Radar: Banco Pan (BPAN4) paga JCP, Dexco (DXCO3) contrata crédito e Cade aprova compra da Unidas (LCAM3) pela Localiza (RENT3)

Banco Pan (BPAN4) aprovou nesta quarta-feira (15) a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 261 milhões.

valor unitário do JCP do Banco Pan é de R$ 0,21 por ação preferencial, com retenção do imposto de renda na fonte.

Serão considerados aptos para receber o pagamento os acionistas detentores de papéis da companhia até o final do pregão do dia 21 de dezembro de 2021. A partir do dia seguinte, as ações da empresa serão negociadas sem conceder direito de recebimento.

Banco Pan informa também que o pagamento será realizado no dia 6 de janeiro de 2022.

As ações do Banco Pan encerraram o pregão de hoje em alta de 6,01%, cotadas a R$ 11,47. O cenário benéfico é visto também no acumulado do ano, onde os papéis da companhia crescem 22,54%.

Além do Banco Pan, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta quarta:

Dexco (DXCO3) contrata de linha de crédito rotativo do Banco do Brasil (BBAS3) em R$ 500 milhões

  • A Dexco (DXCO3), ex-Duratex, anunciou nesta quarta-feira (15) que o Conselho de Administração da companhia aprovou a contratação da linha de crédito rotativo junto ao Banco do Brasil (BBAS3) no valor de até R$ 500 milhões, com prazo de saque de 12 meses.
  • A linha de crédito conta com a comissão de estruturação de 0,10% flat antecipado, comissão de compromisso de 0,45% a.a.
  • Por fim, foi acordado também um prazo de pagamento da linha de dois anos após o saque e taxa de juros de 117,5% do CDI (Certificados de Depósitos Interbancários) ou CDI acrescido de 2,03% a.a.

Fleury (FLRY3) vai pagar R$ 30 milhões em JCP

  • A Fleury (FLRY3) vai pagar R$ 30.046 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira (15).
  • O valor dos proventos por ação será de R$ 0,094, que serão pagos em 30 de dezembro de 2021.
  • Apenas os investidores com ações da Fleury ao final do pregão do dia 20 de dezembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 21 de dezembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • Conforme documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, exceto para os acionistas comprovadamente isentos ou imunes, ou acionistas domiciliados em países ou jurisdições para os quais a legislação estabeleça alíquota diversa.

Tim (TIMS3) anuncia pagamento de JCP no total de R$ 560 milhões

  • A TIM (TIMS3) anunciou nesta quarta (15) o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 560 milhões.
  • O valor unitário do JCP da Tim é de R$ 0,23 por ação ordinária, mas a companhia informa que “o valor bruto por ação poderá ser modificado em razão da variação na quantidade de ações em tesouraria para atendimento ao Plano de Incentivo de Longo Prazo da companhia”.
  • Além disso, serão retidos 15% de Imposto de Renda na Fonte.
  • O pagamento ocorrerá no dia 25 de janeiro de 2022, e serão considerados aptos para receber o pagamento da TIM os acionistas detentores de ações da companhia até o final do pregão do dia 20 de dezembro. Após essa data, os papéis serão negociados sem conceder direito de recebimento.

Cade: fusão entre Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) é aprovada sem restrições

  • A Hapvida (HAPV3) e a Notre Dame Intermédica (GNDI3) anunciaram nesta quarta (15) que Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão entre as companhias.
  • O Cade emitiu hoje despacho por meio do qual chancela a combinação de negócios entre as duas companhias. A operação foi autorizada sem restrições, segundo os fatos relevantes divulgados pelas operadoras de saúde.
  • A decisão de aprovação se tornará definitiva no prazo de 15 dias corridos a partir de sua publicação, não havendo recurso de terceiros ou avocação pelo Tribunal do Cade.
  • A Hapvida e a NotreDame fecharam em fevereiro o acordo de fusão entre as duas empresas. A Hapvida terá a maior parcela do novo negócio e terá Cândido Júnior e Jorge Pinheiro, seus administradores, no comando da nova empresa, enquanto os sócios estrangeiros da Notre Dame venderão suas participações.
  • fusão dará origem a uma empresa presente em quase todo o país, em segundo lugar no mercado de saúde, ficando atrás apenas da Rede D’Or, que é avaliada em R$ 146 bilhões, de acordo com reportagem da revista Veja.
  • Em novembro, o BTG Pactual (BPAC11) manteve  suas preferências no setor de saúde e reiterou a escolha da Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) para o próximo ano.

Eneva (ENEV3) aprova a criação de programa de recompra de ações de sua emissão pela controlada

  • A Eneva (ENEV3) informou nesta quarta-feira (15) que o Conselho de Administração da empresa aprovou a criação de um programa de recompra de ações de emissão própria pela controlada Parnaíba II Geração de Energia.
  • O objetivo da Eneva é fazer com que a controlada faça frente às obrigações decorrentes dos planos e programas de incentivo de longo prazo, estipulados anteriormente. Os programas, no caso, são:
  • Programa de Outorga de Opções;
  • Plano de Incentivo de Remuneração de Longo Prazo Baseado em Ações;
  • Plano de Performance Shares;
  • Plano de Outorga de Opções de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias de Emissão da Eneva.
  • Serão adquiridas até 6 milhões de ações, equivalentes a 0,47% das ações totais emitidas e 0,48% das ações em circulação. De acordo com a companhia, existem atualmente 1,2 bilhão de ações em circulação e 332 mil em tesouraria. Adicionalmente, há em tesouraria da Parnaíba II Geração de Energia, 199 mil ações.
  • O prazo máximo para aquisição de ações de emissão da companhia no programa de recompra é de até 18 meses a partir da data de hoje.

Cade aprova compra da Unidas (LCAM3) pela Localiza (RENT3) com votação acirrada

  • O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (15) a união entre a Localiza (RENT3) e a Unidas (LCAM3), e incluiu na decisão “remédios” para diminuir a fatia do mercado da nova empresa para menos de 50%. A votação foi apertada: 3 a 2. A Unidas foi comprada pela Localiza e a aprovação saiu com restrições.
  • A junção das duas maiores empresas do setor de aluguel de veículos e gestão de frotas do país foi aprovada com ressalvas. É necessário o cumprimento de cláusulas de restrições que incluem venda “significativa” de ativos na área de locação, de acordo com a relatora, Lenise Prado. Conforme a conselheira, o acordo firmado é sigiloso e os termos não foram divulgados durante a leitura de seu voto.
  • A Superintendência-Geral recomendou, em setembro deste ano, a aprovação incorporação da Unidas pela Localiza mediante “remédios”. A autarquia avalia ainda a combinação de negócios entre as duas companhias.
  • A proposta de fusão foi anunciada em 22 de setembro de 2020 e dependia da decisão final do Cade. “Após estudos e consultas ao mercado, a Superintendência verificou que, entre os segmentos afetados pelo ato de concentração, os relacionados à venda de veículos usados e à Gestão e Terceirização de Frotas (GTF) não apresentam maiores preocupações do ponto de vista concorrencial”, diz o Cade.
  • A Localiza e a Unidas divulgaram fato relevante conjunto, informando sobre a aprovação pelo Cade com “restrições estruturais e comportamentais, nos termos do Acordo em Controle de Concentração – ‘ACC’”. De acordo com as notas, o fechamento do negócio está ainda sujeito a outras condições, como a aprovação pela autarquia do comprador do pacote de ativos a serem desinvestidos nos termos do ACC.
  • Por fim, as empresas afirmam que estão em processo de negociação com potenciais interessados. Desta forma, ambas continuam operando com autonomia e independência até que a operação seja finalizada.

Do Banco Pan à Localiza, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Victória Anhesini

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