Radar: lucro do Itaú (ITUB4) salta no 4T22, ações da Cogna (COGN3) devem subir e governo quer que Justiça avalie privatização da Eletrobras (ELET3)

Nesta terça-feira (7), o Itaú (ITUB4) atualizou a data de pagamento do Juros sobre capital próprio (JCP) anunciado em novembro do ano passado, em R$ 0,48618 por ação, que seria pago até dia 28 de abril de 2023. Com a atualização, o Itaú pagará os JCP em 10 de março.

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Sobre os juros sobre o capital próprio do Itaú, haverá a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em um rendimento líquido de R$ 0,413253 por ação.

A exceção do pagamento de imposto de renda sobre os JCP do Itaú são os acionistas pessoas jurídicas que estiverem comprovadamente imunes ou isentos.

Os proventos do Itaú serão destinados aos investidores com posição acionária até o final da sessão de 8 de dezembro de 2022.

A partir de 9 de dezembro de 2022, as ações do Itaú são negociadas sem o direito de recebimento dos juros sobre o capital próprio.

JCP do Itaú

  • Valor por ação: R$ 0,48618
  • Data de corte: 8/12/2022
  • Data do pagamento: 10/03/2023
  • Rendimento (dividend yield): 4,15%

Itaú (ITUB4): lucro líquido cresce 7% e chega aos R$ 7,6 bi em no 4T22

O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou um lucro líquido gerencial na ordem de R$ 7,668 bilhões no quarto trimestre. O valor representa uma alta de 7% na comparação com mesmo período do ano passado, porém um recuo de 5,1% em relação ao terceiro trimestre. No acumulado do ano, o Itaú lucrou R$ 30,78 bilhões — alta de 14,5% em relação a 2021.

Conforme o balanço financeiro divulgado ao mercado nesta quarta-feira (07), o lucro líquido contábil do Itaú ficou em R$ 7,3 bilhões, uma alta 18% em relação ao 4T21. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a margem financeira foi de R$ 24,975 bilhões, alta de 17,8%.

Apesar disso, entre setembro e dezembro, o Itaú registrou um retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) de 19,3%. Isso representa um recuo de 0,9 ponto percentual ante ao mesmo período de 2021.

Entre os ativos totais, foram R$ 2,469 trilhões no quarto trimestre, uma alta de 1,39% em 12 meses. Já a carteira de crédito somou R$ 1,141 trilhões, aumento de 11,1% em relação ao 4T21.

Já a margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria do Itaú, caiu 42,5% em um ano, mas subiu 44,9% em três meses, para R$ 748 milhões. Já o spread (diferença entre custo de captação e os juros cobrados dos clientes) foi de 8,7%.

Além do Itaú, confira outros destaques desta terça-feira:

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Cogna (COGN3): próximos meses serão positivos para ações de educação, dizem analistas

  • A XP Investimentos prevê que as empresas de educação listadas na Bolsa, Cogna (COGN3), Ânima (ANIM3), Yduqs (YDUQ3), Ser Educacional (SEER3) e Cruzeiro do Sul (CSED3), terão resultados neutros no 4T22 e números positivos de captações para o 1S23 (primeiro semestre) nos próximos meses, o que pode refletir positivamente nas ações.
  • A XP explica que o quarto trimestre costuma apresentar captações fracas de alunos. “Acreditamos que este trimestre deva refletir as captações de 2022, com alguns resultados mistos em termos de descontos de ticket, mas não impactando os resultados do 1S23”, complementam os analistas.
  • Os analistas observam também que a concorrência no setor de educação segue acirrada no segmento digital, com menos espaço para aumentos de preços.
  • No primeiro semestre de 2023 as empresas devem apresentar números favoráveis de captações, o que pode refletir positivamente nas ações, na avaliação da XP.
  • Cogna (COGN3): recomendação neutra
  • A XP prevê que a Cogna entregue resultados ligeiramente positivos no 4T22, impulsionados pelo bom desempenho da Vasta, compensando uma performance negativa da Saber.
  • Os analistas da XP têm recomendação “neutra” para as ações da Cogna, com preço-alvo de R$ 3,10, que representa um potencial de valorização de 39,6%.
  • Para Yduqs, a recomendação é de “compra”, com o preço-alvo de R$ 33,7. Para Ânima a visão é de “compra”, com o preço-alvo de R$ 11,2 e para Ser e Cruzeiro do Sul também é “compra”, com os preços-alvos, respectivamente, de R$ 18,2 e R$ 11,4.
  • O maior potencial de valorização é para a Ser, de 346%.
  • A Cogna tem previsão de divulgar seu balanço do 4T22 dia 23 de março, após a abertura do mercado, enquanto a Yduqs pretende liberar seus resultados dia 15 de março, depois do fechamento.
  • A Ser deve divulgar o balanço dia 24 de março, antes da abertura, a Cruzeiro do Sul, dia 28 de março, após o fechamento, e a Ânima, dia 27 de março, antes do pregão na B3.
  • Cotação
  • As ações da Cogna caíram 2,25% nesta terça-feira (7), cotadas a R$ 2,17.

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Eletrobras (ELET3): AGU entrará na Justiça contra cláusulas da privatização, diz Lula

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar na Justiça contra cláusulas do processo de privatização da Eletrobras (ELET3), chamado por ele de “leonino”.
  • Lula citou a trava para reestatização da empresa que exige o pagamento do triplo da maior cotação do papel alcançada em dois anos para fazer uma oferta pelas ações ordinárias.
  • “Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato. Foi feita uma quase bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras“, afirmou Lula em encontro com a “mídia independente”. “Isso é uma coisa irracional, maquiavélica que nós não podemos aceitar.”
  • Ainda assim, Lula ressaltou que não vai comprar ações da Eletrobras nesse momento. “Até porque o pouco dinheiro que a gente tiver nós vamos ter que cuidar dos benefícios que o povo está precisando que a gente faça”, disse o petista. “Se a gente conseguir fazer a economia crescer e as coisas forem bem, e a gente puder comprar mais ações, a gente vai comprar”, acrescentou.
  • “O que posso dizer é que foi um processo errático. Foi um processo leonino contra os interesses do povo brasileiro. Foi uma privatização lesa-pátria. A começar pelo salário dos diretores, salário dos conselheiros e a começar pelo fato que governo só tem 10% da participação quando tem 40% das ações”, declarou Lula, que cobrou participação na direção da empresa.
  • Para Lula, o Brasil precisa “ler” sobre a privatização da Eletrobras. “Os diretores aumentaram o salário de R$ 60 mil para R$ 360 mil. Você sabe quanto ganha um conselheiro da Eletrobras? R$ 200 mil por mês para ir numa reunião por mês”, disparou o presidente.
  • Lula volta a se contrapor a mercado e chama privatizações de ‘irresponsabilidade’
  • O presidente da República reforçou nesta terça-feira, 7, suas diferenças com agentes do mercado financeiro. Em café da manhã com comunicadores de esquerda, ele ainda chamou as privatizações de “irresponsabilidade”.
  • “Nunca tive ninguém do mercado elogiando as minhas políticas sociais. Sinceramente acho que quando falo de responsabilidade social, responsabilidade fiscal, estou chamando a responsabilidade do mercado para que eles compreendam que esse País não pode continuar passando fome, que as pessoas não podem ficar sofrendo dormindo nas ruas”, declarou o petista.
  • Lula voltou a dizer que o mercado silenciou sobre a crise com a Americanas (AMER3). O mercado financeiro, porém, reagiu com liquidação das ações da Americanas, com impacto sobre o Ibovespa. A B3 excluiu os papéis da empresa do índice após a empresa entrar em recuperação judicial.
  • O presidente afirmou que o mercado não tem a mesma sensibilidade que ele, que não pretende concordar com agentes financeiros. Reforçou, ainda, que o desenvolvimento social é bom também para o mercado.
  • “O mercado precisa ter sensibilidade. Não é só para ganhar dinheiro. É para permitir que os outros possam ganhar alguma coisa. Eu não sei se o mercado às vezes fica esperando que a gente se faça confiar. Muitas vezes parece que a gente tem que pedir para o mercado goste de mim, me deixe governar, me deixe fazer as coisas pela qual eu fui eleito… Eu não acho que a gente tem que pedir, acho que a gente tem que fazer”, seguiu o presidente. “Nós temos que construir uma narrativa contrária àquela do mercado”.
  • Para Lula, privatizações são uma “irresponsabilidade”. “Gasto é quando você privatiza uma empresa como a Eletrobras e pega o dinheiro para fazer o quê? Para pagar juros da dívida? Isso é gasto. Quando você investe na comida do povo, saúde do povo, na educação do povo, isso não é gasto. Chama-se investimento. É esse tipo de investimento que quero fazer.”
  • O presidente afirmou ainda que vai tentar construir uma maioria no Congresso para aprovar pautas de interesse do governo, como a reforma tributária.
  • “Queremos que o Congresso nos ajude”, disse o presidente em café da manhã com comunicadores de esquerda. “Vamos tentar construir maioria que permita que a gente tenha capacidade de aprovar as coisas que precisamos aprovar no Congresso Nacional para bem melhorar a vida do nosso povo. Aí entra a questão de uma nova política tributária nesse País”, acrescentou Lula.
  • Com Estadão Conteúdo

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Light (LIGT3) nega recuperação judicial, mas confirma contratação de assessoria financeira

  • Após a repercussão de uma possível recuperação judicial — e a forte queda de suas ações no pregão desta terça —, a Light (LIGT3) negou que tenha dado entrada no pedido. Em fato relevante publicado na noite de hoje, a geradora e distribuidora de eneragia elétrica voltou a dizer que a informação não procede, embora tenha contratado uma assessoria financeira.
  • Ontem, o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, publicou uma nota dizendo que a Light entraria com o pedido de recuperação judicial ainda nesta semana. Isso porque a precisaria de um financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos.
  • Responsável pela energia elétrica na região metropolitana do Rio de Janeiro, a empresa reportou uma dívida líquida de R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre de 2022. É diante desse cenário que a Light confirmou a contratação de uma assessoria financeira.
  • “Conforme já divulgado em 31 de janeiro, a companhia contratou a Laplace Finanças para assessorá-la na avaliação de estratégias financeiras que viabilizem a melhoria de sua estrutura de capital e de alternativas para tanto” destaca a Light no fato relevante.
  • No entanto, a empresa esclarece que não procede a informação de que estaria “na iminência de pedir recuperação judicial”, conforme foi noticiado entre ontem e hoje em veículos especializados.
  • Ações da Light desabam
  • As ações da Light figuraram entre os destaques negativos do pregão desta terça-feira (7), fechando o dia com queda de 14,19%, cotadas a R$ 2,66.
  • Além disso, de acordo com o mapeamento do Status Invest, a Light registra neste mês uma queda de 19,08% na bolsa de valores. Nos últimos doze meses, as ações da Light caíram 73,10%.
  • As ações da Light também despencaram na última semana após a Fitch, uma das maiores agências de risco do mundo, rebaixar drasticamente a classificação da companhia, de “BB-” para “CCC+”.

Oi (OIBR3): CEO defende viabilidade operacional e diz que foco é reestruturar dívida

  • O CEO da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, defendeu na manhã desta terça-feira (7) que a companhia é sustentável do ponto de vista de estratégia e operação e que a reestruturação da dívida financeira da empresa não irá afetar as atividades.
  • “Ela carrega dívida do passado. Não tem nada a ver com a operação atual da Oi“, disse Abreu. As declarações foram dadas após os executivos da empresa saírem de reunião em Brasília com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
  • De acordo com Abreu, o encontro teve caráter de “acompanhamento de status” da Oi, em que ela prestou contas e mostrou seus planos e passos para a sustentabilidade futura da tele. “Se não acreditássemos na sustentabilidade não estaríamos fazendo todo o plano que estamos fazendo há bastante tempo”, disse a jornalistas. “A Anatel tem dever de ofício de acompanhar concessão.”
  • A reunião aconteceu após a Oi precisar buscar na Justiça proteção contra seus credores, pouco mais de um mês após ter decretado o fim de seu processo de recuperação judicial da Oi. Nesse contexto, Abreu dividiu o plano da empresa em três blocos de atuação.
  • O primeiro, “operacional”, relativo à continuidade do processo de reconstrução da Oi, focada no negócio de fibra. “Fizemos aposta estratégica de investimento em fibra, já agora há pouco mais de três anos. E de fato se não tivesse sido feito a companhia não teria perspectiva para futuro, ela tem aspiração de se tornar maior empresa de fibra do País, do ponto de vista de banda larga”, afirmou o Executivo.
  • O segundo pilar é o de reestruturação de dívida da Oi. Defendendo que a operação da Oi é viável e que o problema da dívida passada foi parcialmente resolvido com a primeira recuperação judicial, Abreu destacou que se “nada for feito”, a dívida que a tele carrega não é compatível com a capacidade de geração de resultados futuros. É por isso, segundo ele, que a empresa está focada na reestruturação desse passivo, “primordialmente” o financeiro.
  • “Renegociação de dívidas financeiras, e esse é o foco de todo nosso processo atual de medida, cautelar, de possível entrada de um plano pré-acordado para poder registrar e formalizar negociação. O pedido de tutela faz parte, não é medida exótica”, diz ele.
  • “Esperamos resolver o mais rápido possível. Portanto, foi feito pedido para que possamos chegar a acordo de reestruturação de dívida”, acrescentou o executivo. “Não existe intenção de causar impacto em qualquer outro tipo de obrigação. Primordial é a dívida financeira”.
  • Já o terceiro pilar de atuação da Oi se volta à resolução em torno do contrato de concessão de telefonia fixa, que acaba em 2025. “Concessão é deficitária, na nossa visão, e há muito tempo temos discutido isso”, afirmou Abreu, que não quis entrar em mais detalhes sobre esse tema, que é tratado junto à Anatel. “Não temos intenção de rever nenhum tipo de acordo e negociação de transação de crédito de Anatel, ou qualquer outro tipo de obrigação que já tenha sido transacionada. Isso já foi deixado claro”, afirmou.
  • “Temos convicção de que, se não tivesse tomado todos os passo de reestruturação de companhia, de venda de ativos, de criação de operações, a companhia hoje não existiria”, afirmou Abreu.
  • Questionado sobre como enfrentar o endividamento atual sem os ativos que ajudaram a Oi a sair da primeira recuperação judicial, o executivo respondeu que o processo de renegociação está sendo discutido com credores e que a companhia “tem sim ativos”, citando a V.tal.
  • A Oi vai pedir recuperação judicial de novo?
  • Enquanto a Oi (OIBR3) não decide se entrará novamente em recuperação judicial, a empresa estendeu o período de negociação com os seus credores em uma tutela de urgência. De acordo com informações divulgadas nesta terça (7), a companhia tem 30 dias para definir qual será o seu próximo caminho.
  • Segundo a apuração do Estadão/Broadcast, o alto escalão da Oi ainda não definiu o momento em que encaminhará o pedido à Justiça.
  • A empresa de telecomunicações tem buscado manter as negociações com os credores para conseguir chegar a um acordo de refinanciamento das dívidas. O desenrolar dessas conversas será o termômetro dos próximos passos da Oi.
  • Na última semana, a empresa conseguiu uma proteção jurídica que suspende pagamentos a credores e impede execuções de cobrança por um prazo de 30 dias. Na petição, os advogados classificaram a situação financeira da Oi como “insustentável”.
  • A companhia tem R$ 29,7 bilhões em dívidas financeiras. Caso não haja um acordo entre os credores, a Oi não terá alternativa a não ser pedir um segundo processo de recuperação judicial.
  • “Essa tutela basicamente protegia a ação dos credores da Oi. Ou seja os credores não poderiam cobrar nesse momento”, resume Rafael Maluly Bombini, assessor da DOM Investimentos. Na visão do especialista, a perspectiva atual de recuperação judicial é uma notícia “ruim” para as ações da companhia.
  • “A reestruturação financeira é uma medida crucial para garantir o futuro da Oi e o comprometimento da empresa com esta ação mostra sua determinação em se recuperar. Além disso, a solução para o contrato de telefonia fixa pode ser uma oportunidade para a Oi, permitindo a empresa alocar recursos em áreas mais estratégicas e rentáveis, o que pode ter um impacto positivo nas receitas e lucratividade futuras da empresa”, diz Fabrício Gonçalvez CEO da Box Asset Management.
  • Gonçalvez explica que, no curto prazo, as declarações do CEO da Oi podem ter um impacto positivo na cotação da OIBR3, transmitindo confiança aos investidores sobre o futuro da empresa. No médio e longo prazo, as ações da Oi poderão ser positivamente impactadas se a empresa cumprir suas metas financeiras, completa. “É importante destacar que ainda há muito trabalho a ser feito, mas as declarações de Abreu transmitem otimismo e determinação em superar as dificuldades e garantir o futuro da empresa.”
  • As ações da Oi subiam 6,4% às 14h20 desta terça-feira (7), cotadas a R$ 1,33.
  • Com informações do Estadão Conteúdo

Do Itaú a Oi, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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