Marfrig (MRFG3): XP eleva preço-alvo com bons resultados e otimismo para 2021

Os analistas Leonardo Alencar e Larissa Pérez, da XP Investimentos, elevaram nesta segunda-feira (30), em relatório, o preço-alvo das ações ordinárias da Marfrig (MRFG3) para R$ 24, mantendo a recomendação em compra. Às 14h40, as ações ordinárias do frigorífico operam neutras, avançando apenas 0,05%, negociadas a R$ 17,57.

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“Enxergamos um potencial de alta de 37% em relação ao preço atual das ações. Atualmente, vemos as ações da Marfrig sendo negociadas em 3,7x EV/EBITDA 2021, um nível que consideramos atraente”, afirmam os especialistas da corretora.

A explicação para a elevação do preço-alvo se dá, principalmente, por conta do desempenho mais forte da companhia no quarto trimestre de 2020 e também pelas perspectivas para o frigorífico em 2021.

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Para os dois, a Marfrig deve continuar performando bem na América do Norte, com margens elevadas por conta da maior demanda – impulsionada pelos subsídios governamentais – e mal no Brasil, com a arroba do boi gordo, apesar de estar em preços históricos, pressionando os frigoríficos nacionais, que gastam mais para adquiri a carne do produtor e não conseguem repassar totalmente os custos.

Os preços no Brasil, segundo os analistas, estariam tão altos que a demanda pela carne bovina no país está sendo impactada, com o consumidor migrando para outras opções.

Cenário na América do Norte é ponto positivo para Marfrig

“De um lado, temos a América do Norte passando por um bom momento de oferta e demanda, do outro lado, a América do Sul enfrentando um cenário desafiador nos mesmos termos, com as exportações sendo uma das poucas partes doces no momento”, afirma a XP.

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Para o futuro, os analistas esperam que o preço da carne no Brasil recue, mas pontuam que as curvas futuras dos contratos do boi gordo apontam para uma queda de 2,5% entre março e maio, queda menor do que a media dos retrocessos registrados nos últimos anos. Com esta indicativa de uma oferta menor, os pecuaristas brasileiros podem optar por adiar as vendas para se aproveitarem de preços mais altos no futuro.

De qualquer forma, a XP pontua que 75% da receita da Marfrig vem da América do Norte e, mesmo a proveniente da América do Sul é dolarizada. “No total, mais de 90% da receita da Marfrig é dolarizada, o que é bastante valorizado por investidores em um momento de câmbio desvalorizado como o atual”, afirmam.

“Nosso ponto é que, em sua configuração atual, a Marfrig é praticamente uma empresa americana listada no Brasil”, afirmam. Os analistas afirmam acreditar que a companhia conseguirá aproveitar o cenário na América do Norte, gerenciando o ambiente de custos altos no Brasil.

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Vitor Azevedo

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