Eletrobras (ELET3) quer investir mais de R$ 2,5 bi em projetos de transmissão em 2024
A Eletrobras (ELET3) planeja investir mais de R$ 2,5 bilhões em projetos de reforço e melhoria da transmissão ao longo de 2024, conforme afirmou Élio Wolff, vice-presidente executivo de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da companhia, em entrevista ao Broadcast.
Os investimentos previstos, parte dos aproximadamente R$ 7 bilhões destinados à rubrica nos próximos três a quatro anos, representam um importante impulso para a Eletrobras. Em 2023, a empresa já havia alocado R$ 2,5 bilhões nessa área.
“O segmento de transmissão de energia é fundamental para nossa estratégia de crescimento orgânico”, ressaltou Wolff ao Broadcast.
Segundo Wolff, o setor de transmissão oferece oportunidades significativas, tanto em leilões quanto em projetos de reforços. Além disso, essa abordagem desempenha um papel crucial na otimização e aprimoramento dos ativos da Eletrobras.
O planejamento dos investimentos dependerá do progresso das obras, com execução gradual conforme acordado com a Aneel. O executivo menciona que há espaço para aumentar os investimentos, mas é difícil prever ano a ano.
Além disso, para o Wolff, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, afirmou.
Eletrobras anuncia pagamento de R$ 1,296 bi em dividendos
A Eletrobras aprovou uma nova proposta de distribuição de dividendos, no valor de mais de R$ 1,296 bilhão. Os proventos foram aprovados em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária que aconteceu ontem (26).
Os dividendos da Eletrobras serão distribuídos somente aos investidores com posição comprada nas ações da companhia até o final da sessão de hoje (26) na Bolsa de Valores.
Para os detentores de ações preferenciais classe A, o valor a ser distribuído será de R$ 346,5 mil, correspondentes a R$ 2,43075 por ação. No caso das ações preferenciais classe B a quantia será de R$ 497,88 milhões, ou R$ 1,82306 por ação.
As ações da Eletrobras do tipo preferenciais de classe especial, também chamadas de “golden share”, terão o pagamento de R$ 0,40380162990 por papel. A maior parte do montante, de R$ 798,45 milhões, será destinada aos detentores de ações ordinárias, com o mesmo valor por ação citado anteriormente.
Os valores por ação não levam em conta os papéis mantidos em tesouraria até hoje (26). Os ativos comprados a partir da próxima segunda-feira (29) não serão contabilizados na distribuição de dividendos.
O pagamento dos proventos da Eletrobras será feito em 9 de maio de 2024. No caso dos valores não requeridos após 3 anos vão acabar prescrevendo e sendo revertidos para a própria empresa.
Dividendos da Eletrobras
- Valor: R$ 1.296.685.477,01
- Valor por ação: R$ 2,43075137906 por ação PNA, R$ 1,82306353429 por ação PNB, R$ 0,40380162990 por ação ON e R$ 0,40380162990 por ação de classe especial.
- Data de corte: 26 de abril de 2024
- Data de pagamento: 9 de maio de 2024
Os dividendos dos investidores cujas ações estão custodiadas na B3 serão primeiramente destinados à própria B3, e depois serão repassados aos acionistas por meio dos agentes de custódia.
Para os outros investidores da Eletrobras, a distribuição será realizada em suas contas correntes. Esse crédito vai ser feito de acordo com os dados cadastrais dos respectivos investidores juntamente com a Itaú Corretora de Valores, que é a instituição escrituradora da empresa.
Os investidores da Eletrobras que estão com seus dados cadastrais desatualizados devem ir até uma agência da escrituradora para atualizar os seus dados cadastrais, visando o recebimento dos dividendos.
Governo quer ter maior poder sobre a empresa, diz Moody’s
Com 46,5% do capital ordinário da Eletrobras, o governo brasileiro está “contestando os limites do seu controle estratégico sobre companhia”, diz a Moody’s.
Conforme explica o relatório da agência internacional da avaliação e ranking de risco, a principal empresa de energia do país, o governo federal tem uma representação de votos limitada a 10% na Eletrobras (ELET3).
“O governo contesta a constitucionalidade da restrição de voto no Supremo Tribunal do país, ao mesmo tempo que procura uma solução negociada na CCAF, a agência federal de mediação e conciliação, que
exige que todos os acionistas deliberem modificações nos acordos existentes”, explica a Moody’s.
Com maior peso e controle de voto, o Estado poderia ter maior interferência os atuais planos de negócios da Eletrobras. Desde que a empresa foi privatizada, a estratégia da companhia inclui a redução de gastos com pessoal, a integração da subsidiária Furnas na controladora e a negociação com os credores para reduzir sua dívida compulsória.
Desempenho anual das ações da Eletrobras
Cotação ELET3