Conselho da Camil aprova emissão de até R$ 720 mi em debêntures

O conselho de administração da Camil Alimentos, dona das marcas União e Coqueiro, aprovou na última quarta (20) a oitava emissão de debêntures da empresa. Os títulos são simples e não  conversíveis em ações.

O valor total da emissão da Camil será de R$ 1,440 bilhão, dividido em duas séries de R$ 720 milhões. O valor nominal unitário das debêntures será de R$ 1 mil na data de emissão (14 de janeiro de 2019) e não terá atualização monetária por qualquer índice.

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A emissão se dará em duas séries, subscritas pela Eco Securitizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio S.A. A operação será intermediada pelo BB Banco de Investimento S.A., Itaú BBA S.A., Bradesco BBI S.A. e BTG Pactual S.A.

Os recursos obtidos pela Camil por meio da emissão serão destinados exclusivamente ao cumprimento da obrigação de compra de açúcar da Raízen Energia.

A primeira série pagará até 98% da taxa DI, com amortização integral. Seu prazo de vencimento se dará após 1.554 dias a partir da data de emissão – vencendo, assim, em 17 de abril de 2023. Já a segunda emissão farão jus a juros remuneratórios correspondentes a até 101% da taxa DI, com amortização integral e prazo de vencimento em 2.283 dias após a emissão – vencem em 15 de abril de 2025.

Balanço financeiro da Raízen

A Raízen Energia divulgou seu balanço na última sexta (15). A companhia registrou lucro líquido 152% maior e alcançou R$ 447,3 milhões no 3º trimestre da safra 2018/2019, no comparativo com o mesmo período da temporada anterior.

O resultado robusto da Raízen se deu apesar da baixa no negócio de açúcar e etanol. O forte desemprenho de trading e derivados foi responsável por puxar os ganhos. A receita da empresa também teve uma alta expressiva. Aumentou 74,3% no comparativo e atingiu R$ 5,7 bilhões. Na temporada anterior, havia sido de R$ 3,3 bilhões.

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O faturamento com as vendas de açúcar caíram 57%, somando R$ 565,1 milhões. As vendas de etanol, por sua vez, aumentaram 47% e atingiram R$ 2,5 bilhões. Os custos com vendas das atividades de trading e derivados dobraram na comparação com o ano anterior, registrando R$ 5,2 bilhões.

Os custos de produtos sucroalcooleiros também cresceram. A valorização do diesel e a quebra da safra da cana influenciaram nesses gastos. O custo do açúcar aumentou 13% e chegou a R$ 680 por tonelada.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia desceu 6%, para R$ 842 milhões, tendo impacto nos preços e volumes do açúcar vendido no período.

A despesa financeira, influenciada pela queda no dólar, caiu 55%, para R$ 49,6 milhões. A variação da moeda americana diminuiu o saldo líquido das despesas financeiras da Raízen em R$ 89,3 milhões.

Guilherme Caetano

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