Radar: XP (XPBR31) aprova recompra de ações, Nvidia (NVDC34) ganha R$ 1,1 tri em valor de mercado e V.Tal, da Oi (OIBR3), estreia no setor de energia

conselho de administração da XP (XPBR31) aprovou um novo programa de recompra de ações, no qual a companhia poderá recomprar até R$ 1 bilhão de suas ações ordinárias de Classe A, com base nos preços de mercado vigentes  ou em transações privadas, em um período que vai de 23 de maio de 2024 até a conclusão do programa de recompra ou 31 de dezembro de 2024.

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Segundo a companhia, o conselho da instituição revisará o programa de recompra de ações da XP periodicamente e pode autorizar ajustes aos seus termos e tamanho, suspender ou descontinuar o programa. A recompra será realizada com o caixa existente da companhia.

Além disso, o conselho também autorizou a administração a nomear uma corretora para o programa de recompra para adquirir ações ordinárias classe A em seu nome no mercado aberto. “O momento, o número e o valor reais das ações recompradas no âmbito do programa de recompra dependerão de vários fatores, incluindo restrições especificadas na Regra 10b-18, preço, condições gerais de negócios e de mercado e oportunidades de investimento alternativas”, diz a XP, em nota.

programa de recompra da XP não obriga adquirir qualquer quantidade específica de ações em qualquer período, podendo ser ampliado, prorrogado, modificado ou descontinuado a qualquer momento.

Além de XP, confira outros destaques desta quinta-feira:

Nvidia (NVDC34) ganha R$ 1,1 trilhão em valor de mercado um dia após divulgar resultados do 1T24

  • Nvidia (NVDC34), gigante dos chips de inteligência artificial (IA), ganhou US$ 220 bilhões (cerca de R$ 1,1 trilhão) nesta quinta, 23, um dia após a companhia divulgar seu balanço do primeiro trimestre de 2024. Na quarta, antes da divulgação do documento, a companhia valia US$ 2,35 trilhões, e viu seu valor saltar para US$ 2,55 trilhões após o fechamento do mercado, o que a coloca como terceira mais valiosa da Bolsa americana, atrás apenas de Apple (AAPL34) e Microsoft (MSFT34).
  • Nesta semana, a Nvidia divulgou que teve receita de US$ 26 bilhões, quase triplicando os US$ 7,19 bilhões no ano anterior. Já o lucro líquido da Nvidia saltou cerca de 7 vezes em relação ao ano anterior, de US$ 2,04 bilhões para US$ 14,88 bilhões.
  • Hoje, as ações da Nvidia subiram 9,3% e alcançaram um patamar inédito para a marca. “A Nvidia domina o mercado de treinamento de IA, em que a demanda por GPUs de alto desempenho é muito alta. Além disso, a empresa está investindo em novas tecnologias, como a CPU Grace Hopper e as GPUs Blackwell, que devem manter sua liderança no mercado”, afirma Matheus Popst, sócio da Arbor Capital.

PagBank (PAGS34) tem lucro 33% maior no 1T24, a R$ 522 milhões; ações disparam 5,95% em NY

  • PagBank (PAGS34) anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 522 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), conforme novo balanço trimestral divulgado nesta quinta-feira (23). Após a divulgação, as ações do PagBank subiram 5,95% no after hours da bolsa de valores de Nova York (NYSE), cotadas a US$ 13,00.
  • resultado do PagBank registra um avanço de 33% em relação ao mesmo período de 2023. Enquanto isso, o resultado contábil teve um aumento de 31% na comparação anual, alcançando R$ 483 milhões.
  • Conforme novo balanço do PagBank, o aumento no resultado é atribuído ao avanço do faturamento associado a serviços de adquirência e também nas receitas de concessões de crédito.
  • Ainda no primeiro trimestre de 2024, o volume de transações (TPV) no setor de adquirência totalizou R$ 112 bilhões, o que representa um crescimento de 27% na base anual. Enquanto isso, o volume financeiro relacionado a pagamentos “cash-in” cresceu 48%, a R$ 66 bilhões.
  • “Temos como grandes diferenciais o pagamento instantâneo para nosso cliente e a simplicidade de realizar operações via Pix, alavancado o nosso TPV e volume de Cash-In nas contas PagBank. Isso, somado ao fato de termos uma licença bancária desde 2019, faz com que tenhamos agilidade de uma fintech e custo de captação baixo como banco tradicional”, afirma Alexandre Magnani, CEO da PagBank.

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V.Tal, da Oi (OIBR3), ingressa na autoprodução de energia em Minas e Pernambuco

  • A subsidiária de fibra ótica da Oi (OIBR3), V.tal, anunciou sua entrada no setor de autoprodução de energia. Para esta nova etapa, a operadora de infraestrutura conta com a parceria de duas empresas do ramo, Atlas e Atiaia, presentes em Minas Gerais e Pernambuco.
  • O objetivo subsidiária da Oi é fornecer energia para sua própria operação.
  • A ampliação passou pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para as duas iniciativas. O “sinal verde” do órgão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (20).
  • Com as operações, a “V.tal passará a atuar no mercado de energia”, diz a Superintendência Geral (SG) do Cade.
  • “A entrada da V.tal no segmento de autoprodução de energia, através de parcerias em Minas Gerais e Pernambuco, revela uma estratégia clara de diversificação e redução de custos operacionais”, comenta o gestor CGA e sócio da Ipê Avaliações, Leandro Botelho.
  • Para o especialistas, o movimento garante uma fonte de energia sustentável e mais previsível, e é um reflexo do compromisso da companhia com práticas ESG, essencial para atrair investidores e melhorar a imagem no mercado.

‘Novo rumo’ na Petrobras (PETR4) pode significar menos dividendos, observa Tiago Reis

  • Indicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Magda Chambriard teve seu nome aprovado pelo comitê de elegibilidade da Petrobras (PETR4) nesta quarta (22) para assumir como presidente da estatal. Seu único pronunciamento desde a indicação foi uma publicação em seu LinkedIn em que ela reafirma “seu compromisso com o crescimento contínuo da nossa indústria!”.
  • Tiago Reis, fundador e chairman da Suno, comenta que ainda é difícil interpretar exatamente o que a sinalização significa. Contudo se ela se traduzir em uma tendência de investimentos fora do core business da Petrobras, pode ocasionar um mau caminho para a estatal.
  • “Eu não sei se ela quer dizer crescimento de exploração de petróleo ou crescimento de outras indústrias, das quais algumas me preocupam, como refino. As últimas refinarias que a Petrobras construiu custaram algumas dezenas de bilhões de dólares a mais, não foram entregues no prazo e não trazem tanto benefício para o consumidor. Offshore então nem se fala, não vejo o que a Petrobras adicionaria para esse tipo de negócio”, explica.
  • Reis comenta que a Petrobras tem um “histórico ruim” no segmento de refinarias com obras que custaram vários bilhões de dólares a mais do que o previsto no orçamento e foram entregues depois do prazo – além de casos de corrupção.
  • “A consequência de fazer maus investimentos é uma queima de caixa, que pode levar ao endividamento. A última vez que a Petrobras fez isso ela alcançou a maior dívida corporativa do mundo”, comenta.

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4): analistas explicam “resultados fracos no 1T24”; veja análise da temporada de balanços

  • Com o fim da temporada de balanços do 1T24, algumas casas de análise divulgaram seu parecer sobre os resultados das empresas no período. E tanto para o Santander quanto para a XP, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) foram destaques negativos no trimestre.
  • Os analistas do Santander destacam que os US$ 3,5 bilhões de Ebitda ajustado da Vale (VALE3) no 1T24 ficaram 8% abaixo da estimativa da casa, uma vez que os custos de produção foram superiores ao esperado.
  • “No geral, a Vale apresentou resultados mais fracos, explicados principalmente por preços realizados mais baixos e vendas sazonalmente mais baixas”, diz o relatório.
  • A XP Investimentos vai na mesma linha, chamando a atenção para a queda nos preços do minério de ferro, que impactaram o desempenho da Vale no 1T24.
  • “Vale reportou resultados fracos desproporcionalmente afetados por obstáculos macroeconômicos, com a queda dos preços do minério de ferro ao longo do 1T levando a uma realização de preço mais fraca do que o normal e a valorização do Real tendo um efeito negativo sobre os custos”, afirma a casa.
  • Já no caso da Petrobras (PETR4), o Santander diz que o Ebitda de US$ 12,4 bilhões ficou 7% abaixo do consenso, impactado negativamente pela queda na produção de petróleo.
  • “Os resultados foram sequencialmente mais fracos devido ao declínio de 5% na produção de petróleo em relação ao trimestre anterior, o que levou a uma menor diluição de custos e despesas com manutenção,
    enquanto os resultados em Refino foram sustentados por ganhos de estoques”, afirma o Santander.
  • A XP também chama a atenção para a queda nos preços do petróleo, mas também aponta o nível de produção como ponto negativo no balanço da Petrobras.
  • “As empresas petrolíferas tiveram que lidar com uma leve queda nos preços da commodity, mas a produção das empresas se destacou como fator detrator nos resultados, com queda para PRIO e Petrobras”, afirma.

Da XP ao PagBank, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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