Radar: Petrobras (PETR4) atualiza dividendos, prejuízo da CVC (CVCB3) aumenta, subsidiária da Embraer (EMBR3) cai em estreia na Bolsa de NY

Petrobras (PETR4) divulgou nesta terça-feira (10) que vai efetuará na próxima segunda-feira (16) o pagamento dos dividendos complementares referentes ao exercício de 2021, com base na posição acionária do dia 13 de abril. Os valores foram corrigidos pela taxa Selic.

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O valor anterior dos dividendos era de R$ 2,942, por ação ordinária (PETR3) ou preferencial (PETR4) em circulação. Com a correção pela taxa, o valor sobe para R$ 2,9702487.

Essa é a segunda correção pela taxa básica de juros que a Petrobras fez desde o anúncio dos dividendos.

A Petrobras destaca que, com a atualização monetária pela taxa básica de juros, do último dia de dezembro de 2021 até o dia do pagamento, o valor tem um acréscimo de R$ 0,1091725 por ação. Antes, o valor por ação era de R$ 2,861.

O pagamento dos dividendos da Petrobras será em parcela única, no dia 16 de maio de 2022, para os acionistas com papéis negociados na B3 (B3SA3). Já para os acionistas dos recibos de ações (ADRs) da Petrobras listadas em Nova York, a data de pagamento será 23 de maio de 2022.

As ações da Petrobras tanto na B3 como em Nova York passam a ser negociadas “ex-dividendos“, ou seja, sem direito aos proventos, em 14 de abril de 2022.

Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os dividendos complementares da Petrobras são relativos ao exercício social que se encerrou em 31 de dezembro de 2021.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:

CVC (CVCB3): prejuízo líquido dobra no 1T22, para R$ 166,8 milhões

  • A CVC (CVCB3) reportou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões no primeiro trimestre de 2022, 104,7% pior na comparação com o mesmo período de 2021. O Ebitda Ajustado de R$ 12,5 milhões de janeiro a março reverteu resultado negativo de R$ 63 milhões registrado um ano antes.
  • No trimestre, a empresa informa que o lucro líquido foi impactado por uma baixa de créditos tributários e afirma que esta baixa não ocorrerá nos demais trimestres de 2022. Além disso, a rubrica de Depreciação e Amortização alcançou R$ 49,1 milhões e é constituída, majoritariamente, por “amortizações de intangíveis relacionados a mais valia de empresas adquiridas pela CVC Corp nos últimos anos e investimentos em Tecnologia da Informação”.
  • A  CVC registrou um Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 33,3 milhões, enquanto o Ebitda Ajustado, que acresce as despesas com boletos e excetua os itens não recorrentes, foi de R$ 12,5 milhões.
  • A receita líquida avançou 76,5% e chegou a R$ 292,8 milhões. A companhia creditou esse avanço à reabertura de mercados, ainda que os primeiros meses de 2022 tenham sido marcados pela variante Ômicron do coronavírus e seus efeitos sobre o setor de turismo.
  • O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 88,8 milhões, R$ 46,7 milhões superior ao registrado no quarto trimestre de 2021. “Esta variação deve-se principalmente à maior Despesa Financeira, dado o aumento da taxa média dos depósitos interfinanceiros (CDI), que registrou alta de 2,67 p.p., que incide sobre a dívida líquida da companhia, e de encargos incorridos com a antecipação de R$ 629,9 milhões em recebíveis no primeiro trimestre de 2022″.
  • A companhia reporta ainda que houve impacto negativo de R$ 18,3 milhões na linha Variação Cambial, principalmente por contratos de hedge, em função da redução da taxa de câmbio entre períodos.
  • Em 31 de março, a dívida bruta da CVC somava R$ 1 bilhão, o que a empresa classifica como decorrente do “curso normal de fluxo de caixa da própria dívida e do aumento de 2,67 p.p. na taxa média dos depósitos interfinanceiros (CDI)”. O conselho de administração aprovou, em 10 de maio, a realização da 6ª emissão de debêntures no valor total de R$ 995 milhões, nos termos da Instrução CVM nº 476. A dívida líquida da companhia ficou em R$ 356 milhões.

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Lucro da Taurus (TASA4) no 1T22 cresce quase três vezes, para R$ 195 milhões

  • A Taurus (TASA4) divulgou nesta terça-feira (10) seu balanço do primeiro trimestre de 2022 (1T22). O lucro líquido foi de R$ 195 milhões, uma alta de 186,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
  • Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda ajustado da Taurus, aumentou 37,8% no trimestre, alcançando R$ 242,6 milhões. A margem Ebitda ajustada atingiu 35,9% entre janeiro de março, alta de 3,9 p.p. ante igual período do ano passado.
  • A receita líquida da Taurus chegou a R$ 676,6 milhões no 1T22, ganhos de 22,8% no ano a ano, percentual bastante superior aos 3,8% de alta no volume de vendas verificado no mesmo período.
  • “Explicam o desempenho a crescente participação de produtos de maior valor agregado no mix de vendas, além da nova tabela de preços de armas aplicada no segundo semestre de 2021, com repasse da inflação no Brasil e aumento em dólares nos EUA”, afirma a empresa. “Os bons números do resultado do 1T22 se devem à estabilidade, eficiência e solidez operacional”, diz a administração da companhia, na apresentação dos resultados.
  • Comparado ao 4T21, a Taurus aponta que a receita líquida consolidada foi pressionada pela redução no volume de vendas de armas, pela desvalorização de 6,4% do dólar médio frente ao real no período e igualmente pela contração da receita dos demais segmentos de atuação da empresa.

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Telefônica Brasil (VIVT3): lucro cai 20,4% no 1T22, com aumento de despesas financeiras

  • A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, anunciou nesta terça (10) que obteve lucro líquido de R$ 750 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma baixa de 20,4% em relação ao mesmo intervalo de 2021.
  • O principal motivo para a queda no lucro da operadora foi o aumento nas suas despesas financeiras. Isso foi reflexo do maior endividamento para bancar as compras de licenças para o 5G e da rede móvel da Oi (OIBR3), combinado com aumento da taxa de juros nos últimos meses.
  • O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi a R$ 4,511 bilhões, crescimento de 1,3%. A margem Ebitda encolheu 1,3 ponto porcentual, para 20,4%.
  • “O Ebitda foi beneficiado pelo maior crescimento de receita, mas teve o impacto da mudança de mix nos custos (+7,0% a/a), relacionado ao forte incremento de receitas de aparelhos e serviços digitais”, diz a empresa.
  • A receita líquida totalizou R$ 11,352 bilhões, aumento de 4,6%. “Foi o maior crescimento de receita líquida em 7 anos, impulsionado pela receita de serviço móvel (+5,7%, na comparação anual), de aparelhos (+10,0% a/a) e desempenho positivo consistente da receita fixa total (+1,9%a/a), com destaque para a receita de FTTH (Fiber to the Home), que cresceu 25,9% a/a”, explica a Telefônica.
  • O crescimento da receita de serviço móvel foi “impulsionado pelo aumento de 5,9% a/a da Receita de Pós-pago, que representa 81% da receita de serviço móvel.” A Telefônica contabiliza: “No último trimestre, adicionamos 1,269 milhão de acessos pós-pago, tanto pela migração de pré-pago para controle, quanto pelo saldo positivo de portabilidade de outras operadoras.”
  • Os custos totais da operadora subiram 7%, para R$ 6,840 bilhões.
  • O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 524 milhões, um salto de 66,6% na mesma base de comparação anual.
  • A linha de custos com depreciação e amortização também pesou negativamente no balanço da Telefônica. Essa linha cresceu 5,8%, para R$ 3,074 bilhões. Segundo a empresa, isso ocorreu em função do início da amortização das licenças do 5G, da amortização de novas licenças de software e do maior volume de depreciação dos ativos de arrendamento.

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Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), estreia na Bolsa de NY em forte queda

  • A Eve,  startup de “carros voadores” e subsidiária da Embraer (EMBR3), anunciou nesta terça-feira (10) que suas ações ordinárias e warrants passam a ser negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) hoje sob os códigos “EVEX” e “EVEXW”, respectivamente. As ações da Eve fecharam com tombo de 23,47%, negociadas a US$ 8,66.
  • Na última sexta-feira (6), as empresas já haviam aprovado a fusão entre a Zanite, uma Spac (companhia de propósito específico de aquisição) focada no setor de aviação, e a Eve.
  • “Hoje, comemoramos um marco histórico de uma jornada iniciada há quase cinco anos na EmbraerX, aceleradora de mercado da Embraer, líder no setor de aviação global”, disse André Stein, co-CEO da Eve, em nota. “Esta transação é uma facilitadora fundamental da nossa missão de nos tornarmos líderes em um mercado potencial de UAM (Mobilidade Aérea Urbana) de US$ 760 bilhões. Agradecemos a toda a equipe da Eve e da Embraer por todo o trabalho árduo, e aos nossos parceiros da Zanite, bem como aos nossos outros investidores pelo apoio”, acrescentou ele.
  • A XP Investimentos analista o movimento do negócio entre Eve e Zanite positivamente. Os analistas reiteram a visão otimista sobre a Embraer, apoiada por:
  • Recuperação da aviação comercial para impulsionar a melhoria do desempenho operacional; e
  • Potencial de valor da Eve para suportar o prêmio de valuation da Embraer vs. histórico (EV/EBITDA 2022 de 8,3x considerando o guidance da Embraer para 2022 vs. média histórica de 7,5x).
  • O BTG Pactual (BPAC11) acredita que o mercado ainda não está precificando totalmente o projeto eVTOL no preço da Embraer e a aprovação da fusão contribui para a redução gradual do risco dessa opção de valor.
  • “Acreditamos que o valuation de 9,2x EV/EBITDA em 2022 da Embraer não precifica totalmente a opção de valor eVTOL, deixando espaço para uma reclassificação e nos levando a reiterar nossa recomendação de compra”, aponta o relatório. O preço alvo das ações da Embraer é de R$ 26.
  • A Eve criou uma solução de UAM abrangente, prática e eficiente em termos de capital, com projeto e produção de veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL), serviço e suporte, operações de frota e gerenciamento de tráfego aéreo urbano (UATM, na sigla em inglês).
  • “Acreditamos que a Eve está em uma posição única para desenvolver, certificar e comercializar nossas soluções de UAM em escala global”, explicou Jerry DeMuro, co-CEO da Eve.
  • De acordo com DeMuro, o pipeline de pedidos para o lançamento é de 1.825 veículos, garantidos via cartas de intenção não-vinculativas, “composto por 19 clientes líderes em seus setores, que também investiram na Eve”.
  • Em fato relevante publicado pela Embraer, a parceria estratégica entre as companhias é uma vantagem competitiva fundamental. Há uma licença isenta de royalties para a propriedade intelectual de fundo da Embraer para ser usada no mercado de UAM, bem como acesso a milhares de funcionários qualificados.
  • Também se inclui o uso da infraestrutura global da Embraer, de acordo com os termos de determinados acordos de serviços entre a empresa e a Eve.
  • O alinhamento estratégico com a Embraer também oferece à Eve importantes vantagens de custo e execução, porque busca escalar suas soluções de UAM globalmente.

Da Petrobras a Embraer, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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