DOAR: O que era a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos?

Quem começou a conhecer melhor o mercado financeiro e os balanços apresentados pelas empresas recentemente, provavelmente nunca se deparou com a demonstração DOAR.

Porém, a DOAR foi durante muito tempo um documento contábil extremamente importante para os acionistas — fossem as empresas de capital aberto ou não.

O que era a DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos)?

A DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos), era uma obrigação acessória que informava qual havia sido a variação do patrimônio de uma empresa ao longo do ano.

Entretanto, a DOAR foi extinta em 2007, com a chegada da Lei 11.638. Hoje, estas informações são repassadas por meio de outras demonstrações financeiras, como a Declaração de Valor Adicionado (DVA).

Na mesma época, também se tornou necessária a apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).

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Como funcionava a DOAR?

Resumidamente, a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos apresentava o acréscimo ou redução de riquezas de uma organização. Eram obrigadas a entregá-la as empresas de capital aberto ou com patrimônio acima de um milhão de reais.

Lembrando que tratava-se de uma obrigação acessória atrelada ao balanço financeiro de uma empresa. Porém, sua leitura era mais fácil e direta, dando a informação que interessava ao investidor.

Este aumento de riquezas ficava claro porque deveriam ser descritos os saldos existentes no início do ano e o montante presente no final exercício.

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Além disso, também era necessário explicar onde os recursos foram alocados ao longo do ano.

Se foram para investimentos permanentes (ativo imobilizado), para financiamentos, ou ainda se foi para o pagamento de dividendos.

Este tipo de documento era extremamente útil inclusive para que os acionistas tivessem um maior conhecimento sobre o que acontecia nas finanças da empresa.

Afinal, eles aplicaram seus recursos naquele negócio. Então saber como eles são geridos é importante.

Substituição da DOAR pela DVA

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Hoje, quem faz o papel de informar sobre as variações de patrimônio de uma empresa é a DVA. A apresentação deste documento é obrigatória a todas as empresas de capital aberto.

Os dados contidos nela são retirados das informações presentes nas demonstrações contábeis da empresa. A ideia é mostrar o quanto a riqueza da empresa aumentou ou diminuiu, se for este o caso.

Além disso, nela constam as informações referentes aos valores que são repassados aos acionistas, bem como o que é gasto com folha de pessoal e impostos.

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Como a DVA era estruturada?

A Declaração de Valor Adicionado (DVA) é um documento simples, relativamente fácil de ser lido, se comparado a um balanço patrimonial.

Assim como acontecia na DOAR, a DVA, precisam constar:

  • Receitas,
  • Insumos adquiridos de terceiros,
  • Valor adicionado bruto,
  • Retenções,
  • Valor adicionado líquido produzido pela entidade,
  • Valor adicionado recebido em transferência,
  • Valor adicionado total a distribuir, e
  • Distribuição do valor adicionado.

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Ou seja, de certa forma, os dados que antes eram entregues via DOAR permanecem sendo repassados por meio da DVA. Mudaram apenas a nomenclatura e a separação clara da Demonstração do Fluxo de Caixa.

A DOAR não existe mais, mas é essencial que todo investidor acompanhe com atenção as demais demonstrações financeiras de uma empresa antes de investir na mesma. Acesse gratuitamente nosso curso de Contabilidade para Investidores e aprenda melhor como investir avaliando os resultados de uma empresa.

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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1 comentário

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  • Cassio Viana 2 de junho de 2020
    ATENÇÃO: A DOAR não foi extinta, somente deixou de ser obrigatória. Porém com o advento da Lei 11.638, que tornou a DOAR facultativa, as empresas em geral deixaram de publicá-la, pois as outras demonstrações financeiras (DVA, DFC, Notas Explicativas) dão suporte aos usuários quanto às informações relativas à DOAR. Cassio Viana Prof de Contabilidade e Administração Financeira e Orçamentária Graduado em Ciências Contábeis e Atuariais pela UnB e Especialista (MBA) em Finanças e Controladoria Públicas.Responder