Petrobras afirma que venda de ativos permanece “intacta” em meio a cenário de crise

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou que o programa de desinvestimentos da estatal permanece “intacto”, mesmo em meio ao cenário de crise causado pela pandemia de coronavírus (Covid-19). A fala foi proferida durante um evento online promovido pela Fundação Getúlio Vargas na última quarta-feira (15).

A esperança da Petrobras é de que os compradores de seus ativos honrem os negócios que foram fechados antes do início dessa crise que assola diversos setores e empresas do Brasil e do mundo.

Suno One: O primeiro passo para alcançar a sua independência financeira

A petroleira já possui oito transações assinadas, mas que necessitam detalhes para serem fechadas. No total, essas transações somam US$ 2,75 bilhões. Desse valor, a Petrobras tem em mãos US$ 159,5 milhões, recebidos como ‘sinal’. “Temos confiança, pelo que nos é dado pelos compradores, de que a liquidação financeira ocorrerá no momento que for marcado”, disse Castello Branco.

Veja também: Petrobras corta 23 mil barris por dia com hibernação de 62 plataformas

Sete negociações, das oito em questão, envolvem ativos de exploração e produção (E&P), que podem variar de acordo com os preços do petróleo.

O presidente da petroleira citou a venda da Liquigás como exemplo de negociação que necessita de autorizações de outros órgão. A venda da companhia citada para a Copagaz e Nacional Gás depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Queda nas vendas de combustíveis no Brasil

O presidente da Petrobras disse também que as vendas de gasolina no Brasil caíram cerca de 60% em comparação ao momento ‘pré-crise’.

“Espero que [os demais elos da cadeia, como distribuidores e revendedores] se comportem como bons capitalistas e não como inimigos do capitalismo que prosperam em cima da sociedade e minam a crença popular no funcionamento do livre mercado”, disse Castello Branco reiterando que espera que o ajustes realizados pela Petrobras cheguem ao consumidor final.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião