MoveInfra: empresas de infraestrutura se unem e anunciam R$ 78 bi em investimentos

A CCR (CCRO3), EcoRodovias (ECOR3), Rumo (RAIL3), Santos Brasil (STBP3) e Ultrapar (UGPA3) se uniram e lançaram nesta quinta-feira (8) o MoveInfra. O novo movimento empresarial na área de infraestrutura pretende investir R$ 78,4 bilhões em projetos do setor.

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Em coletiva de imprensa com os presidentes das companhias e a CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, os executivos reforçaram a demanda do setor por segurança jurídica para o próximo governo.

Além disso, eles demandam por responsabilidade fiscal, sustentabilidade socioambiental, continuidade do programa de concessões e previsibilidade no ambiente regulatório.

“Temos três grandes temas, três eixos estruturantes: segurança jurídica, atração de investimento e compromisso socioambiental”, apontou Natália.

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A visão do MoveInfra é de que esses pilares são essenciais para garantir o desembolso de pelo menos R$ 78,4 bilhões que os grupos têm contratados para investir nos próximos cinco anos. Juntas, as cinco empresas, que têm ações negociadas na B3 (B3SA3), somam R$ 68 bilhões em valor de mercado.

Investimentos de longo prazo em infraestrutura

De olho na curva da taxa de juros, elemento chave em razão dos investimentos de longo prazo característicos do setor de Infraestrutura, o MoveInfra apontou estar atento ao debate fiscal pelo qual o País atravessa.

Ao ser questionado como o movimento vê a PEC da Transição, que amplia o teto de gastos, Beto Abreu, presidente da Rumo, afirmou que todos entendem as necessidades orçamentárias que se apresentam para o próximo governo.

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Ele ponderou, no entanto, que a atenção também está em qual será a “contrapartida” adotada pela próxima gestão do ponto de vista fiscal e de aprovação de reformas.

“Todos entendem necessidade de orçamento, mas estão todos observando qual vai ser a contrapartida do ponto de vista de projetos, de reformas importantes que o país precisa, para fazer essas compensações e ter visão de longo prazo do ponto de vista fiscal do país”, disse Abreu.

Uma das reformas frisadas pelo grupo foi a Tributária. “Temos que focar nesse assunto. Uma segunda pauta nossa é a manutenção da modernização trabalhista. Temos avançado. Precisa ambiente flexível no que tange as contratações”, afirmou Marcassa.

MoveInfra e a segurança jurídica

Questionada sobre pontos de atenção para garantia da segurança jurídica no setor, a CEO do MoveInfra afirmou ser necessário equalizar aspectos da legislação em relação a concessões e PPPs, em especial nas PPPs, que exigem contrapartida do poder público.

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“Acho que isso tem que estar bem claro nos novos marcos legais. Principalmente quando a gente avança para modelos em que a gente precisa de contraprestação do setor público. Não dá para o setor público às vezes ter inadimplência e continuar cobrando a manutenção dos contratos da mesma maneira. Isso vai desequilibrar o contrato. Então precisamos equalizar alguns pontos da legislação”, disse Natália.

O avanço das PPPs é considerado uma pauta importante para os próximos anos de governo, o que tem sido destacado por integrantes da transição, como a ex-ministra Miriam Belchior, que participou do evento de lançamento do MoveInfra.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Janize Colaço

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