Radar: Casas Bahia (BHIA3) aprova grupamento de ações, dividendos da Engie (EGIE3) e proposta de fusão da Vibra (VBBR3) com Eneva (ENEV3)

O grupo Casas Bahia (BHIA3) aprovou grupamento de ações ordinárias na proporção de 25 para 1. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada hoje (27).

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O novo grupamento de ações da Casas Bahia prevê que cada lote de 25 ações seja grupado em 1, mas sem mudanças no atual capital social da empresa, que é de R$ 5,449 bilhões.

O novo número de ações da Casas Bahia será de aproximadamente 95,083 milhões. As ações são ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal. Elas serão distribuídas entre os investidores da empresa na mesma proporção que eles tinham antes da aprovação do grupamento de ações.

Além de Casas Bahia, confira outros destaques desta segunda-feira:

Dividendos da Engie (EGIE3) vão aumentar? Entenda

  • Em nova análise sobre a Engie (EGIE3), após o Investor Day da companhia, analistas do BTG Pactual destacaram a possibilidade de os proventos da companhia aumentarem proporcionalmente nos próximos dois anos.
  • Atualmente a casa tem recomendação neutra para as ações da Engie, com preço-alvo de R$ 44 – ao passo que os papéis EGIE3 são negociados a cerca de R$ 43 em bolsa.
  • Além disso, em 2025, os especialistas esperam que a Engie ultrapasse os 9,2% de yield.
  • Apesar dessa projeção de um dividend yield (DY) ascendentes, os especialistas da área de research do BTG Pactual chamam atenção para o fato de que o payout da companhia deve ser reduzido para o mínimo de 55%, fruto de decisões recentes de investimento.
  • “A Engie nos disse que fatores como excesso de oferta estrutural, níveis saudáveis de reservatórios, perspectivas preços de energia mais baixos no curto e médio prazo e mais geração distribuída (GD) e autoprodução dissuadem os players de construir novas fábricas”, explica a casa.
  • “O foco continua sendo os cerca de 2GW para ser construído até o próximo ano (Santo Agostinho, Assuruá, Assú Sol), enquanto o gasoduto (1,7GW) aguardará um cenário melhor. Se agregarem valor, novas aquisições não são descartadas fora”, completa, sobre os movimentos recentes da empresa.

Vibra (VBBR3) confirma ter recebido proposta de fusão com Eneva (ENEV3) para formar gigante do setor de energia

  • A oferta contempla dois cenários: a incorporação das ações da Eneva pela Vibra ou a criação de uma nova companhia que concentraria as operações dos grupos.
  • Ambos os cenários resultariam em um equilíbrio acionário de 50% entre as empresas.
  • A proposta é não vinculativa, ou seja, não estabelece qualquer condição ou compromisso entre as partes.
  • Caso a fusão entre Vibra e Eneva seja concretizada, a nova empresa atingiria um valor de mercado próximo de R$ 50 bilhões, tornando-se a terceira maior companhia de energia na bolsa, ficando atrás apenas da Petrobras (PETR4) e da Eletrobras (ELET3).
  • A Eneva é uma das principais empresas do setor de energia no país, possuindo um portfólio robusto de geração elétrica e forte presença na exploração de óleo e gás.
  • Atualmente, é a maior produtora independente de gás natural no Brasil. Por outro lado, a Vibra Energia é a maior rede de postos de combustíveis do Brasil, originada a partir da privatização da BR Distribuidora, braço da Petrobras (PETR4) na distribuição de combustíveis.
  • Ambas as empresas têm um acionista em comum, a Dynamo, que detém 10,77% na Eneva e 10,28% na Vibra.
  • Em comunicado, a Eneva destacou que a fusão representa uma grande oportunidade para criar uma estrutura sólida, acomodando as operações por meio de sinergias únicas. A proposta tem validade de 15 dias.
  • “A Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias, e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital”, destaca o comunicado.
  • A proposta conta com o suporte do BTG Pactual, que informou ao conselho de administração da Eneva que pretende concentrar investimentos em geração de energia na empresa resultante da fusão. O banco afirma que a combinação de negócios desbloqueará uma contribuição de R$ 2,5 bilhões através da inserção do portfólio de geração térmica do BTG na nova empresa.

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BRF (BRFS3) salta no Ibovespa: XP reitera ações como preferidas do setor; veja os motivos

  • Após reuniões focadas sobre o segmento de avicultura, a XP Investimentos reiterou sua visão positiva sobre a BRF (BRFS3). Além disso, os analistas dizem que o ajuste de oferta da companhia no segmento avícola deve sustentar um ambiente saudável em 2024. 
  • Há expectativas de que a Seara, marca pertencente à BRF, experimente uma recuperação nas margens. “No geral, saímos das reuniões com sentimento otimista para o nosso Top Pick BRF reiterado”, diz a XP. 
  • Com uma estratégia de grãos mais assertiva e um programa contínuo de eficiência operacional com resultados tangíveis, a corretora espera que a BRF continue a superar seus pares do setor.
  • Em último relatório, a XP elevou o preço-alvo para o fim de 2024 e a recomendação da ação. O preço-alvo da BRF passou de R$ 8,60 para R$ 15,70 por papel e a indicação foi de neutra para compra. Nesta segunda (27), os papéis da BRF saltaram 3,28%, a R$ 14,50.

Vibra (VBBR3): fusão com a Eneva (ENEV3) pode trazer riscos para acionistas minoritários, alertam analistas

  • O BB Investimentos avalia que a fusão da Vibra (VBBR3) com a Eneva (ENEV3) traz valor potencial, mas é necessário ficar atento aos riscos e ao valuation da operação para os minoritários da Vibra.
  • Segundo o BB, a fusão proposta é uma troca de ações de partes iguais em 50%, mas a Vibra tem um valor de mercado 23% superior ao da Eneva. 
  • “Em nossos cálculos, para manter a proporção atual dos minoritários da Vibra na nova empresa, que tem market cap R$ 4,7 bilhões superior ao da Eneva, deveria haver diferença positiva de R$ 2,01 por cada ação da Vibra, para que fosse mantido um valor de mercado proporcional”, dizem os analistas. 
  • No entanto, a projeção de crescimento do Ebitda da Eneva é superior à projeção de crescimento do Ebitda da Vibra.
  • A equipe do BB Investimentos têm recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 27,50, um potencial de valorização de 23,7%. Nesta segunda (27) os papéis estão cotados a R$ 21,76.

Da Casas Bahia à Vibra, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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