Custo de oportunidade: entenda o que é e como analisá-lo
Entender o custo de oportunidade é fundamental para qualquer investidor que pretende alocar seu capital na renda variável.
Dessa forma, compreendendo os conceitos por trás de custo de oportunidade, é possível deixar de investir apenas na renda fixa e investir em ações e fundos.
O que é Custo de Oportunidade?
O custo de oportunidade é definido como o benefício perdido na hora de realizar determinada escolha. Ao se optar por seguir um caminho, escolhe-se não seguir por outros, perdendo certas possibilidades — que representaria o “custo” dessa escolha.
Esse conceito é fundamental, tanto na macro quanto na microeconomia, mas também é de importante entendimento para todas as áreas da vida.
Por exemplo: escolher comprar um determinado produto ou realizar um investimento pode ser uma atividade de intensa pesquisa sobre as diversas opções que podemos possuir.
Dessa forma, fica claro que esse custo de opção está intimamente ligado à ideia do custo de oportunidade.
Sendo assim, para quem quer aprender as lições dos grandes mestres das finanças, entender o que é custo de oportunidade é fundamental na formação e desempenho de sua carteira de investimentos.
Portanto, pode-se dizer que o custo de oportunidade é um termo utilizado na economia do qual indica o custo da escolha de alguma coisa em detrimento de outra.
Dessa forma, essa ideia representa o custo de escolha que uma determinada opção tem em relação a todas as demais.
Por exemplo: ao um investidor escolher comprar uma determinada ação, ele terá que automaticamente renunciar à compra de todas as demais.
Como funciona o Custo de Oportunidade?
O custo de oportunidade pode ser utilizado em diversas situações quando o assunto são finanças e investimentos: essa decisão é levada em conta ao abrir um negócio próprio ao invés de fazer investimentos em bolsa de valores, por exemplo.
Primeiramente, é preciso ter em mente que até a macroeconomia faz uso desses conceitos, por exemplo, ao avaliar com quais nações negociar e fazer tratos comerciais. É o processo chamado de trade-off.
Dessa forma, esse conceito não se restringe apenas a investimentos. Ele pode ser observado nos mais diversos aspectos do cotidiano.
Sendo assim, esse conceito pode estar presente desde as grandes decisões como comprar uma casa em determinado bairro e não em outro.
Portanto, casos simples como escolher comer em um restaurante todos os dias ao invés de fazer a sua própria comida em casa para economizar também é um fator importante.
Por fim, o próprio casamento pode ser um ótimo exemplo desse conceito, pois sempre haverá uma escolha em detrimento de todas as outras.
Como entender o Custo de Oportunidade na prática?
Para compreender, na prática, esse conceito fundamental, é importante verificar casos práticos de aplicação.
Por exemplo: ao analisar a lucratividade potencial de um investimento, um bom gestor de recursos precisará compará-lo à melhor opção possível disponível no mercado.
Portanto, ele precisará fazer cálculos de taxas de retorno esperado para diversos investimentos, na esperança de poder escolher aquele que, segundo as suas premissas, é o que dará o melhor retorno possível.
Sendo assim, é importante salientar que quem que não possui uma boa compreensão desse conceito pode, recorrentemente, afazer más escolhas de locação de capital.
Por exemplo: um empresário deve saber escolher entre fazer um investimento numa nova fábrica em uma localidade mais próxima de seus clientes ou decidir realizar uma expansão de sua fábrica já existente a partir do terreno que possui.
Portanto, esse gestor precisará saber como avaliar o custo de oportunidade, baseados em estimativas realistas, sempre levando em consideração os riscos envolvidos em todas as opções envolvidas.
Isso acontece porque, para toda companhia, os recursos demandados pela mesma sempre serão escassos e, desse modo, tenderão a apresentar preços e taxas de retorno bastante diferentes.
Quais os tipos de Custo de Oportunidade?
Existem quatro principais tipos de custo de oportunidade:
- Aberto;
- Escondido;
- Contábil;
- Ambiental.
1. Custo de oportunidade aberto
Primeiramente, há o custo de oportunidade aberto que, como o próprio nome sugere, leva em conta valores embutidos automaticamente nas operações financeiras.
2. Custo de oportunidade escondido
No entanto, existe o custo de oportunidade escondido, cuja mensuração se apresenta uma grande dificuldade.
Por exemplo: são valores previamente embutidos em certas operações financeiras, que, muito embora sejam desconhecidos, acabam refletindo nas operações.
3. Custo de oportunidade contábil
Além disso, o custo de oportunidade contábil leva em conta o valor que a empresa perdeu ao ter investido em determinada operação ao invés de uma outra.
4. Custo de oportunidade ambiental
Por fim, o custo de oportunidade ambiental leva em conta o valor agregado ao se aproveitar de algum recurso natural, como o uso de fontes de energia não renováveis.
Como calcular um Custo de Oportunidade?
Naturalmente, ao considerar algo para investir, é preciso avaliar também o que se perde ao não alocar o patrimônio em outras possibilidades de investir.
De fato, é possível fazer uso de fórmulas matemáticas e de cálculos comparando os investimentos em questão com seus benchmarks, como a taxa Selic e o CDI (para a renda fixa) e o índice Ibovespa, no caso da renda variável.
No entanto, é preciso considerar fatores subjetivos, como a tolerância ao risco do investidor em questão, além do conhecimento que ele tem sobre determinado investimento.
Portanto, esses são apenas alguns exemplos práticos que servem para ilustrar que todas as nossas escolhas possuem consequências, sejam elas rápidas ou tardias, boas ou más.
Dessa forma, o mais importante é saber sempre avaliar o momento certo de entrar em um investimento, mas também quando sair, à medida que oportunidades melhores aparecerem.
Sendo assim, é possível concluir que esse ensinamento sempre deve estar presente no pensamento do investidor.
Além disso, a avaliação das escolhas deve ser feita com o cuidado proporcional ao impacto que ele pode gerar na vida de uma pessoa.
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Como se calcula o custo de oportunidade?
Para calcular o custo de oportunidade, você deve identificar as opções disponíveis e calcular os retornos potenciais de cada uma. Como só é possível optar por uma delas, você terá que abandonar os retornos potenciais da outra. Essa perda será o seu custo de oportunidade.
Vamos a um exemplo prático. Suponha que você tem R$100.000 e duas opções de investimento:
Investir em um negócio que pode render R$130.000 ao final de um ano.
Investir em ações que podem render R$120.000, além de um bônus de R$30.000 ao final de um ano.
Se você escolher a primeira opção, seu retorno será de R$130.000. No entanto, ao escolher essa opção, você estará renunciando à possibilidade de ganhar R$150.000 (R$120.000 de retorno das ações + R$30.000 de bônus) da segunda opção. Portanto, seu custo de oportunidade será de R$20.000 (R$150.000 – R$130.000).
Por que o custo de oportunidade é importante para empresas?
O custo de oportunidade é importante para as empresas porque ajuda a tomar decisões informadas sobre a alocação de recursos. Ao entender o custo de oportunidade, as empresas podem identificar e escolher as opções que oferecem o maior retorno potencial.
O que é Trade-off?
Trade-off é um conceito econômico que se refere à ideia de que, para obter algo, é necessário renunciar a outra coisa. É essencialmente uma troca, onde a decisão de escolher uma opção implica na renúncia de outra.
Qual a diferença de custo de oportunidade e custo de capital?
O custo de oportunidade se refere ao valor da melhor alternativa renunciada, enquanto o custo de capital é o custo que uma empresa incorre para obter capital, seja através de dívida, ações ou retenção de lucros. O custo de capital é uma taxa de retorno que uma empresa precisa oferecer aos investidores para atrair capital.