GSK e Pfizer juntam as operações de medicamentos sem receita

Os gigantes farmacêuticos GSK (GlaxoSmithKline) e Pfizer anunciaram a fusão de suas atividades de medicamentos sem receita.

A britânica GSK e a norte-americana Pfizer anunciaram nesta quarta-feira (19) a fusão de suas atividades de medicamentos sem receita. A operação vai criar uma nova empresa do setor farmacêutico com um volume de negócios de US$ 12,7 bilhões.

“GSK concluiu um acordo com a Pfizer para combinar sua atividade em uma empresa conjunta de amplitude mundial, com faturamento de 9,8 bilhões de libras (12,7 bilhões de dólares)”, anunciou a GSK em um comunicado, “a GSK terá a maior parte do controle, 68%, e a Pfizer 32% nesta empresa”.

As informações foram confirmadas pela Pfizer em um comunicado.

O acordo inclui medicamentos como o anti-inflamatório Voltaren, o paracetamol Panadol e a marca Sensodyne, entre outros produtos.

A Pfizer aportará na nova empresa o analgésico Advil, os vitamínicos Centrum e Caltrate e outros medicamentos.

Para ser concretizada, a criação da nova empresa precisa da aprovação dos acionistas da GSK e da autorização das autoridades regulatórias.

A fusão deveria se tornar efetiva no segundo semestre de 2019.

A criação da joint venture foi recebida positivamente pelos analistas de mercado. A equipe de análise do banco Jefferies disse que o plano faz sentido, tendo em vista a potencial redução de custos e o aumento de valor para os acionistas.

Essa fusão seria mais um passo no caminho de consolidamento da posição da na área de saúde do consumidor. Um segmento que exclui os medicamentos que necessitam de prescrição médica para serem vendidos.

Além disso, a fusão seria necessária para enfrentar a redução das margens e a maior concorrência no setor farmacêutico. Em última análise, a operação entre GSK e Pfizer poderia ter alguma relação com o projeto de Jeff Bezos, Jamie Dimon e Warren Buffet de construir uma empresa de saúde que busque a redução de custos na área de saúde.

Carlo Cauti

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