Bolsas asiáticas fecham em alta, com esperança de cortes de juros nos EUA; Europa opera mista
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira (04), em uma recuperação parcial das perdas de ontem, em meio a esperanças de cortes de juros nos EUA. Na China, Hong Kong e Taiwan não houve negociação, em função de um feriado.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,18%, aos 127.318,39 pontos.
Hoje, o índice japonês Nikkei subiu 0,81% em Tóquio, a 39.773,14 pontos, com a ajuda de ações financeiras e de eletrônicos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,29% em Seul, a 2.742,00 pontos, sustentado por papéis das indústrias de semicondutores, baterias e automotiva.
Ontem, dados fracos do setor de serviços dos EUA impulsionaram as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a reduzir juros em junho, segundo plataforma do CME Group. Em pronunciamento, também ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que os juros só vão cair quando houver confiança suficiente de que a inflação caminha de volta à meta oficial de 2%.
Na esteira dos dados e de Powell, as bolsas de Nova York encerraram os negócios de quarta-feira (03) sem direção única e com variações modestas.
Os mercados da China continental, assim como os de Hong Kong e de Taiwan, não operaram hoje em função de um feriado.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, revertendo parte da queda do pregão anterior. O S&P/ASX 200 teve alta de 0,45% em Sydney, a 7.817,30 pontos.
Europa opera mista
As bolsas europeias operam sem direção única e perto da estabilidade na manhã desta quinta-feira, após dados de atividade econômica e inflação da zona do euro e à espera de ata de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Confira o desempenho dos índices por volta das 09h40:
- Londres (FTSE100): +0,42% a 7.970 pontos
- Frankfurt (DAX): +0,05% a 18.384 pontos
- Paris (CAC 40): -0,18% a 8.138 pontos
- Madrid (Ibex 35): +0,41% a 11.077 pontos
- Europa (Stoxx 50): -0,05% a 5.069 pontos
Pesquisa final da S&P Global mostrou mais cedo que o PMI composto da zona do euro subiu para 50,3 em março, mais do que inicialmente estimado, ultrapassando a barreira de 50 que indica expansão pela primeira vez desde maio de 2023, com a ajuda do setor de serviços. Na Alemanha, os PMIs composto e de serviços do mês passado foram revisados para cima. Já os do Reino Unido sofreram revisão para baixo.
Ainda na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI) caiu 1% em fevereiro ante janeiro e teve queda anual de 8,3%, em um momento em que o BCE monitora de perto a evolução dos preços do bloco para definir o melhor momento de começar a reduzir juros.
Com a perspectiva dos juros em mente, investidores vão acompanhar logo mais a ata da reunião de política monetária de março do BCE. Na ocasião, o BCE deixou seus juros básicos inalterados pela quarta vez seguida, e sua presidente, Christine Lagarde, sinalizou que junho poderá ser o momento de iniciar o relaxamento monetário.
Nas últimas semanas, Lagarde e outros dirigentes do BCE vêm persistindo que precisam ter mais confiança de que a inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro está se movendo de forma sustentável para a meta oficial de 2% antes de considerar a hipótese de redução de juros.
Já nos EUA, a agenda traz a participação de várias autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em eventos ao longo do dia, em meio a incertezas de quando o Fed também poderá começar a cortar juros.
*Com Estadão Conteúdo