Dólar opera em leve alta com os dados econômicos europeus no radar

O dólar abre em leve alta nesta sexta-feira (31) com os resultados trimestrais das economias ao redor do mundo no radar.

Por voltas das 9h30, o dólar operava em alta de 0,246%, sendo negociado a R$ 5,1708. O mercado está monitorando os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) nas economias.

A principal economia do mundo, os EUA, registraram queda de 32,9% no segundo trimestre. Já a Alemanha, a economia de referencia na Europa, registrou uma queda de 0,1% no PIB.

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PIB dos EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 32,9% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o pior trimestre da economia norte-americana desde 1947. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Comércio na última quinta-feira (30).

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a PIB norte-americano recuou 9,5%. Os gastos das famílias, que representam mais de 60% da economia, caíram 34,6% no período, a maior queda já registrada na série histórica. Todavia, o desempenho da maior economia do mundo no trimestre ficou acima do consenso de analistas, que era de uma queda de 34,5%.

Durante a crise dos subprime, entre 2008 e 2009, o pior trimestre registrou uma queda de 8,4% na economia. O recorde anterior veio em 1958, quando o crescimento econômico recuou 10% durante a recessão de Eisenhower.

PIB da Espanha

A Espanha registrou uma queda significativa de 18,5% do PIB na comparação com o trimestre anterior. De acordo com Instituto Nacional de Estatística (INE), essa recessão é devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na economia.

No primeiro trimestre o país europeu registrou queda de 5,2% do PIB, portanto, a Espanha registrou dois períodos consecutivos de baixa, o que caracteriza tecnicamente uma recessão econômica. O segundo trimestre foi marcado pelo confinamento social rígido o que paralisou por duas semanas todas as atividades essenciais.

Para o ano de 2020, o governo espanhol estima uma contração de 9,2%. Já o Banco da Espanha tem uma previsão mais pessimista, queda de 15% em 2020.

PIB da zona do euro

O PIB da zona do euro caiu 15% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o pior trimestre registrado na série histórica, acompanhado pela Eurostat, escritório de estatísticas do bloco europeu, desde 2015. Se considerados os 27 países da União Europeia (UE), a economia caiu 14,4%.

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o PIB da zona do euro caiu 12,1% — uma baixa de 11,9% levando em consideração os todos os integrantes da UE. A Eurostat atribui o resultado ao forte impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no período.

Segundo a Eurostat, a crise afetou em menor intensidade duas das maiores economias do bloco, Alemanha e França. Por outro lado, Itália, Portugal e Espanha foram os mais impactados. O desempenho da economia entre abril a junho coloca o bloco econômico em recessão técnica (definida por dois trimestres seguidos de retração).

PIB da Alemanha

A PIB da Alemanha registrou uma baixa de 0,1% no trimestre compreendido entre os meses de abril e junho. Vale lembrar que no primeiro trimestre deste ano, a economia alemã avançou 0,4%. As disputas comerciais internacionais influenciam diretamente esta baixa na maior economia da Europa.

Dentre os motivos desse recuo no PIB alemão, estão:

  • Confronto entre China e Estados Unidos
  • Incerteza do Brexit

Especialistas já esperavam uma baixa no PIB da Alemanha. Para o trimestre de julho a setembro, a expectativa é, por enquanto, de uma nova contração na economia.

Com o resultado da Alemanha, consequentemente o PIB da zona do euro também diminui no segundo trimestre deste ano. No primeiro trimestre deste ano a economia alemã teve crescimento de 0,4%.

Trump sugere adiamento nas eleições

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu o adiamento das eleições de 2020. De acordo com o mandatário, há uma suposta fraude na votação por correspondência, apesar de não ter indicado evidências disso.

Para que o adiamento ocorra, uma alteração na lei federal do país terá de ser feita. Em junho, Donald Trump já havia dito que a expansão da votação por correio poderia tirar de suas mãos uma possível reeleição. A ampliação desse tipo de voto foi feita para diminuir a disseminação do novo coronavírus, que já fez 153 mil vítimas fatais no país e infectou 4,5 milhões.

Em seu Twitter, Donald Trump escreveu que a votação universal por correio poderia fazer da eleição de 2020 a “mais imprecisa e fraudulenta da história”.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,255%, cotado em R$ 5,1591.

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Poliana Santos

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