Radar: BRF (BRFS3) fará aumento de capital, MRV (MRVE3) contrata bancos para follow-on e PRIO (PRIO3) anuncia JCP milionário

O conselho de administração da BRF (BRFS3) aprovou nesta segunda-feira (3) um aumento de capital de 500 milhões de ações de emissão da empresa, passando das atuais 1,325 bilhão para 1,825 bilhão de ações ordinárias.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-4.png

Além do aumento de capital da BRF, nesta segunda a companhia se manifestou a respeito de uma potencial oferta pública de distribuição de ações envolvendo o fundo soberano da Arábia Saudita, Salic, e a Marfrig (MRFG3), do empresário Marcos Molina, divulgada pelo jornal Valor Econômico na última sexta-feira (30).

De acordo com a BRF, “até o presente momento, não existem informações precisas e concretas a respeito do cronograma da oferta, uma vez que a realização da oferta está condicionada a aprovações societárias ainda não obtidas”.

Segundo o Valor, a operação da BRF injetará R$ 4,5 bilhões na dona das marcas Sadia e Perdigão, sendo metade de cada fundo. A negociação será precificada apenas na semana do dia 10 de julho, de acordo com fontes.

Com isso, a Marfrig, que possui 33% do capital da companhia, deverá passar a uma fatia de 38,7%, enquanto a Salic, que também é acionista da Minerva (BEEF3), passará a deter uma participação de 16% na empresa.

Ainda de acordo com a apuração do Valor Econômico, as fatias podem mudar caso haja demanda dos investidores. Os coordenadores da oferta incluem JP Morgan, Bradesco BBI, BTG Pactual (BPAC11), Citi, Itaú BBA, Safra, UBS BB e XP (XPBR31).

Além de BRF, confira outros destaques desta segunda-feira:

MRV (MRVE3) contrata bancos para realizar follow-on e ações caem; entenda

  • As ações da MRV (MRVE3) fecharam em queda nesta segunda-feira (3), com o mercado repercutindo a notícia divulgada pelo jornal Valor Econômico de que a construtora contratou um sindicato de bancos para estruturar sua oferta subsequente de ações (follow-on).
  • No fechamento, as ações ordinárias da MRV caíram 3,11%, a R$ 11,21.
  • Segundo a publicação, BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA e Bradesco BBI são algumas das instituições que fazem parte do grupo.
  • Segundo informações do Brazil Journal, a empresa pretende captar entre R$ 500 mi e R$ 1 bi.
  • A ideia da companhia é aproveitar o momento favorável para lançar sua oferta para captar dinheiro e fazer frente aos investimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é de que a oferta da MRV seja lançada nos próximos dias, disse o Valor.
  • A queda pode ter sido um movimento de correção: na sexta, os papéis da MRV subiram 3,58% – era terceiro dia seguido de altas.
  • Na última sexta-feira (30), a Direcional (DIRR3) comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a precificação de oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias. As negociações tiveram inicio na bolsa de valores brasileira, B3 – Brasil, Bolsa, Balcão (B3SA3) nesta segunda-feira (3). Na terça-feira (4), ocorrerá a liquidação física e financeira dos ativos.
  • De acordo com a Direcional, o preço de subscrição por ação inicialmente será de R$ 18,25. O valor foi fixado pelo conselho de administração após a análise de intenções dos investidores na construtora.

PRIO (PRIO3) anuncia pagamento milionário de JCP; veja valor por ação

  • O conselho de administração da PRIO, ex-PetroRio (PRIO3), aprovou na última sexta-feira (30) o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) relativo ao exercício de 2023.
  • O valor total dos JCP da PRIO será de R$ 188,9 milhões, equivalente a R$ 0,00037 por ação. O pagamento será realizado em até 123 dias após a aprovação.
  • O pagamentos dos juros sobre capital próprio estará sujeito à incidência de 15% de Imposto de Renda, na forma da legislação vigente.

Alupar (ALUP11) e CPFL (CPFE3) entram na carteira de dividendos do BTG para julho; B3 (B3SA3) sai da lista

  • O BTG Pactual anunciou, nesta segunda-feira (3), que fez alterações em sua carteira de dividendos, recomendando novas ações para o mês de julho.

Dividendos maiores na Alupar

  • Os analistas do BTG avaliam que a Alupar, a partir da entrada em operação dos empreendimentos em construção, tem espaço para pagamentos maiores de dividendos nos próximos trimestres, tendo em vista sua nova política em vigor desde novembro.
  • “A empresa tem um ótimo histórico de alocação de capital, o que nos deixa tranquilos caso ela decida buscar crescimento adicional, principalmente os grandes valores a serem leiloados nos próximos dois anos. Suas ações estão sendo negociadas a uma TIR real de 7%”, dizem os analistas do BTG.
  • No caso das ações da CPFL, o banco espera outra parcela de dividendos a ser anunciada este ano, a depender dos processos de M&As em potencial.
  • Sobre a Porto Seguro, a equipe do BTG destaca o valuation atraente e um forte momento operacional, que pode impulsionar um bom desempenho das ações nos próximos meses. “Com o mercado aparentemente positivamente surpreendido com o desempenho da companhia, é razoável esperar revisões de lucros”, explica o relatório do BTG.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Via (VIIA3) e Tim (TIMS3) ficam de fora da carteira do BB Investimentos para julho; veja lista

  • Com isso, a exposição para o setor de óleo e gás chegou a 40%. O setor de consumo, que no mês de junho representou 80% dos ativos, neste mês é representado por apenas 20%. O restante é complementado por transporte e logística (20%) e materiais básicos (20%).
  • Segundo o BB-BI, a carteira é voltada para investidores que buscam exposição às oscilações de curto prazo do mercado. Em maio, a rentabilidade da carteira foi de 17,75%.

BTG retira Petrobras (PETR4) e inclui Banco do Brasil (BBAS3) na carteira recomendada para julho; veja as mudanças

  • Segundo o BTG, após forte performance do real, a carteira de julho aumentou a exposição ao dólar, o que levou a inclusão da Gerdau, empresa que se beneficia de uma forte economia nos Estados Unidos.

SNEL11: veja o que movimentou o fundo imobiliário focado em energia limpa em maio

  • Recentemente a Suno Asset publicou o primeiro relatório de monitoramento de risco do SNEL11, o seu fundo imobiliário focado em energia limpa. No documento a gestora detalha o principal movimento dentro do fundo no mês de maio – aquisição das obras das Usinas fotovoltaicas (UVF) San Remo 1 e 2, em parceria com a Impetus Energy.
  • Os projetos ficam em João Pinheiro (MG), da distribuidora Cemig (CMIG4), e possuem Capex de R$ 19,1 milhões, além de potência instalada projetada de 4,76MW (1,4MW San Remo 1 e 3,36MW San Remo 2).
  • “A energia gerada pelas usinas será vendida pelas comercializadoras, tendo como público-alvo pessoas físicas e pequenos negócios. A projeção desse fluxo de comercialização corrobora com uma TIR de 24,95% a.a. para os projetos”, diz a Suno Asset, no relatório.
  • O mês de maio foi o primeiro mês das atividades de obras da usina, ou seja, ainda de atividades preliminares como terraplanagem. O andamento da obra, contudo, já demonstrou um andamento acima do esperado, com uma média de 11,25% de adiantamento.
  • Com isso, o cronograma esperado é que, ainda em julho, a obra que faz parte da carteira do SNEL11 tenha avanço na construção de 800 metros da rede nova, perfuração do solo para implantação de estacas, entrega e implantação 1500 pilares e o início da implantação da drenagem.
  • Os meses a seguir, aliás, favorecem positivamente o andamento das obras por causa de questões climáticas.
  • “Ressaltamos que historicamente a região de João Pinheiro apresenta a menor precipitação histórica nos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro, que são justamente os meses de maior avanço previsto no cronograma de obras”, diz a Suno Asset.
  • Segundo o relatório, a previsão é de que os 40% remanescentes para o término da instalação também ocorram até a metade do mês de junho.

Americanas (AMER3) tem R$ 1,17 bilhão em caixa, segundo documento de administradores judiciais

  • Em relatório de atividades mensais, a Americanas (AMER3) revelou ter encerrado o mês de maio com caixa disponível final de R$ 1,178 bilhão. O documento que contém essas informações foi divulgado pelos administradores judiciais.
  • Essa cifra é cerca de 38% a menos do que o saldo inicial registrado no início de junho de 2022 pela Americanas.
  • Além disso, a dívida da empresa em maio foi de R$ 20,599 bilhões em maio, sem incluir o endividamento bancário que é relativo às operações de risco sacado.
  • O total investido, por sua vez, é de R$ 4,77 milhões em maio de 2023, sendo 95% menor do que a média de investimentos da varejista entre junho e dezembro de 2022, de R$ 143,4 milhões.
  • A Americanas também fechou 48 lojas ao longo dos últimos 12 meses, sendo 4 lojas encerradas entre junho a dezembro de 2022 e outras 38 de janeiro a maio deste ano.
  • No fim de maio, foram contabilizadas 1.842 lojas da Americanas ativas.

Taxa no Tesouro Direto começa a ser cobrada dos investidores nesta segunda-feira (3)

  • Para os investidores de renda fixa do Tesouro Direto, a taxa de custódia da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão começou a se cobrada nesta segunda-feira (3).
  • Ao todo, são mais de dois milhões de investidores do Tesouro Direto que deverão pagar a tarifa à bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3). Essa é a forma de a instituição financeira cobrar pela manutenção dos títulos públicos e movimentações e saldos das aplicações.
  • Os investidores do mercado primário, com saldo acima de R$ 10 mil em aplicações, serão cobrados com a taxa de custódia. Em janeiro, um reajuste reduziu a tarifa para 0,2% (ante 0,25% anterior), a ser descontada anualmente, em duas “parcelas” de 0,1% sobre o valor aplicado, proporcional ao número de dias que o valor ficou investido. A cobrança aconteceu no 1º dia útil de janeiro e nesta segunda-feira (3), o 1º dia útil de julho.

Da BRF à PetroRio, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Vanessa Loiola

Compartilhe sua opinião