Itaú BBA reforça recomendação de compra para Pão de Açúcar (PCAR3), com alta de 60%

O Itaú BBA reforçou sua recomendação de compra para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), visando preço-alvo de R$ 32, depois que, na quarta-feira (17), o GPA comunicou a aprovação de contratos de antecipação de recebíveis que somam quase R$ 2 bilhões.

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Segundo a divisão de análises do banco, essa antecipação – relacionada à operação dos hipermercados Extra – deve melhorar a liquidez do grupo empresarial, além do custo da dívida e do endividamento. A casa aposta, portanto, em uma alta superior a 60% nos papéis, visto que as ações do Pão de Açúcar fecharam em R$ 19,56 (baixa de 1,56%) nesta quinta-feira (18).

“O Pão de Açúcar espera receber os R$ 2 bilhões no 3T22, o que deve reduzir sua alavancagem em cerca de 0,8x para 1,1x (de 1,9x), de acordo com as estimativas da empresa. Parte do valor recebido das instituições financeiras será utilizada para resgatar antecipadamente suas debêntures (melhorando, assim, o custo da dívida)”, diz comunicado.

A análise, no entanto, se diz neutra em relação à operação, pois há um certo grau de incerteza em relação ao momento das transações, apontam os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi e Gabriela Moraes.

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O que diz o fato relevante do Pão de Açúcar 

De acordo com o fato relevante do Pão de Açúcar, serão antecipados aproximadamente R$ 2 milhões referentes ao contrato de cessão onerosa da bandeira “Extra Hiper” à Sendas Distribuirá (Assaí Atacadista).

Esse valor será repassado por instituições financeiras, ainda neste trimestre, referente a parcelas que vencem em 2023 e 2024.

Ao todo, o contrato entre Pão de Açúcar e Assaí (ASAI3) tem preço de R$ 5,2 bilhões, o que inclui venda de imóveis e transferência de pontos comerciais. Os vencimentos serão usados exclusivamente para o resgate antecipado de debêntures emitidas ao mercado.

Pão de Açúcar reverteu lucro e teve prejuízo de R$ 172 milhões no 2T22

Pão de Açúcar informou nesta quarta-feira (27) que obteve prejuízo líquido consolidado de R$ 172 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 3 milhões do 2T21. No 1T22, o GPA havia reportado lucro líquido de R$ 1,4 bilhão.

Ebitda ajustado do Pão de Açúcar totalizou R$ 706 milhões, que representa uma queda de 9% ante o 2T21. Já a margem Ebitda ajustada foi de 7,0%, caindo 1,4 pontos percentuais na mesma comparação.

No balanço dos resultados, o CEO do grupo escreveu sobre o novo direcionamento do GPA:

“No Brasil, começamos a colher os frutos do novo direcionamento do grupo, em meio a um processo de transformação de toda a operação, com a companhia focada integralmente nos formatos de supermercados e de proximidade: registramos uma receita bruta com avanço de 6,3% (ex postos), com destaque para a retomada do crescimento do Pão de Açúcar, registrando aumento de fluxo de clientes e ganhos de market share no mercado premium, e a manutenção do forte crescimento dos negócios de Proximidade”, diz a companhia em comunicado.

Receita no 2T22

receita líquida do Pão de Açúcar no segundo trimestre do ano atingiu  R$ 10,1 bilhões, alta de 9,3% ante o mesmo período do ano anterior, quando havia registrado receita de R$ 9,2 bilhões.

As vendas totais do “Novo GPA Brasil” atingiram R$ 4,4 bilhões e as vendas nas mesmas lojas foram em 4%. “Excluindo postos, atingimos R$ 4,0 bilhões. Na bandeira Pão de Açúcar, nossa venda mesmas lojas atingiu 4,2% no 2T22, impulsionada pelo maior fluxo de clientes em lojas, incremento consistente de sortimento premium e importado na bandeira e ganho de market share vs mercado premium.”

Nas bandeiras mainstream, Mercado Extra e Compre Bem, diz o Pão de Açúcar, “o crescimento de vendas mesmas lojas de 4,8% é resultado do crescimento da venda de e-commerce e aceleração do programa de fidelidade.”

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Wesley Santana

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