Carlos Vaz

Retomada econômica nos EUA e no setor de real estate

Um cenário de retomada econômica, de forma estruturada e orgânica, vem sendo desenhada nos Estados Unidos a partir de anúncios recentes da política monetária

Um cenário de retomada econômica, de forma estruturada e orgânica, vem sendo desenhada nos Estados Unidos a partir de anúncios recentes da política monetária norte-americana com indicadores que sugerem que a economia do país segue se recuperando em um bom ritmo.

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Um dos exemplos desse processo é a decisão do Fed em manter a taxa de juros e iniciar o processo de tapering, ou seja, a retirada de estímulos da economia, reforçando a intenção de uma retomada sustentável e de empenho em utilizar todas as ferramentas suportar ao máximo necessário a economia e buscar certa estabilidade de preços.

Além disso, a redução dos casos de contaminação e mortes por Covid-19 vem gerando resultados positivos a partir da criação de novos postos de trabalho acima das expectativas, de acordo com dados do Payroll de outubro. A aceleração dos empregos e um recuo na taxa de desemprego, que ficou em 4,6%, representa um impulso adicional para o mercado de trabalho que ainda enfrenta desafios de contratação de mão de obra qualificada.

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No setor imobiliário, em meio ao crescimento da inflação e dos custos de moradia, com a alta dos preços de terrenos e mão de obra para a construção, esses fatores impactam de forma relevante a relação da população com moradia. Sendo esse déficit diante da alta demanda, para compra ou locação, um dos principais desafios do setor.

Mesmo antes da pandemia, o déficit era de cinco milhões de apartamentos para a quantidade populacional demandante e, no pós-pandemia, vemos esse cenário se manter. Entretanto, o segmento ainda segue considerado um dos mais tradicionais do mundo e, historicamente, com características e retornos seguros.

Somente em setembro deste ano, houve um aumento do aluguel acima de 10%, puxada por famílias que veem na locação uma forma permanente de moradia. Desde 2010 o número de locatários nos EUA aumentou para 800 mil pessoas por ano e a expectativa é de que haja demanda para a construção de mais 4,2 milhões de apartamentos até 2030.

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O grau de confiança dos investidores no país continua a aumentar e especialistas no mercado imobiliário apostam em um crescimento acelerado do setor, principalmente diante resiliência apresentada durante a pandemia. Com isso, é nítida a formação uma boa oportunidade de negócios para o financiamento e incorporação de novas propriedades. De acordo com o estudo NCREIF Property Index (NPI) e NYU Stern, consolidado pelo Yahoo Finance, nos últimos 20 anos, os fundos imobiliários privados superaram as ações e títulos públicos em retornos, com volatilidade significativamente menor do que outras classes de ativos.

Investir em imóveis nos EUA não é complicado e tem sido uma escolha cada vez mais comum de investidores que buscam diversificação e proteção de capital. E as inúmeras vantagens deste setor o colocam como o caminho mais rentável.

Esperamos que os resultados dessas iniciativas se concretizem por volta do final de 2022, a partir do encerramento dos estímulos pelo Fed e com a previsão da primeira alta dos juros em meados de julho do mesmo ano. Até lá, observar o mercado e oportunidades de diversificação de investimentos seguem sendo mandatórios para investimentos com foco em resultados no longo prazo.

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Nota

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Carlos Vaz
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