Positivo (POSI3) é destaque das small caps em março; confira as que mais subiram

O mês de março foi positivo para o mercado de capitais no Brasil. O Ibovespa teve forte valorização, mesmo em meio às incertezas políticas e fiscais que rondam o País. Alguns papéis listados na Bolsa, inclusive, conseguiram apresentar um desempenho superior aos índices, como algumas small caps.

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Em função de alguns fatores não sistemáticos, algumas small caps, que tradicionalmente têm menor capitalização de mercado e são mais suscetíveis à volatilidade do mercado, não sofreram com as incertezas e encerraram o mês em alta, surfando a recuperação do mercado brasileiro.

A Bolsa no Brasil despontou em março a despeito do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O mês foi o mais intenso desde o início da crise sanitária, com o vírus vitimando mais de 68 mil pessoas.

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O SMAL11, ETF que replica a carteira teórica de small caps do mercado, subiu 5,50% no mês. Enquanto isso, o Ibovespa avançou pouco mais de 6%.

Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações small caps que mais se valorizaram em março.

As melhores small caps de março

  • Positivo (+53,33%)
  • MAHLE Metal Leve (+30,25%)
  • Taesa (+27,40%)
  • Marfrig (+26,69%)
  • Centauro (+25,58%)

Positivo

As ações da Positivo (POSI3) subiram 53,33% neste mês, atingindo a cotação de R$ 6,90. Os papéis da empresa foram o destaque entre as small caps, sobretudo por conta do balanço divulgado com os números do quarto trimestre do ano passado.

O lucro da companhia entre outubro e dezembro do ano passado cresceu quase 30 vezes. O ganho líquido foi de R$ 149,7 milhões. Para a empresa, a pandemia trouxe oportunidades. Das adaptações motivadas pela Covid-19, o home-office e a educação à distância estão entre as principais explicações para o crescimento no período.

Para o BTG Pactual (BPAC11), o desempenho operacional trouxe uma surpresa positiva. O banco de investimento afirmou que o crescimento na venda de computadores pessoais veio acima do esperado. Isso fez com que a instituição reiterasse a recomendação de compra, com o preço-alvo de R$ 9.

MAHLE Metal Leve

O destaque do mês da MAHLE Metal Leve (LEVE3) também fica por conta do resultado apresentado. A companhia brasileira de autopeças, que atua na fabricação e comercialização de componentes de motores à combustão interna e filtros automotivos, teve um lucro líquido de R$ 100,8 milhões no quarto trimestre.

Em seu resultado, a empresa destacou o avanço no mercado doméstico no ano passado, com um crescimento de 10,6% nas vendas, frente ao ano anterior. Entre outubro e dezembro, o crescimento foi de 41,1% na comparação com o mesmo período de 2019.

Fora o balanço, a companhia também anunciou, no dia 10 de março, o seu novo CFO. A empresa aprovou a eleição de Nathan John Quye. O executivo tem nacionalidade inglesa, é formado em economia pela Universidade Nottingham Trent e mestre pela Universidade de Londres. Ele trabalha na empresa desde 2002.

As ações da multinacional tiveram uma forte valorização de 30,25% desde o primeiro pregão de março, e são negociadas a R$ 23,08.

Taesa

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica — Taesa (TAEE11) é uma das queridinhas dos que buscam renda passiva. O dividend yield da empresa é um dos maiores da B3. No entanto, março também foi um mês de ganho de capital.

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As ações da companhia subiram 27,40%, para R$ 38,92. A alta foi puxada pela possibilidade de que a Cemig (CMIG4) venda a sua participação na companhia, buscando otimizar sua alocação de capital. A saída do governo do quadro societário da Taesa é um bom sinal para os investidores.

Além disso, a companhia reportou um avanço de 194,7% no lucro líquido do quarto trimestre do ano passado, para R$ 829 milhões. “O Capex de 2020 foi de R$ 1,53 bilhão. São investimentos vultosos, mas que vem se traduzindo em retornos ao acionista. A qualidade da alocação de capital da Taesa ao longo dos anos tem se provado excepcional”, diz o analista da SUNO Research, Rodrigo Wainberg.

Marfrig

A Marfrig (MRFG3) opera no segmento alimentício e é uma multinacional brasileira. É a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, com 36 unidades de processamento, sendo 24 unitárias, além de 10 centros de distribuição ao redor do planeta.

Wainberg comenta que “a Marfrig de hoje é uma empresa diferente do que era há 3 anos, sua estrutura de capital está muito mais saudável e por isso o resultado financeiro já não corrói o lucro líquido como antes”. ” Isso somado à uma forte geração de caixa operacional de R$ 7,691 bilhões, traz segurança aos acionistas e credores.”

No quarto trimestre do ano passado, a empresa lucrou R$ 1,2 bilhão, um avanço de 4.252% ante o mesmo período de 2019. A companhia também propôs a distribuição de R$ 141 milhões em dividendos. Em relatório, a XP elevou o preço-alvo das ações da empresa dadas as boas perspectivas para este ano.

Com isso, as ações da empresa dispararam no mês e encerraram março cotadas a R$ 17,61, após um avanço de 26,69%.

Centauro

A movimento com as ações da Centauro (SBFG3) no mês também foi contaminado pelos impactos da pandemia, que fez com que as lojas fossem fechadas novamente.

Além disso, o lucro líquido do Grupo SBF, controlador da companhia, recuou 91,1% no quarto trimestre do ano passado, totalizando R$ 15 milhões, frente aos R$ 164 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma demonstração antecipada da geração de caixa da empresa, tombou 57,8% nos últimos três meses de 2020, para R$ 126 milhões. A margem Ebitda ficou em 11,5%, queda de 26,3 pontos percentuais.

Os investidores também devem ficar atentos à mudança de ticker da companhia. Desde a última quarta-feira, o código de negociação da empresa na B3 passou de CNTO3 para SBFG3. A Centauro caiu 25,58% no mês passado, atenuando a alta de 121% desde seu IPO, há dois anos.

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Jader Lazarini

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