Anbid: a entidade que mudou o mercado de capitais

Algumas entidades são criadas para auxiliar nichos de mercado em sua regulamentação, como a Anbima. Este também foi o caso da Anbid.

Há alguns anos, um dos principais pleitos das empresas ligadas ao mercado financeiro era o seu fortalecimento. Um objetivo que foi abraçado pela Anbid.

A Anbid era a Associação Nacional dos Bancos de Investimento, uma entidade que buscava capacitar os profissionais que atuam neste meio. Mas também enfatizar a ideia de que estas empresas auxiliam no desenvolvimento econômico do País.

Por muitos anos, a entidade representou as instituições financeiras que trabalham com o mercado de capitais no Brasil.

Atuação da Anbid

Anbid

Uma das atribuições da Anbid era ofertar certificações aos profissionais da área.

Isto ocorria por meio de um Programa de Certificação Continuada (CPA).

O objetivo era aumentar a capacitação dos profissionais que trabalham no mercado de capitais e que lidam diretamente com investidores.

Na época, o CPA tinha duas diferentes categorias.

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A primeira era o CPA-10. Ele era voltado às pessoas que comercializam produtos de investimentos.

Ele abrangia os profissionais que atuavam em agências bancárias e em Cooperativas de Crédito.

Porém, estes, necessariamente, deveriam trabalhar tendo contato direto com seus clientes, ainda que à distância.

Já o CPA-20 era oferecido às pessoas que trabalhavam com investidores qualificados.

Regulação

Anbid

A Anbid ainda foi a responsável por autorregular do mercado de capitais.

Com isso, ela estabeleceu diretrizes para o bom funcionamento do setor, com normas que não necessariamente estavam
estabelecidas em lei.

Por ser uma entidade inserida no contexto de mercado, ela teria o conhecimento necessário para este tipo de ação.

E é preciso compreender que, ainda que não fossem previstas em lei, estas normas deveriam ser seguidas pelas instituições signatárias.

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O seu objetivo era deixar o funcionamento do setor mais claro e ético, ainda que dinâmico.

A adesão às regras para as empresas que não fizessem parte da Anbid era voluntária.

Para que seus códigos fossem imparciais, a entidade contava com Conselhos de Regulação e Melhores Práticas.

Estes, por sua vez, eram formados, em sua maioria, por profissionais que não faziam parte da associação.

A ideia era manter a independência dos conselhos.

Fim da Anbid

Com a evolução do mercado, suas entidades tendem a mudar também.

Por isso, em outubro 2009, a Anbid passou por uma fusão com a Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).

Tal união gerou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os objetivos da entidade, entretanto, permaneceram os mesmos após a fusão.

Logo, assim como sua antecessora, a Anbima pretende reproduzir em si a diversidade dos mercados existentes.

Para isso, ela reúne diferentes empresas do setor, como:

A Anbima afirma seguir quatro passos em seu modelo de organização: representar, autorregular, informar e educar.

A entidade conta com alguns princípios gerais, pré-estabelecidos.

Entre eles está o cumprimento das leis, bem como de normas, costumes e normas de regulação.

Por isso, princípios da probidade e da boa-fé devem ser observados pelas empresas participantes. Então, é preciso ter transparência em suas ações.

Porém, sem abrir mão da manutenção do sigilo sobre as informações confidenciais dos seus clientes.

É necessário ainda atender aos interesses dos clientes, sejam eles investidores ou emissores de ações e títulos.

É preciso ainda se comprometer em desenvolver os mercados financeiro e de capitais.

Outro ponto importante para os signatários é preservar o sistema de liberdade de iniciativa e a livre concorrência.

Por fim, é preciso ter responsabilidade social.

Desta forma, a Anbima visa trabalhar em prol da melhor evolução do mercado, como a Anbid o fazia.

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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