S&P 500 e índices mundiais recuam com tensões em Washington e covid-19

No primeiro dia desta semana, o S&P 500 e os principais índices acionários das bolsas mundiais encerram o pregão majoritariamente em queda, com os investidores atentos ao desenrolar das tensões nos Estados Unidos e ao aumento do número de casos de covid-19 no Hemisfério Norte.

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Nesta sessão, os mercados internacionais colocaram um pausa no rali que vinha desde a última semana, à medida que as bolsas mundiais elevaram a cautela diante das incertezas nos Estados Unidos e do persistente aumento dos casos do novo coronavírus. Com isso, o S&P 500 fechou em queda de 0,66%.

Dando sequência aos eventos da semana passada, os partido Democrata apresentou na Câmara dos Representantes um pedido formal de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os democratas acusam o republicano de incitar uma insurreição, levando à invasão do Capitólio na última quarta-feira (6).

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A oposição, além de responsabilizar o mandatário pelas manifestações que deixaram cinco mortos em Washington, também faz referência às falsas alegações de fraude na vitória de Joe Biden, além de suas pressões contra procuradores do estado da Geórgia para alterar o resultado das eleições presidenciais na região.

Mapa da covid-19

O agravamento da pandemia foi outro fator que colocou peso sobre os índices globais. Na última sexta-feira (8), o Reino Unido bateu recorde de casos diários da doença, 68 mil, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O país é o quinto mais afetado pela covid-19.

Enquanto isso, no último dia da semana passada, os Estados Unidos reportou mais de 292 mil novos casos. O país tem mais que o dobro do número registrado pela Índia, segunda no ranking da Johns Hopkins.

Já na China, o governo voltou a colocar diversas regiões do país em lockdown para barrar o avanço da epidemia.

Segundo levantamento da instituição, o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no mundo superou hoje a marca de 90 milhões.

S&P 500 cai de máxima

No sentido contrário, as bolsas americanas de Wall Street encerram o pregão em baixa, com realização de lucros e volta das incertezas.

De acordo com a agência Reuters, os investidores mostraram cautela em relação à perspectiva por novos estímulos, cuja concretização pode atrasar devido ao processo de impeachment que se dá no Congresso americano, e à possibilidade de novos ataques.

Bolsas europeias fecham em queda

Por sua vez, os benchmarks europeus também voltaram a cair nesta segunda-feira, com os mercados aproveitando para realizar lucros em meio a um clima de maior cautela.

  • Europa (Stoxx Europe 600): -0,66% – 408,46
  • Londres (FTSE 100): -1,09% – 6.798,48
  • Frankfurt (DAX 30): -0,80% – 13.936,66
  • Paris (CAC 40): +0,78% – 5.662,43
  • Milão (FTSE MIB): -0,32% – 22.722,01
  • Madri (IBEX 35): -0,60% – 8.357,50
  • Lisboa (PSI-20): -2,05% – 5.137,93

As bolsas europeias caíram do maior nível em mais de 10 meses.

Bolsas da Ásia fecham em baixa

As bolsas asiáticas caíram, da mesma forma, em vista da cautela dos investidores com o avanço da pandemia no continente e no resto do mundo.

  • Hong Kong (Hang Seng): +0,11% – 27.908,22
  • Xangai (SSE Composite): -1,08% – 3.531,50
  • Tóquio (Nikkei 225): +2,36% – 28.139,03 (fechada)
  • Seul (Kospi): -0,12% – 3.148,45

A exceção do dia foi a Bolsa de Valores de Hong Kong, que, na contramão do S&P 500 e dos índices em geral, mostrou ânimo com as perspectivas de novos estímulos nos Estados Unidos e fechou no azul. A Bolsa de Tóquio não abriu hoje por conta de um feriado.

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Arthur Guimarães

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