Stone (STOC31) tem lucro líquido ajustado de R$ 76,5 milhões; ações recuam 22% em NY

A Stone (STOC31) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 76,5 milhões, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2021. Na base mensal, o lucro cresceu 48%. A receita líquida da companhia mais do que dobrou no comparativo anual (R$ 2,3 bilhões), devido ao aumento de 101,5% nos números de serviços financeiros e de 23% na receita de software, com os resultados da Linx.

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A Stone superou os guidances trimestrais que estabeleceu no primeiro trimestre deste ano, tanto na receita líquida quanto no lucro antes de impostos (EBT, na sigla em inglês). O último ajustado consolidado foi de R$ 107 milhões em relação ao mesmo intervalo de 2021.

O volume total de pagamentos (TPV) foi recorde, de R$ 90,7 bilhões, acumulando R$ 173,9 bilhões no ano.

No resultado contábil, o prejuízo foi de R$ 489,3 milhões, contra lucro de R$ 526 milhões no mesmo período do ano passado. O número foi pressionado principalmente pela marcação a mercado da posição no Banco Inter (INBR31). Durante o processo de migração do banco para a Nasdaq, a fintech escolheu utilizar a opção de cash-out e vender parte de sua participação. No balanço do 2T22, a Stone comunicou que deixará de ajustar as despesas relacionadas às ações que possui na instituição.

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O lucro por ação foi de US$ 0,05 (R$ 0,25 na cotação atual) no 2T22, explicado principalmente pelo maior lucro líquido ajustado. O resultado ficou abaixo do comparativo registrado no mesmo período do ano anterior, de US$ 0,32 (R$ 1,65 na cotação atual).

Resultado surpreende, mas passado e saída de CFO pesam

Instituições financeiras avaliaram o resultado da Stone como positivo, considerando a empresa em seu radar, mas ainda preferindo outros players do setor. O Morgan Stanley (MSBR34) avalia que a companhia superou parte das projeções, mas ainda há o que fazer para retomar a confiança do investidor, pelas últimas movimentações.

Já o J.P. Morgan (JPMC34) continua privilegiando Cielo (CIEL3), relatou, que surpreendeu positivamente no balanço do segundo trimestre de 2022.

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A Stone, que tem suas ações listadas na bolsa de valores norte-americana Nasdaq, fechou o pregão da sexta-feira (19) em queda de 22%, negociada a US$ 9,06. No intradia, os papéis chegaram a cair 29%, no menor patamar desde o início de maio.

Empresas de tecnologia tech e fintechs sofreram nas negociações do último dia útil da semana. Nubank (NUBR33) encerrou a sessão em queda de 7,73%; PagSeguro (PAGS34) caiu 10,34%; a Cielo recuou 2,15%.

Além dos resultados, a Stone reportou que Marcelo Baldin, CFO da empresa há 4 anos, deixará o cargo e será substituído por Silvio José Morais, que faz parte do conselho da fintech desde 2019.

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Beatriz Boyadjian

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