Lei de Falências: o que é e como funciona a legislação?

Em todos os negócios existem uma série de obrigações tributárias e fiscais que os empreendedores precisam ficar atentos. Alguns desses procedimentos estão previstos na chamada Lei de Falências.

No entanto, a Lei de Falências não se restringe apenas ao fim definitivo da empresa, ou seja, ela também abrange as recuperações judiciais.

O que é Lei de Falências?

A Lei de Falências é uma legislação criada para regulamentar novos aspectos do processo de falência e para instituir a possibilidade de conservação de negócios em dificuldades financeiras. Uma destas ferramentas é a recuperação extrajudicial.

Dessa forma, é possível manter funcionando empresas em dificuldades financeiras, de forma que elas consigam se reestruturar e voltar a operar normalmente e tendo a possibilidade de voltar a crescer.

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Como funciona a Lei das Falências?

Primeiramente, é preciso saber que a lei das falências é uma legislação que permite que empresas com dificuldades entrem no processo de recuperação judicial, um recursos usado para companhias que não conseguem cumprir com seus pagamentos.

Como o processo pode fechar as portas da empresa, levando à falência imediata e causando inúmeros desempregos, é possível que o negócio fique protegido por certo período contra a execução de suas dúvidas.

Além disso, a nova lei das falências, promulgada no ano de 2020, permite que companhias tomem financiamentos durante a recuperação judicial, além de permitir o parcelamento de dívidas tributárias.

Dessa forma, a companhia possuirá tempo para apresentar um plano de reestruturação, negociando seu débito com os credores.

Com isso, empresas que passam por dificuldades terão mais fôlego, mantendo seus empregos e fazendo a economia continuar girando. Portanto, empresas em recuperação judicial possuem mais recursos para voltar a suas operações normais.

O que muda com a nova Lei de Falências?

A nova lei das falências, promulgada pela Lei nº 14.112/2020 atualizou diversos dispositivos a respeito desse processo. Assim, a nova lei veio substituir a Lei nº 11.101/2005, que regulamentava as questões de falência no Brasil.

Sendo assim, o objetivo da substituição foi atender às necessidades da sociedade, uma vez que o texto anterior já era considerado ultrapassado.

Primeiramente, uma mudança bastante importante na nova legislação é a permissão para que empresas tomem empréstimos durante sua recuperação judicial.

Sendo assim, o empréstimo classifica-se como de elevado risco, visto que a companhia pode quebrar e ficar com inadimplência. No entanto, o empréstimo depende da autorização judicial.

Além disso, o dono do empreendimento que usa a lei de falências em sua empresa pode ter que dar garantias para pegar o dinheiro do empréstimo, como carros ou imóveis.

Entretanto, não foi só isso que mudou, atualmente, permite-se o parcelamento de dívidas tributárias de companhias que passam pelo processo de recuperação judicial. O limite de parcelamento é de até 120 vezes (comparado às 84 parcelas anteriores).

Em segundo lugar, é possível que os credores apresentem um plano de recuperação para a empresa, resolvendo problemas de negociação entre os dois lados.

No entanto, caso o plano do devedor venha a ser rejeitado, a assembleia pode aprovar um prazo de 30 para se apresentar um novo plano de recuperação judicial (dessa vez, pela própria empresa ou pelos credores).

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Quais são as situações uma empresa declara falência?

A recuperação judicial é um direito concedido à empresas que, apresentando dificuldades financeiras, possuam ainda real capacidade de se recuperarem.

Entretanto, caso não seja possível recuperar as operações da companhia, ela terá sua falência decretada. Para isso serve a lei de falências.

Além disso, a companhia não pode ter feito pedidos anteriores de recuperação judicial, assim como não pode ter pedidos de falências anteriores.

Por outro lado, caso o dono da empresa venha a falecer, sua família pode entrar com o pedido, caso verifiquem-se dificuldades financeiras na companhia.

Qual é a importância da Lei de Falências?

A importância da lei de falências é grande, pois permite que companhias mantenham empregos e que clientes continuem a ter sua demanda satisfeita, além de evitar que o dono do negócio declare falência.

Os benefícios da nova lei de falência é o de que fica mais fácil de evitar que empresas fechem suas portas, bem como que ela se recupere com o tempo.

Sendo assim, mais empresas terão acesso à reestruturação de suas operações, o que tende a estimular a economia do país.

Além disso, ocorre um barateamento no processo, uma vez que existem medidas como mediação e conciliação que permitem que empresas menores fazem uso desses recursos.

Portanto, a nova medida vem para estimular que empreendedores continuem tentando gerar novos produtos e serviços, uma vez que ela permite ao empresário a reabilitação do empreendimento apenas três anos após a quebra, similar ao que ocorre nos EUA.

Por fim, menos pessoas serão demitidas de seus empregos e terão que realizar trabalho informal ou manter-se desempregados.

Foi possível compreender como funciona a lei de falências? Comente abaixo!

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    Tiago Reis
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