Pfizer e Mylan estariam negociando fusão, diz WSJ

A gigante da farmacêutica Pfizer estaria negociando uma fusão com a fabricante de genéricos Mylan. Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, a operação envolveria a divisão de medicamentos sem patente.

Segundo o jornal, um eventual acordo entre a Pfizer e a Mylan criaria um gigante global no mercado de medicamentos de preços baixos. O acordo poderia ser anunciado na próxima segunda-feira (29).

Segundo o WSJ, as duas empresas estariam negociando uma fusão em parte baseada em ações. Nesse caso, os acionistas da Mylan teriam pouco mais de 40% da nova empresa, enquanto os acionistas da Pfizer ficariam com o restante.

Além disso, a Pfizer receberia ainda cerca de US$ 12 bilhões, obtidos a partir de uma emissão de dívida. Atualmente a Mylan tem um valor de mercado levemente inferior a US$ 10 bilhões.

Queda nas vendas de remédios

Segundo o WSJ, o eventual acordo uniria dois grupos farmacêuticos cujas vendas caíram. Uma redução inciada após medicamentos considerados campeões de venda perderam a proteção de patentes e começaram a enfrentar uma concorrência de produtos mais baratos.

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No caso da Pfizer, as pílulas contra o colesterol Lipitor e o medicamento de impotência masculina Viagra estão entre os remédios que registraram essa queda nas vendas. Uma eventual fusão com a Mylan seria uma alternativa para um novo aumento nas vendas.

Fusão com a GSK

No final de dezembro de 2018 as gigantes farmacêuticos GSK (GlaxoSmithKline) e Pfizer anunciaram a fusão de suas atividades de medicamentos sem receita. A operação deveria criar uma nova empresa do setor farmacêutico com um volume de negócios de US$ 12,7 bilhões.

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Segundo os planos iniciais, divulgados pelas duas empresas em comunicado, a GSK teria a maior parte do controle, 68%, e a Pfizer 32% nesta empresa. O acordo inclui medicamentos como o anti-inflamatório Voltaren, o paracetamol Panadol e a marca Sensodyne, entre outros produtos.

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Por sua vez, a Pfizer aportará na nova empresa o analgésico Advil, os vitamínicos Centrum e Caltrate e outros medicamentos. Para ser concretizada, a criação da nova empresa precisa da aprovação dos acionistas da GSK e da autorização das autoridades regulatórias. A fusão deveria se tornar efetiva no segundo semestre de 2019.

Carlo Cauti

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