tecnológica”, afirma Motta, da KPMG.

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Eduardo Vargas

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