Telefônica Vivo (VIVT3) anuncia compra da startup Vale Saúde por R$ 60 milhões

A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3),, anunciou nesta sexta (3) a compra da startup Vale Saúde. O valor da transação pode chegar a R$ 60 milhões. É que o montante deve ter ajustes, já que a operação depende ainda de indicadores e métricas operacionais. A aquisição foi feita pela POP Internet, subsidiária da Telefônica Vivo.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/1420x240-Banner-Home-2.png

“A consumação da transação não está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)“, diz o documento da Telefônica divulgado ao mercado. “[a compra] foi, ainda,
precedida de uma diligência financeira, administrativa, legal, fiscal, operacional e de tecnologia”, acrescenta a companhia.

A Vale Saúde Sempre é uma startup que atua como marketplace de serviços de saúde. “Conecta seus clientes a uma ampla rede médico-hospitalar com cobertura nacional, mediante o pagamento de assinatura mensal”, detalha a Telefônica.

A rede credenciada conta “com uma gama completa de prestadores de serviços de saúde, podendo o cliente contratar consultas (presenciais e telemedicina), exames laboratoriais e cirurgias a preços competitivos, pagos sob demanda diretamente aos parceiros”.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/1420x240.jpg

O site da Vale Sempre Saúde informa: “Nosso principal produto, o Cartão Vale Saúde Sempre, abre as portas para uma extensa rede de clínicas e laboratórios que são referência de qualidade no Brasil. Tudo a um custo muito baixo.”

Site da Vale Saúde, comprada pela Telefônica Brasil: startup que atua como marketplace de serviços de saúde


E completa: “Somos uma alternativa entre a rede pública (SUS) e os planos de saúde particulares. Nossos clientes se surpreendem quando descobrem as vantagens que a Vale Saúde Sempre oferece pelo pouco que custa.”

Telefônica: compra “expande portfólio de serviços digitais”

A Vale Saúde possui 250 mil usuários e, ao longo dos últimos 3 anos e sua receita líquida, segundo a Telefônica, cresceu a uma taxa de 64% ao ano.

Explica o comunicado da Telefônica sobre a compra da startup: “A transação fortalece o posicionamento da companhia como um ecossistema digital, promovendo serviços relevantes e complementares ao seu modelo de negócio.”

O texto conclui: “Os diferenciados ativos da Telefônica Brasil, como sua marca, extensa base de clientes com elevada recorrência de pagamento e capilaridade dos canais de distribuição presenciais e digitais, possibilitarão escalar o negócio da Vale Saúde Sempre de forma sustentável, expandindo o portfólio da companhia para novos serviços digitais na cadeia de valor de healthcare.”

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Lucro da Telefônica (VIVT3) tem queda de 57% no 4T22

A Telefônica Brasil teve lucro líquido de R$ 1,126 bilhão no quarto trimestre de 2022, o que equivale a um recuo de 57,2% em relação ao mesmo intervalo de 2021.

Essa queda é explicada, principalmente, pela base de comparação distorcida. O crédito fiscal da Telefônica foi de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre de 2021, o que turbinou o seu resultado líquido naquele período.

Além disso, o lucro foi afetado pelo aumento das despesas com pagamento de juros, refletindo o endividamento maior para bancar a compra da rede móvel da Oi e as licenças de uso de faixas do 5G.

Esses efeitos negativos sobre o balanço da VIVT3 foram parcialmente compensados pela expansão da base de clientes e da receita.

Ebitda da Telefônica (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 5,234 bilhões, avanço de 6,1% na mesma base de comparação. Já a margem Ebitda diminuiu 1,5 ponto porcentual, para 41,3%.

receita líquida da VIVT3 totalizou R$ 12,659 bilhões, alta de 10,1%. Desta forma, a Telefônica registrou alta de 13,6% na receita com serviços de telefonia móvel, além de uma alta de 2,9% na receita dos seus serviços fixos.

Os custos totais da Telefônica, que englobam serviços, produtos vendidos e operações, aumentaram 13% e chegaram a R$ 7,425 bilhões.

Marco Antônio Lopes

Compartilhe sua opinião