Dona de Kopenhagen e Brasil Cacau planeja abrir 100 lojas em 2019

O Grupo CRM, dono das chocolaterias Kopenhagen e Brasil Cacau, planeja dobrar seu ritmo de expansão. A companhia quer abrir cem unidades de suas marcas próprias em 2019. A informação é da InfoMoney.

O otimismo com a economia para este ano e o crescimento das vendas da rede no segundo semestre de 2018 (alta de 18%, em relação ao mesmo período de 2017) foram dois fatores que influenciaram no planejamento da dona da Kopenhagen, segundo a vice-presidente, Renata Moraes Vichi.

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Filha do fundador da companhia, Celso Ricardo de Moraes (CRM), Vichi está no negócio há 22 anos. “Quando assumimos, o faturamento era de R$ 38 milhões. No ano passado, o total foi de R$ 1,5 bilhão”, afirma ela. A evolução da CRM, no entanto, não a impediu de perder a liderança do setor de chocolaterias para a Cacau Show há dez anos.

A CRM vai bem, mas está muito atrás da concorrente. A Kopenhagem, de perfil mais premium, possui 40 lojas, enquanto a Brasil Cacau, mais popular, tem 60. Em comparação, a Cacau Show é dona de mais de 2,2 mil unidades em todo o País – e inaugura 250 lojas por ano.

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A Cacau Show é a empresa também na liderança da inovação no setor, de acordo com a diretora executiva da consultoria GS&Libbra, Cristina Souza. Com faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2018, a empresa lançou uma linha de produtos de maior valor, a Bendito Cacau, a fim de concorrer diretamente com a Kopenhagen. “É um produto de valor um pouco mais alto, mas sem exageros. A estratégia de segurar preços ajudou bastante a Cacau Show na crise”, diz.

Estar atrás da líder do setor não impediu a CRM de ampliar o faturamento dos franqueados. “Eles expandiram a cafeteria para quase todas as lojas da Kopenhagen, o que aumenta o giro do ponto de venda e combina bem com o chocolate. Não é uma grande inovação, mas é algo que a Cacau Show não tem”, afirma Souza.

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E é justamente o café uma das apostas da CRM para o futuro próximo. A companhia lançou, inclusive, uma linha de cápsulas de café para máquinas Nespresso com a marca da Kopenhagen, numa ação inédita de entrar no varejo. Um dos primeiros contratos de distribuição foi firmado com a gigante do setor, o Grupo Pão de Açúcar. “É uma questão de hábito de consumo”, diz Vichi. “A pessoa procura a cápsula de café no supermercado, e é lá que nós vamos estar”.

 

Guilherme Caetano

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