Criptomoedas: Celsius Network deve US$ 4,7 bilhões a clientes

A Celsius Network, companhia que realiza empréstimos de criptomoedas, tem um rombo de aproximadamente US$ 1,2 bilhão em seu balanço patrimonial.

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De acordo com acordo com documento divulgado na última quinta-feira (14) pelo presidente executivo Alex Mashinsky, a maioria de seus passivos são devidos a credores de criptomoedas.

Do total de passivos de US$ 5,5 bilhões da Celsius, mais de US$ 4,7 bilhões são devidos aos clientes, conforme a declaração que Mashinsky apresentou ao tribunal de falências dos Estados Unidos.

Os investidores fizeram depósitos em criptomoedas na plataforma em troca de altos rendimentos. A Celsius, por sua vez, emprestou e investiu os depósitos dos clientes.

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A Celsius interrompeu todos os saques de clientes um mês antes de entrar com pedido de falência. Isso ocorreu após constatar o colapso do valor das criptomoedas. Os termos da empresa levantam questões sobre se os usuários podem recuperar seus depósitos ou garantias de criptomoeda.

Mashinsky disse que a base do contrato entre a Celsius e seus usuários declara explicitamente que a empresa tem direitos de propriedade sobre depósitos de clientes, bem como o direito de emprestar, vender, transferir ou usá-los por qualquer período de tempo.

A companhia se apresentou como uma alternativa segura aos bancos tradicionais e prometeu aos usuários altos retornos. A empresa foi avaliada em cerca de US$ 3 bilhões depois de arrecadar US$ 690 milhões em uma rodada de financiamento em maio, de acordo com o pedido de falência.

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Caso Sasha: ‘Sheik das criptomoedas’ diz que ofereceu acordo à filha da Xuxa

Conhecido como Sheik das criptomoedas, Francis da Silva afirmou ao jornal O Globo que ofereceu um acordo à Sasha Meneghel após a modelo brasileira ter sido lesada em R$ 1,2 milhão.

Sasha Meneghel – que é filha de Xuxa – foi lesada junto com seu marido suposto golpe de criptomoedas.

Vale lembrar que o “Sheik das criptomoedas” é alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) do Paraná por supostos crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa.

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Segundo Francis, ele ofereceu um acordo, mas Sasha e seu marido preferiram seguir a orientação dos advogados que foram contratados e seguiram à justiça do Paraná contra o “Sheik” e sua empresa, a Rental Coins – que está em recuperação judicial desde meados de dezembro de 2021, quando se iniciaram as reclamações de clientes que não receberam dinheiro previsto em contratos.

Além disso, em sua entrevista ao Globo, Francis nega que o negócio de ‘aluguel de bitcoins’ seja uma pirâmide financeira disfarçada. As taxas cobradas na Rental Coins chegavam a 13,5% ao mês em juros.

“Pensam sempre que é pirâmide, que é golpe. As pessoas, desesperadas, acham que perderam o dinheiro. Mas Francis está no Brasil e trabalha intensamente, até sábados e domingos, para normalizar (os pagamentos). Declaro tudo que tenho. Não sonego imposto. Disseram que até tomaram o meu passaporte, mas ele continua comigo”, disse ao jornal.

Segundo Francis, apesar de os problemas de não pagamentos – que incluem o caso de Sasha – terem começado em dezembro, ele só tomou conhecimento em maio deste ano. Contudo, não deu detalhes e justificou os problemas como “erros de gestão”.

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Sheik afirmou que tinha amizade pessoal com Sasha e seu marido, mas não deu detalhes sobre o suposto acordo – Foto: Reprodução/Redes sociais

“Minhas empresas estão passando por essa situação por erros de gestão. Depois, acabaram vindo os bloqueios jurídicos e o assassinato de imagem. Estou terminando uma auditoria. Terei 100% da situação das empresas”, disse.

Além disso, citou que pagará suas dívidas com seus clientes que não foram remunerados conforme o que estava acordado em contrato.

Frrancis afirmou que investe, atualmente, em segmentos como a oferta de sistemas de blockchain para recuperar o dinheiro e quitar as dívidas.

“Me considero o maior desenvolvedor de tecnologia blockchain do país. Isso vai me recuperar”, disse.

O Sheik das criptomoedas também afirmou que não mais trabalha com aluguel de bitcoins.

(Com informações Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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