Ibovespa fecha em queda, aos 117 mil pontos; Vale (VALE3), Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) tombam

O Ibovespa fechou em queda de 0,80% nesta segunda-feira (10), aos 117.942 pontos, com Vale (VALE3) recuando forte, acompanhando a queda do minério de ferro na China.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Enquanto isso, Petrobras (PETR4) oscila. As ações preferenciais da companhia caem 0,20% por volta das 15h, enquanto as ordinárias avançam 0,45%.

As varejistas. como

Aas bolsas de Nova York estão mistas:

  • Dow Jones: +0,52%;
  • S&P500: +0,13%;
  • Nasdaq: -0,05%.

As preocupações com sinais de desaceleração da economia chinesa e de aumentos de juros nos Estados Unidos, que norteiam os negócios internacionais, atingem o Ibovespa nesta segunda-feira, 10. Após ceder com mais força, o petróleo reduzia o ritmo para em torno de 0,10% perto de 11 horas, atenuando um pouco a velocidade de baixa do Índice Bovespa.

Na sexta-feira, 7, o Ibovespa fechou em alta de 1,25%, aos 118.897,99 pontos. A elevação deveu-se principalmente à aprovação da reforma tributária e do projeto de lei que trata do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). O texto da reforma tributária só começará a ser analisado no Senado em agosto, depois do recesso do Legislativo, assim como também os ajustes finais no arcabouço fiscal na Câmara.

“O Índice vem de uma sexta forte, digerindo a aprovação da reforma tributária. Foi um passo importante, não é a melhor reforma, mas é melhor do que nada. O mercado está tentando entender os detalhes”, avalia Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O recuo do principal indicador da B3 é moderado. Após dados fracos de inflação na China, há expectativas de anúncio de medidas de estímulo por lá. Ao mesmo tempo, ficam no radar as falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Ao longo dos próximos dias a agenda ganhará força, com destaque para índices de inflação no mundo que poderão ajudar nas apostas sobre juros. No Brasil, saem o IPCA relativo a junho, que tende a mostrar deflação, e os dados de maio dos setores de Serviços e Varejo.

“É uma semana importante em termos de divulgações, de índices de preços em várias partes. Aqui, o IPCA pode ter deflação e dar uma perspectiva adicional para o Copom de agosto, com corte da Selic em 0,25 ponto ou de meio ponto porcentual”, diz Spiess.

Entre as maiores altas do Ibovespa, a Ambev (ABEV3) lidera com ganhos de 2,3%, seguido por Raízen (RAIZ4), que avança 1,4%. Na ponta negativa estão Lojas Renner (LREN3), Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3), que cai 2,53%, seguida por CSN (CSNA3), que desvaloriza 3,7%. A Vale (VALE3) cai 1,2%.

Minério de ferro cai forte e tem pior desempenho desde outubro de 2022

Os contratos futuros do minério de ferro registraram fortes perdas nesta segunda-feira (10). Na bolsa de Dalian, os contratos mais negociados para setembro tiveram baixa de 3,5%, cotados 795,5 iuanes, equivalente a US$ 109,94 por tonelada.

Essa foi a pior performance diária do minério de ferro na Bolsa de Dalian desde outubro de 2022, enquanto os investidores repercutem os dados mais fracos de demanda da China, à espera de novos estímulos econômicos por parte do governo.

O minério de ferro também recuou forte na Bolsa de Cingapura. Os contratos futuros mais negociados para agosto tiveram baixa de 3,1%, com a cotação de US$ 104,3 por tonelada métrica.

Focus: projeção de inflação cai pela 8ª semana seguida

O Boletim Focus desta semana, que reúne a perspectiva dos analistas do mercado financeiro, manteve a projeção para o PIB neste ano, mas a estimativa de inflação foi novamente reajustada para baixo, pela 8ª semana consecutiva.

A estimativa de inflação para 2023 é de 4,95%, diante dos 4,98% registrados no último Boletim Focus. Para 2024, a projeção continuou em 3,92% e, para 2025, permaneceu em 3,60%. Enquanto isso, para 2026, a expectativa para o IPCA é de 3,50%.

Depois de ser reajustado para cima em 8 semanas, o Boletim Focus estima que o PIB seja de 2,19% em 2023. Para 2024, a projeção é de 1,28%, enquanto para 2025 é de 1,90%, com leve recuo em relação à semana anterior.

Petróleo de referência para a Petrobras (PETR4) começa semana em queda

O petróleo de referência para a Petrobras (PETR4), o petróleo Brent, opera em queda na manhã desta segunda-feira (10). Os contratos futuros para setembro registram perdas de 0,84%, por volta das 10h20, cotados a US$ 77,81.

Enquanto isso, o petróleo WTI registra queda de 0,87% até esse mesmo horário, cotado a US$ 73,22. Essa cotação se refere aos contatos futuros mais negociados para o mês de agosto de 2023.

Para essa semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que pode receber no Brasil o secretário-geral da Opep, Haitan Al Ghais. A visita deve ocorrer já nos próximos dias.

Maiores altas e baixas

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa terminou a sessão desta sexta (7) em alta de 1,25%, aos 118.897,99 pontos.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião