CDO: Saiba o que é a Obrigação de Dívida Colateralizada

Securitizar dívidas é uma das formas de proteção contra inadimplência. No mercado financeiro, o processo de securitização funciona também através dos títulos de CDO.

A securitização fez parte da crise dos subprimes em 2008. Isso porque os títulos que estiveram envolvidos na crise das hipotecas nos EUA foram CDO e ABS.

O quê é CDO?

O CDO é um instrumento de securitização de uma dívida, na qual uma garantia é ofertada para quem requisitou o crédito e caso o débito não seja quitado, a garantia é tomada pelo credor.

Portanto a Obrigação de Dívida Colateralizada é um instrumento utilizado nos empréstimos. O chamado colateral é o nome dado à garantia do empréstimo, comumente composta por ativos.

Securitizar uma dívida é mesmo que fazer a titularização da mesma. Esta é uma prática que agrupa diversos ativos para fazer a padronização e conversão em um título. E é isso que acontece com Collateralized Debt Obligation.

Um dado ligado ao CDO e que está atrelado a clientes com histórico ruim de crédito, por causa a crise dos subprimes em 2008, que causou impacto global. Também, porque são títulos que envolveram na época hipotecas e empréstimos através da combinação de ativos.

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Como funciona o CDO?

O empréstimo será tomado e um ativo é ofertado como garantia. Assim, quem ofereceu o empréstimo na verdade vendeu um direito de receber seu pagamento. Esse pagamento inicialmente é acrescido de juros.

Através da obrigação de dívida colateralizada, um investidor receberá o pagamento mesmo que esse título CDO não seja pago com os juros. Isso é o que chamamos de garantia ou colateralidade. Os títulos de CDO mais conhecidos são baseados em ativos ou derivativos.

Quem compra um título colateralizado pode receber diversos outros títulos de dívidas misturados em um. Outros  tipos de instrumentos financeiros, como ABS (asset backet securites) e MBS (mortgage backed securites), também costumam ser unidos ao CDO.

Exemplos de colateralização

A securitização de dívidas acontece no Brasil através de factorings. Essas empresas fornecem empréstimos em troca do direito de recebimento de dívidas (recebíveis), como duplicatas ou cheques de terceiros. A factoring obtém, por exemplo, os cheques com pagamentos e cria títulos para garantir o direito de receber o valor dos mesmos.

Esse tipo de título é negociado como contrato financeiro, de modo similar a outros papéis como ações, CDI, CDB e contratos do mercado de câmbio. Porém, o recebível não é um título regulamentado. Assim, existirão riscos financeiros para investimentos nas factorings.

A comparação entre CDO e títulos de factorings que trabalham com cheques e duplicatas, é que no Collateralized Debt Obligation, existe a garantia do direito do recebimento, pois ele é colateralizado. Já o títulos baseados em cheque não possuem obrigatoriedade para pagamento de débitos.

O Credit Default Swap (CDS) também é usado para garantia do recebimento. Nesse caso, a entidade emissora se dispõe a pagar um premio caso ocorra a inadimplência. Essa é uma segurança contra eventos de crédito especial, como: falência, atraso de dividas, entre outros.

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O vendedor do CDS se comprometerá a pagar prestações mensais, igual ao título CDO. E o título CDS será vendido no mercado.O Credit Default Swap funciona como medida contra o prejuízo, porém se difere do CDO, pois o objetivo deste é a venda de uma garantia de recebimento.

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    Tiago Reis
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    4 comentários

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    • Jefferson 5 de janeiro de 2020
      O CDO pode ser aplicado no mercado imobiliário?Responder
    • Sofia 24 de março de 2020
      Finalmente entendi o que é CDO com esse artigo, obrigada Tiago!Responder
    • RAFAEL 8 de julho de 2020
      GOSTEI MUITO DA EXPLICAÇÃO EU SOU NOVO NO MERCADO FINACEIRO QUERO APREDER MAS.Responder
    • Cezar Augusto Pinheiro de Almeida 30 de dezembro de 2023
      Parabéns pela clareza de tema tão relevante para o mercado de créditos privadosResponder