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Ibovespa sobe com melhora do humor dos mercados externos; CSN (CSNA3) e Vale (VALE3) caem

Acompanhe as notícias em tempo real Atualizado em: 15/02/2022 22:53

BBAS3 dispara após lucro recorde | Rússia ajuda e bolsas sobem | PETR4 e VALE3 limitam alta do Ibov

Fechamento do Dia Ibovespa encerra terça-feira na máxima do dia, com +0,82%, a 114,8 mil pontos O índice marca a sexta alta consecutiva, influenciado principalmente pelo cenário internacional
Victória Anhesini
por Victória Anhesini

Ibovespa encerrou a terça-feira (14) com alta de 0,82%, a 114.828,18 pontos, entre mínima de 113.882,48 e a máxima do encerramento, saindo de abertura aos 113.905,44 pontos. O giro financeiro foi de R$ 29,9 bilhões na sessão. Na semana, o índice Bovespa sobe 1,11%; no mês, 2,39% e, no ano, acumula agora 9,55%.

O principal destaque do dia foi a melhora do humor externo, decorrente da redução de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia. Isso contribuiu para o sexto ganho consecutivo, a mais longa sequência positiva desde a passagem de maio para junho passado. Entretanto, também houve uma forte correção do petróleo, que havia acumulado prêmios de risco durante a escalada das tensões no leste europeu.

Rússia e Ucrânia são importantes produtoras de commodities agrícolas como trigo e milho, com os russos se destacando também não apenas em petróleo e gás, mas ainda em metais, bem como na produção de fertilizantes, observa Igor Barenboim, economista-chefe da Reach Capital. “Do ponto de vista econômico, temos aí dois grandes produtores de matérias-primas. Um confronto militar afetaria não apenas a oferta mas também a demanda (por insumos), na medida em que um enfrentamento desviaria recursos” para essa finalidade, acrescenta.

Assim, a escalada de tensões vista nos últimos dias, e amortecida hoje pelos sinais que chegaram da Rússia, foi particularmente sentida nos preços de commodities, como o petróleo, que chegou a recuar quase 5% ao longo desta terça-feira.

“Mesmo na ausência de indícios de que a situação está resolvida, o movimento (de retirada de tropas russas) vem como uma luz no fim do túnel e já é o suficiente para dar sustento à redução do prêmio de risco nos mercados, que já iniciaram a sessão com alta nas bolsas, dólar mais fraco e forte abertura dos juros desenvolvidos – além de uma queda acentuada nos preços do petróleo. Naturalmente, a confirmação de que a Rússia irá retirar suas forças por completo será providencial para destravar mais valor”, observa em nota a Guide Investimentos.

“A liquidação do mercado de títulos foi retomada, com o retorno do apetite por risco após afrouxamento das tensões geopolíticas”, aponta em nota Edward Moya, analista da OANDA em Nova York, chamando atenção para o rendimento da T-note de 10 anos, acima de 2%. “As expectativas de que se estabilize acima disso agora estão crescendo. A inflação está se acelerando e espera-se que estejamos vendo o pico das pressões sobre os preços ser adiado por mais alguns meses”, acrescenta.

“Os mercados operaram com alívio em relação à geopolítica. A tensão em relação à possibilidade de conflito diminuiu bastante e o mercado pôde efetivamente voltar a olhar outros pontos. Nessa toada, o petróleo, que tinha subido bastante, foi para uma realização (de lucros), o que afetou as petrolíferas. Além disso, a China tem feito algumas ações para tentar conter a escalada especulativa no preço do minério, que chegou a bater em US$ 150 (por tonelada) e agora voltou para a casa dos US$ 138, com reflexos para Vale e CSN, que é dona da (mina) Casa de Pedra”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“Em recuperação, o setor bancário é o que vem despontando, com resultados bastante fortes do Banco do Brasil e, na semana passada, do Itaú”, aponta Moliterno, destacando também na sessão o desempenho das ações de varejo, em “respiro” após a “clareada” proporcionada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre como se dará os aumentos de juros, com expectativa de arrefecimento da inflação, o que resultou em fechamento das taxas dos DIs futuros.

Cenário de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça, em sessão marcada pelos desenvolvimentos da crise envolvendo Rússia e Ucrânia, em dia com intensificação de contatos diplomáticos entre líderes dos principais países envolvidos. As tratativas abriram espaço para uma recuperação nos papéis, que vinham sendo pressionados pelos temores de conflito. Além disso, investidores observaram a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de janeiro nos Estados Unidos, que apresentou um avanço bem acima do esperado por analistas, aumentando a pressão sobre a reação do Federal Reserve (Fed).

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,22%, em 34.988,84 pontos, o S&P 500 avançou 1,58%, a 4.471,07 pontos, e o Nasdaq subiu 2,53%, a 14.139,76 pontos.

O dólar à vista fecha em baixa de 0,72%, a R$ 5,1807, depois de oscilar entre R$ 5,1667 e R$ 5,2173

petróleo fechou em forte queda nesta terça-feira. O movimento, contrário do dia anterior, veio com a aparente desescalada das tensões geopolíticas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, anunciada pelo presidente Vladimir Putin.

Em Nova York, o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março recuou 3,55%, a US$ 92,07, enquanto o do Brent para abril caiu 3,32%, a US$ 93,28, em Londres.

O contrato mais líquido do ouro fechou em queda em mais uma sessão na qual as tensões entre Rússia e Ucrânia direcionam os preços do metal, que é buscado como um porto-seguro. Diante da redução dos temores por uma incursão militar no território ucraniano, em dia que contou com sinalizações russas sobre desmobilização de tropas, o ouro operou pressionado, e perdeu parte dos ganhos que havia acumulado nas últimas sessões.

O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em baixa de 0,71%, a US$ 1.856,20 por onça-troy, na Comex.

No Ibovespa hoje o destaque foi o setor ligado a commodities, altamente influenciado pela queda do minério de ferro e do petróleo, o que limitou os ganhos do índice. No lado positivo, o TCU aprovou a primeira etapa de privatização da Eletrobras (ELET3, ELET6), que fechou com alta de 6,22% e 6,54%.

No ranking das maiores quedas, CSN (CSNA3) perdeu 4,83%, seguida por 3R Petroleum (RRRP3), com -4,74%. Bradespar (BRAP4) caiu 3,67%, Vale (VALE3) recuou 2,97% e PetroRio (PRIO3) caiu 2,83%. Petrobras (PETR3, PETR4) caiu 2,07% e 1,58%, respectivamente.

O setor bancário foi elevado pelo balanço forte do Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 4,74%. Bradesco (BBDC3, BBDC4) subiu 1,13% e 0,09%, respectivamente. Itaú (ITUB4) ganhou 0,94%. A única exceção foi Santander (SANB11), que caiu 0,56%.

O maior apetite ao risco no pregão de hoje foi benéfico para as techs. Entre os maiores ganhos, Locaweb (LWSA3) subiu 15,31%, acompanhado de Banco Pan (BPAN4), que alcançou alta de 10,47%, Positivo (POSI3), com +7,67%, e Banco Inter (BIDI11), que registrou elevação de 6,59%.

Também se destacaram as ações de aéreas e turismo, pela perspectiva de que os conflitos geopolíticos podem cessar. Azul (AZUL4) avançou 8,45%, Gol (GOLL4) ganhou 7,41% e CVC (CVCB3) registrou +6,89%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Notícias que movimentaram a bolsa de valores

  • Putin anuncia retirada de parte das tropas russas na Ucrânia; petróleo despenca
  • Eletrobras (ELET3): preço de venda é 15 vezes menor que concorrentes, estima instituto
  • Monitor do PIB aponta crescimento de 4,7% em 2021 ante 2020, diz FGV

Putin anuncia retirada de parte das tropas russas na Ucrânia; petróleo despenca

O presidente Vladimir Putin anunciou, nesta terça-feira (15), o início da retirada de parte das tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia. A comunicação levou os preços do petróleo para baixo, recuando mais de 3%, e as bolsas internacionais, para cima. Foi o movimento contrário ao desta segunda, quando a commodity atingiu o maior nível desde 2014, acima dos US$ 95, em meio a declarações desencontradas entre autoridades ucranianas, russas e americanas sobre uma possível invasão marcada para esta quarta (16).

Os EUA e aliados observam o movimento de retirada de parte das tropas russas com ceticismo. Em pronunciamento no final desta tarde, o presidente Joe Biden disse que a guerra “ainda é uma possibilidade” e reforçou ameaças com “sanções econômicas de longo prazo”. Reforçou: “Se houver ataque, a resposta será dura.”

O mercado Nova York, que ontem fechou em queda — apenas Nasdaq terminou o pregão perto da estabilidade –, opera no positivo: Dow Jones sobe 1,15%, S&P 500 avança 1,53% e Nasdaq ganha 2,33%. O Ibovespa acompanha o bom humor externo: às 17h20, subia 0,70%. O dólar fechou em baixa de 0,72%, a R$ 5,1807.

O anúncio da retirada das tropas foi feito pelo Ministério da Defesa russo em vídeo. O porta-voz afirmou que os exercícios militares que eram feitos próximos ao leste da Ucrânia continuam na Rússia, mas que determinadas unidades dos “distritos militares do Sul e do Oeste já concluíram as atividades e começaram a retornar à base”, sem dar mais detalhes sobre a retirada. Putin disse hoje que a Rússia não quer guerra na Europa.

O Ministério da Defesa não especifica quantos soldados estão envolvidos na volta. Desde novembro, Putin concentrou ao menos 130 mil soldados em torno do país vizinho.

Na semana anterior e desde domingo (13), aumentaram rumores sobre uma invasão, que teria até uma data para ocorrer: nesta quarta (16). O Kremlin negou a ação militar. Ontem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou sobre o assunto: “Nos disseram que 16 de fevereiro seria o dia do ataque. Vamos transformá-lo em um dia de unidade”, disse o chefe de Estado em discurso à população.

Eletrobras (ELET3): preço de venda é 15 vezes menor que concorrentes, estima instituto

Levantamento feito pelo Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina) defende que o preço de US$ 10 bilhões estipulado para a venda da estatal Eletrobras (ELET3) é 15 vezes menor que seus pares estrangeiros. O levantamento foi feito com números da empresa alemã de dados Statista.

De acordo com o Ilumina, a primeira colocada na lista sobre valor de mercado da Statista é a NextEra, nos Estados Unidos, avaliada em US$ 146 bilhões, e que atua principalmente na Flórida, com população de 21.538.187 habitantes (2020), com 58 gigawatts (GW) de capacidade de geração, empregando 14,9 mil funcionários.

“Enquanto isso, a Eletrobras tem 50 GW de capacidade de geração, opera com apenas 12,5 mil funcionários e atende uma área equivalente a mais de 40 Flóridas, com uma população dez vezes maior”, destaca o Ilumina.

Outra comparação que chama a atenção, segundo Roberto D’Araújo, diretor da Ilumina, se refere à décima colocada no ranking da Statista, a inglesa National Grid, que, sem parque de geração, tendo apenas transmissão, tem valor de mercado de US$ 44,3 bilhões, quatro vezes mais do que a Eletrobras.

“Isso sem contar com sequer uma usina, apenas linhas de transmissão. Já a sua equivalente brasileira (Eletrobras) possui 49 usinas hidrelétricas, 10 termelétricas a gás, óleo e carvão, 43 usinas eólicas e uma solar”, destaca o diretor.

O Ilumina vem desde o início do processo de capitalização alertando para o baixo preço de venda, que nesta terça será julgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A própria área técnica do TCU, segundo fontes, identificou a subavaliação do preço da Eletrobras. De acordo com o Ministério da Economiao preço de venda da empresa seria de R$ 60 bilhões.

A desestatização da Eletrobras se arrasta por anos e ganhou forma no governo Michel Temer, pelas mãos do ex-presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, hoje presidente da Vibra (ex-BR Distribuidora). A previsão do atual governo é que a estatal faça uma capitalização na B3 em abril, da qual não participa para ter sua participação diluída e abrindo espaço para a entrada da iniciativa privada na companhia.

Monitor do PIB aponta crescimento de 4,7% em 2021 ante 2020, diz FGV

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) publicou nesta terça-feira (15) a previsão do Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) para 2021. Segundo a instituição, o PIB brasileiro cresceu 4,7% ano passado, quando comparado a 2020.

Monitor do PIB procura antecipar a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

recuperação do PIB em 2021 ocorreu em todos os três grandes setores, pela ótica da oferta. A agropecuária cresceu 0,6%, a indústria avançou 4,4% e os serviços cresceram 4,7%. Na demanda, o destaque foi o salto de 16,7% na formação bruta de capital fixo (FBCF, a medida dos investimentos no PIB), enquanto o consumo das famílias avançou 3,4%.

O avanço na FBCF levou à taxa de investimentos a 20,72% do PIB, a maior desde 2014, quando o indicador ficou em 21,68%.

“A economia brasileira em 2021 compensou a queda de 2020 avançando 4,7%, graças, principalmente, ao crescimento do setor de serviços em virtude da vacinação. Todos os componentes, tanto da oferta como da demanda, apresentaram crescimento. Pelo lado da oferta os destaques foram Construção, Transportes, Serviço de Informação e Outros Serviços. Pelo lado da demanda, o destaque foi a Formação Bruta de Capital Fixo”, diz a nota divulgada pelo Ibre/FGV.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +0,82%
  • IFIX hoje: -0,08%
  • IBRX hoje: +0,64%
  • SMLL hoje: +2,22%
  • IDIV hoje: +0,94%

Cotação do Ibovespa nesta segunda (14)

O Ibovespa fechou o pregão da última segunda-feira (14) em alta de 0,29%, aos 113.899,19 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Há 2 anos

Bolsas de NY fecham em alta, com negociações sobre crise entre Rússia e Ucrânia

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça, 15, em sessão marcada pelos desenvolvimentos da crise envolvendo Rússia e Ucrânia, em dia com intensificação de contatos diplomáticos entre líderes dos principais países envolvidos. As tratativas abriram espaço para uma recuperação nos papéis, que vinham sendo pressionados pelos temores de conflito. Além disso, investidores observaram a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de janeiro nos Estados Unidos, que apresentou um avanço bem acima do esperado por analistas, aumentando a pressão sobre a reação do Federal Reserve (Fed).

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,22%, em 34.988,84 pontos, o S&P 500 avançou 1,58%, a 4.471,07 pontos, e o Nasdaq subiu 2,53%, a 14.139,76 pontos.

Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações subiram com otimismo de que a Rússia não invadirá a Ucrânia nesta semana. Hoje, o Ministério de Defesa russo informou a retirada de cerca de 10 mil soldados, de uma força estimada em cerca de 130 mil que ocupa a fronteira do país com a Ucrânia. A percepção de que a possibilidade de uma invasão diminuiu foi reforçada por comentários do presidente Vladimir Putin, em coletiva de imprensa após reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Além de acenar pela continuidade de esforços diplomáticos, o mandatário disse que temer que as negociações estagnem. Um dos efeitos foi uma queda no barril de petróleo, que pressionou empresas do setor. ExxonMobil (-1,16%), Chevron (-1,78%) e ConocoPhillips (-2,04%) recuaram.

Depois que o PPI avançou 1,0% entre janeiro e dezembro, enquanto analistas esperavam avanço de 0,5%, para Moya “muitos em Wall Street ainda não estão convencidos de que o Fed será tão agressivo quanto alguns estão pedindo este ano”. Amanhã, a divulgação da ata da última reunião de política monetária da autoridade deverá oferecer maiores sinalizações, incluindo sobre uma elevação de juros de março.

O Bank of America (BofA) aponta a política de bancos centrais agressivos como catalisadora de um pessimismo macro, que deverá repercutir nas ações. Segundo a instituição, investidores veem a postura do Fed levando o S&P500 ao nível dos 3700 pontos. A isso soma-se ainda a inflação, bolhas e recessão, todos vistos como “riscos” maiores para as ações do que a crise da Ucrânia.

Entre os destaques, as ações da Intel subiram 1,81%, em meio a relatos de que a empresa irá adquirir a fabricante de chips Tower Semiconductor, que teve ganho de 36,36%.

Há 2 anos

Alívio nas tensões geopolíticas leva dólar a fechar abaixo de R$ 5,20

Sinais de que a Rússia pode abandonar eventual plano de invadir a Ucrânia, após notícias de desmobilização parcial das tropas russas na fronteira entre os dois países, abriram espaço para uma redução dos prêmios de risco mundo afora, levando a uma rodada de enfraquecimento global da moeda americana. Apesar do tombo de commodities como minério de ferro e petróleo, o real brilhou novamente, figurando no grupo das divisas emergentes que mais se valorizaram – desempenho atribuído por analistas, em grande parte, à atratividade da renda fixa local, dada a expectativa de que a taxa Selic supere 12%.

Em queda desde a abertura dos negócios, a moeda chegou a operar momentaneamente na casa de R$ 5,16 no fim da manhã, quando registrou a mínima da sessão, a R$ 5,1667 (-0,99%). Depois de orbitar os R$ 5,18 ao longo da tarde, o dólar à vista terminou a sessão em baixa de 0,72%, a R$ 5,1807 – menor valor desde 6 de setembro de 2021, quando encerrou a R$ 5,1767. Após terminar janeiro com desvalorização de 4,84%, a divisa já acumula perdas de 2,36% em fevereiro.

O dólar já havia esboçado fechar abaixo do piso de R$ 5,20 nas últimas sessões, mas acabou se recuperando – seja por falas mais duras de dirigentes do Federal Reserve, em meio a leituras fortes de inflação nos EUA, seja pelo temor de invasão russa à Ucrânia. No pregão de hoje, o alívio nas tensões geopolíticas falou mais alto que o forte avanço da inflação ao produtor nos Estados Unidos em janeiro (PPI subiu 1%, o dobro do esperado por analistas) e que a cautela diante da divulgação, amanhã, da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed.

Para o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia, o mercado já absorveu a perspectiva de que o Federal Reserve possa elevar a taxa de juros em 50 pontos-base em março e levá-la para cerca de 1,5% ainda neste ano. As atenções estarão mais voltadas, observa Miraglia, a sinais de em torno ritmo de redução do balanço patrimonial do BC americano – que significa, na prática, retirada de dinheiro do sistema. Ao longo dos próximos meses, o grande termômetro para saber o tamanho da alta de juros nos EUA é o comportamento das Treasuries mais longas. Um avanço do retorno da T-note de 10 anos para o patamar de 2,5% poderia ter impacto mais forte em ativos de risco, pondera o economista.

“O Fed deve dar em março uma resposta mais firme às pressões inflacionárias, mas dizer ainda que é ‘data dependent’ em relação ao grau de elevação dos juros. O mercado já precificou alta de 0,50 pontos base em março e vai ser mais sensível à questão do balanço”, afirma Miraglia, que, no caso brasileiro, vê pelo menos mais duas altas da taxa Selic – em 1 ponto porcentual em março e em 0,75 ponto em maio – para 12,50%.

Para Miraglia, a forte apreciação do real está muito ligada ao fluxo de capital de curto prazo, em meio a uma rotação global de portfólio. Ele prevê um aumento da volatilidade da taxa de câmbio a partir de abril ou maio, quando a corrida eleitoral vai “começar a fazer preço” no mercado. “Não acho que esse cenário tranquilo vai continuar. Nosso cenário base é de dólar a R$ 5,90 no fim do ano”, diz o economista.

No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes e é um bom termômetro do apetite ao risco – trabalhou hoje em queda firme, no limiar dos 96,000 pontos, sobretudo por conta das perdas frente ao euro. Entre os emergentes, dólar perdeu mais força em relação ao peso chileno, o real, por razões óbvias, o rublo.

Do lado político, sinais de que a PEC dos combustíveis apresentada no Senado – apelidada de PEC Kamikaze, por trazer possibilidade de renúncia fiscal superior a R$ 100 bilhões – pode não vingar ajudam a diminuir a percepção de risco. Há, contudo, perspectiva de votação de projetos relacionados aos preços de combustíveis amanhã no Senado. Um deles inclui uma conta de estabilização dos preços e a mudança do modelo de cobrança do ICMS sobre os combustíveis, mas com liberdade para cada governador definir a alíquota.

Economista e sócio da Golden Investimentos, Thomas Giuberti observa que, a despeito da queda da percepção global de risco, refletida no arrefecimento do índice DXY, e de um quadro fiscal interno razoável, o grande propulsor do real são as operações de carry trade (que exploram o diferencial de juros entre países). “Temos um grande fluxo de estrangeiro. Ninguém sabe quando o estrangeiro vai parar de alocar. O mercado já começa a especular com taxa de câmbio a R$ 5,10 ou R$ 5,00. Sem dúvida, o carry trade voltou”.

Há 2 anos

Ibovespa fecha na máxima de 114.828,18 pontos, em alta de 0,82%; na mínima do dia, índice marcou 113.882,48

Volume financeiro soma R$ 29,9 bilhões

Há 2 anos

Ouro fecha em baixa, com sinalizações de menor tensão entre Rússia e Ucrânia

O contrato mais líquido do ouro fechou em queda em mais uma sessão na qual as tensões entre Rússia e Ucrânia direcionam os preços do metal, que é buscado como um porto-seguro. Diante da redução dos temores por uma incursão militar no território ucraniano, em dia que contou com sinalizações russas sobre desmobilização de tropas, o ouro operou pressionado, e perdeu parte dos ganhos que havia acumulado nas últimas sessões.

O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em baixa de 0,71%, a US$ 1.856,20 por onça-troy, na Comex.

“As crescentes tensões geopolíticas entre a Rússia e o Ocidente em torno da Ucrânia viraram o foco do mercado de ouro no final da semana passada”, aponta o Julius Baer. Olhando para a reação histórica do metal em tais situações, “descobrimos que os preços normalmente sobem à medida que os riscos geopolíticos aumentam, seguidos por um pico de curto prazo em torno do evento real”, explica o banco.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Há 2 anos

Dólar à vista fecha em baixa de 0,72%, a R$ 5,1807, depois de oscilar entre R$ 5,1667 e R$ 5,2173

Há 2 anos

Bolsas da Europa fecham em alta, com alívio em tensão sobre Ucrânia e dados

As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira (15), recuperando parte das perdas registradas na véspera. O avanço se deu em meio a algum alívio nas tensões diante da crise na região da Ucrânia, com notícias sobre retirada de tropas russas próximo à fronteira. A divulgação de dados macroeconômicos na Europa também esteve no radar.

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta terça que começou a retirar parte de suas tropas que estavam próximas à fronteira ucraniana, de acordo com noticiário internacional. Cerca de 10 mil soldados saíram do local, de um total estimado em 130 mil.

Após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente russo, Vladimir Putin, acenou para a desescalada militar na região e disse estar aberto para continuar negociações diplomáticas com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em coletiva à imprensa, os líderes afirmaram que a diplomacia segue como um caminho para o atual conflito.

  • O índice pan-europeu Stoxx600 subiu 1,43%, a 467,56 pontos;
  • Na França, o CAC 40 subiu 1,86%, a 6.979,97 pontos;
  • Na Alemanha, o DAX avançou 1,98%, a 15.412,71 pontos;
  • Em Londres, FTSE 100 fechou em alta de 1,03%, a 7.608,92 pontos;
  • Em Milão, o FTSE MIB subiu 2,09%, a 26.967,98 pontos;
  • Em Portugal, PSI 20 avançou 2,47%, a 5.643,62 pontos;
  • Por fim, na Espanha, o IBEX 35, 1,68%, a 8.718,00 pontos, conforme dados preliminares.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Há 2 anos

Ibovespa se segura nos 114,7 mil pontos, com alta de 0,72%, acompanhando cenário internacional

O Ibovespa hoje fica acima dos 114.720 pontos, subindo 0,72%, às 15h10. O mercado reflete um pouco de tranquilidade após anúncio de retirada de algumas tropas da Rússia do território da fronteira com a Ucrânia, mesmo com a Otan afirmando que não viu sinais de recuo real das tropas.

O dólar opera em queda, chegando nos R$ 5,18, fora do fluxo externo.

No ranking das maiores altas, Locaweb (LWSA3) domina, com +12,62%, a R$ 10,89. Já o primeiro colocado da ponta oposta é CSN (CSNA3), com -4,54%.

Há 2 anos

Dólar comercial opera em queda de 0,58%, a R$ 5,188

Há 2 anos

Ibovespa mantém alta, com +0,58%, aos 114.562 pontos

Com o atenuação das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia nas últimas horas, há alívio por parte dos investidores. Com queda intensa do petróleo, com barril WTI caindo 3,99% e o Brent, -3,66%, próximo às 14h05.

As cinco maiores quedas de hoje entre ativos do índice Bovespa são de papéis atrelados à commodity. Confira:

Há 2 anos

Ações de aéreas 'decolam' com melhora do cenário ucraniano

As ações da Azul (AZUL4) e da Gol Linhas Aéreas (GOLL4) estão entre as principais altas do Ibovespa hoje por conta da percepção de alívio nas tensões entre Ucrânia e Rússia. Ontem, segundo relatos, Moscou ordenou a retirada de tropas que estavam estacionadas na fronteira entre os dois países.

Com a melhora da situação, as preocupações de gargalos no trânsito aéreo foram afastadas. Nesta manhã, as ações da Azul (AZUL4) têm alta de 7,89%, enquanto as da Gol (GOLL4) avançam 6,54%.

Há 2 anos

Engie segue em dúvidas, mas Raízen agrada, diz BTG

Sobre os balanços de empresas do Ibovespa publicados ontem, os analistas do BTG Pactual reiteraram recomendação neutra para as ações da Engie (EGIE3) , que teve um lucro líquido de R$ 78 milhões no quarto trimestre, em retração de 92%. O preço-alvo é de R$ 46, ante R$ 40 atuais.

“A Engie registrou um EBITDA de R$ 947 milhões (ex-TAG), impactado por diversos eventos pontuais. Resultados foram impactados positivamente pelo acordo GSF (R$ 1,167 bilhão) mas impactados negativamente por conta dos dados de transmissão, com R$ 197 milhões em IFRS”, diz o relatório.

Já a Raízen (RAIZ4), fora do índice, dobrou o lucro líquido para R$ 1,4 bilhão, teve recomendação de compra com preço-alvo de R$ 11 ante cerca de R$ 6 atuais.

“Sem surpresa, a principal revisão positiva foi em Renováveis, com um aumento de 14% no EBITDA médio esperado de R$ 4,85 bilhões, agora apenas 4% abaixo da nossa estimativa. Há um ‘valor substancial ainda a ser desbloqueado pelos acionistas’. Acreditamos que os investidores darão as boas-vindas à orientação mais forte de no segmento de renováveis ​​e Combustíveis”, diz o banco de investimento.

Há 2 anos

BTG vê Banco do Brasil mais barato agora que no 'epílogo Dilma'

Após o Banco do Brasil (BBAS3) lucrar R$ 5,9 bilhões no quarto trimestre de 2021, o BTG vê os papéis ainda mais baratos, superando a relação entre o preço dos papéis e o lucro do que era visto em meados de 2016.

Os analistas do BTG elevaram o preço-alvo de BBAS3 para R$ 45, o que representa um potencial de alta de 35% em relação ao fechamento de ontem.

Para o Credit Suisse, o banco está mais e melhor capitalizado, e o cenário de qualidade dos ativos não poderia ser diferente.

Os analistas frisam que as as ações do Banco do Brasil estão sendo negociadas na bolsa a um múltiplo de apenas 3,9 vezes o lucro projetado para este ano.

Há 2 anos

Commodities em baixam freiam avanço da bolsa

As commodities operam em baixa no dia de hoje após alcançar níveis historicamente altos com o aumento da tensão entre Rússia e Ucrânia.

O petróleo WTI cai 3,45% cotado a US$ 92,18, ante queda de 3% no Brent, que é negociado a US$ 93,52.

O minério de ferro, por sua vez, perde o nível de US$ 150 e é negociado a US$ 142,75 em Dalian.

As cotações influenciam diretamente as baixas do Ibovespa, sendo que as companhias mais relevantes do índice trabalham com petróleo ou minério, além dos bancos.

As oito maiores quedas de hoje entre ativos do índice Bovespa são do setor. Confira:

Há 2 anos

Monitor do PIB aponta alta de 4,7% em 2021 ante 2020

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 4,7% em 2021 ante 2020, segundo o Monitor do PIB, indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado nesta terça-feira, 15, pela instituição.

A recuperação do PIB em 2021 ocorreu em todos os três grandes setores, pela ótica da oferta.

A agropecuária cresceu 0,6%, a indústria avançou 4,4% e os serviços cresceram 4,7%. Pela ótica da demanda, o destaque foi o salto de 16,7% na formação bruta de capital fixo (FBCF, a medida dos investimentos no PIB), enquanto o consumo das famílias avançou 3,4%.

O avanço na FBCF levou a taxa de investimentos a 20,72% do PIB, a maior desde 2014, quando o indicador ficou em 21,68%.

Há 2 anos

IPP dos EUA sobe 1% em janeiro ante dezembro

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos subiu 1% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais do Departamento do Trabalho do país.

O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,5% no período.

O núcleo do IPP dos EUA, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,9% na comparação mensal de janeiro. Neste caso, o consenso do mercado era de acréscimo de 0,4%.

No confronto anual, o IPP deu um salto de 9,7% em janeiro e o núcleo do índice teve alta de 6,9%.

O Departamento do Trabalho também revisou para cima o IPP mensal de dezembro, de ganho de 0,2% para aumento de 0,4%.

Há 2 anos

Dólar amplia quedas

O dólar amplia as quedas do intradia para 0,70%, até R$ 5,191 no mercado à vista, acompanhando ampliação das perdas do índice DXY, que bateu mínima intradia após o forte PPI dos EUA em janeiro.

A moeda americana ter mais entrada de estrangeiros por causa do juro alto no Brasil, acima das taxas de juros básicas de outros países emergentes e exportadores de commodities.

Há 2 anos

Bancos e varejo puxam Ibovespa

O Ibovespa opera em alta de 0,53% aos 114 mil pontos, com a Locaweb liderando o índice.

O Banco do Brasil também segue na ponta positiva após seu resultado financeiro ser bem avaliado pelo mercado.

Por outro lado, as companhias vinculadas às commodities caem e marcam presença na ponta negativa.

Confira:

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Há 2 anos

Ibovespa abre em alta após balanços

Ibovespa hoje abre em alta de 0,45% aos 114.416 pontos impulsionado pelos balanços divulgados após o pregão de ontem.

O índice ruma na mesma direção do que foi sinalizado pelo Ibovespa futuro e lida com um dólar em queda de 0,15% no intradia, sendo negociado a R$ 5,219.

Na agenda de indicadores, a Taxa de Desemprego do Reino Unido foi de 4,1% em dezembro, a Percepção Econômica ZEW da Alemanha caiu para 54,3 e o PIB da Zona do Euro cresceu 0,3% no trimestre.

Nos dados de inflação, os EUA tem alta de 1% no IPP mensal, o dobro do previsto pelo mercado. Desta forma, o anualizado fica em 9,7%.

No radar corporativo, os ministros da 1ª Turma do STF formaram maioria para anular condenação trabalhistas à Petrobras (PETR4), imposta pelo TST em 2018. A decisão deve sair após o término o período de votação.

Com isso, a estatal petroleira escaparia do maior processo trabalhista da sua história, com impacto estimado em R$ 47 bilhões.

Na agenda de balanços, a Raízen (RAIZ4) anotou R$ 1,4 bilhão de lucro líquido consolidado sem ajustes, em alta de 100%, e a a Engie (EGIE3) anotou um lucro líquido de R$ 78 milhões, em retração de 92,4% em relação ao mesmo período de 2020.

O mercado segue atento à reunião do TCU, que se reúne para tratar da privatização da Eletrobras (ELET3). A segunda parte da desestatização da Eletrobras, sobre modelagem, deve ser concluída pela área técnica entre o fim deste mês e o início de março.

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Há 2 anos

Agronegócio brasileiro tem superávit de US$ 7,7 bilhões em janeiro

A balança comercial do agronegócio brasileiro apresentou saldo positivo, em janeiro deste ano, de US$ 7,7 bilhões. As informações foram divulgadas hoje pelo Ipea.

As exportações do setor cresceram 57,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, com resultado em valor de US$ 8,8 bilhões, enquanto as importações caíram para US$ 1,1 bilhão, queda de 15,5% na mesma comparação.

A balança comercial total, que inclui todos os setores, além da agricultura, os resultados apontam déficit de US$ 214,4 milhões.

Na análise dos últimos 12 meses, a alta foi de 23,1% nas exportações agrícolas e de 16,7% nas importações, o que contribuiu para o saldo da balança comercial do agronegócio de US$ 108,5 milhões nesse período.

Há 2 anos

PIB da zona do euro cresce 0,3% no 4T21

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre de 2021, de acordo com revisão divulgada nesta terça.

O resultado confirmou as estimativas do mercado acerca da Europa.

Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 4,6% entre outubro e dezembro, também confirmando a prévia e as expectativas.

A Eurostat reiterou também que o PIB da zona do euro apresentou crescimento de 5,2% em 2021 ante o ano anterior.

Há 2 anos

Bolsas da Ásia fecham em baixa com tensões na Ucrânia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, ainda pressionadas por tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia.

O índice japonês Nikkei caiu 0,79% em Tóquio hoje, a 26.865,19 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,82% em Hong Kong, a 24.355,71 pontos, o sul-coreano Kospi teve queda de 1,03% em Seul, a 2.676,54 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,25% em Taiwan, a 17.951,81 pontos.

O apetite por risco na Ásia é prejudicado por temores de que a Ucrânia seja invadida pela Rússia. Moscou já deslocou mais de 130 mil soldados russos para áreas próximas à fronteira com o país vizinho.

EUA e aliados ocidentais, por outro lado, ameaçam impor sanções à Rússia se a agressão se concretizar.

Além da questão geopolítica, os últimos dados de crescimento do Japão vieram abaixo das expectativas.

Há 2 anos

São Martinho tem lucro de R$ 696 milhões

A São Martinho (SMTO3) anotou lucro líquido de R$ 696,9 milhões segundo o resultado financeiro mais recente da companhia.

O balanço demonstra um de 256% em relação ao mesmo período de 2020. Nos primeiros nove meses do ciclo, o lucro líquido atingiu a cifra de R$ 1,3 bilhão.

Segundo a administração da empresa, a onda de preços altos das commodities tem sido o grande impulsionador dos resultados desta safra, e deram o tom também no desempenho do último trimestre.

Já a receita líquida somou R$ 1,5 bilhão, cifra que representa alta de 26,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“A São Martinho apresentou bons números com preços mais altos no etanol e no açúcar como os principais destaques, enquanto a produtividade agrícola foi menor. Para o próximo ano, apesar da crescente pressão de custos, os preços mais altos já travados para o açúcar devem ajudar a compensar”, diz a XP Investimentos sobre o balanço.

“Continuamos otimistas com a empresa e reforçamos nossa recomendação de Compra com preço-alvo de R$ 42,8 por ação”, concluem os analistas.

Há 2 anos

Petróleo fecha em maior alta dos últimos 8 anos

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta na segunda (14), atingindo o maior nível desde 2014, em sessão marcada pela volatilidade.

A commodity, que é influente para o Ibovespa, operou em alta durante o começo do dia, mas depois virou para baixo, à medida que o dólar se fortalecia em meio a crescentes temores de que a Ucrânia seja invadida pela Rússia.

Durante a tarde, o petróleo passou a subir e ampliou ganhos com relatos de que o ataque russo pode estar próximo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março subiu 2,53% (US$ 2,36), a US$ 95,46, no maior nível desde 2014.

Já o Brent para abril avançou 2,26% (US$ 2,04) nesta sessão, a US$ 96,48, na Intercontinental Exchange (ICE).

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que foi avisado de que a Rússia atacará o país na próxima quarta-feira (16).

O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, afirmou que essas tensões geopolíticas puxam para cima o preço do petróleo, mais do que um problema na oferta que poderia justificar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) acelerasse o aumento de seus embarques.

Há 2 anos

Ibovespa futuro abre negociações em alta e descola do índice principal apesar de vencimento amanhã (16)

Os contratos de futuro de Ibovespa com vencimento para amanhã (16) abriram as negociações desta terça-feira (15) em alta de 0,59% aos 114.620 pontos, apontando um início de pregão positivo para o principal índice acionário brasileiro e a possibilidade deste ser o sexto dia consecutivo de alta.

Já o futuro de Ibovespa com vencimento para meados de abril, com volume menor de negociação, tem alta de 0,47%, aos 116.075 pontos. Ontem, o índice principal encerrou cotado a 113.899,19 pontos.

Lá fora, o mercado opera em alta, em dia de recuperação de parte das perdas desta segunda-feira (15) após acirramento das tensões entre Ucrânia e Rússia. O aviso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de que a Rússia invadiria o país na quarta-feira (16), e depois minimizado por auxiliares como “uma piada”, não foi bem recebido em Wall Street que apostou a favor da especulação de ativos.

Na Europa, o índice continental Stoxx 600 opera em alta de 1,36%. O alemão DAX tem alta de 1,82% e o inglês FTSE, de 0,72%.

No pré-mercado americano, o dia é de recuperação de parte dos índices. O Dow Jones futuro avança 1,12%, o S&P futuro 1,50% e o Nasdaq, 2,12%.

No mercado de commodities, o preço do barril de petróleo cai conforme não se confirmam as perspectivas especulativas. O barril do WTI é cotado a US$ 92,03, queda de 3,62%, e o Brent sai por US$ 93,37, recuo do 2,33%.

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