Grana na conta

Petrobras (PETR4) diz que evita repasse imediato das volatilidades externas e câmbio aos preços

A Petrobras (PETR4) voltou a afirmar nesta sexta-feira (14), por meio de comunicado, que monitora continuamente os mercados e evita repasse imediato das volatilidades externas e do câmbio aos preços. O texto padrão já utilizado em outras ocasiões é uma resposta a notícias veiculadas na mídia.

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Apesar de não especificar a qual reportagem se refere, o posicionamento acontece em meio a publicações na imprensa relacionadas a pressões governamentais sobre a política de preços da estatal no período de eleições.

Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2.º turno das eleições, em 30 de outubro.

Essa pressão sobre a petroleira foi ampliada depois que o grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) anunciou o corte na produção de dois milhões de barris de petróleo por dia a partir de novembro, o que já provocou alta dos preços no mercado internacional. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia de covid começou.

No comunicado divulgado nesta sexta, a companhia também voltou a reforçar o compromisso com preços competitivos e em equilíbrio com o mercado.

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Petrobras: ‘Novo Pré-Sal’ vai impulsionar investimentos

Previsto para ser divulgado no fim do próximo mês, o Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras (PETR4) deverá vir mais forte do que o anterior, turbinado pela incorporação de investimentos necessários à exploração da chamada Margem Equatorial, fronteira tratada como um possível “novo pré-sal”.

Essa é a principal aposta da Petrobras para aumentar suas reservas de petróleo.

Além da nova fronteira, o plano deve contemplar a modernização de refinarias e ter um olhar mais atento para a energia limpa.

Com isso, a Petrobras planeja adaptar suas refinarias à produção de biocombustíveis de alto valor agregado, como o bioqueresene de aviação, e também reforçar investimentos na descarbonização da produção e em estudos para projetos em energia eólica offshore destinada à produção de hidrogênio verde.

Foi por causa do pré-sal que os investimentos da Petrobras deram um salto na década passada, para mais de US$ 200 bilhões, encolhendo posteriormente para menos da metade desse valor no plano formulado em 2016, devido ao alto endividamento da companhia.

Nos últimos sete anos, o total investido nunca ultrapassou os US$ 100 bilhões.

No plano anterior (2022-2026), a previsão era de US$ 68 bilhões. Deste montante, US$ 57,3 bilhões estavam previstos para exploração e produção, dos quais menos de 10% (US$ 5,5 bilhões) para exploração – a maior parte nas bacias do Sudeste (58%), mas também da Margem Equatorial (38%).

Estadão/Broadcast apurou que o novo plano deve deixar para trás a previsão de apenas uma nova plataforma de exploração e produção para inserir mais unidades até 2027, o que vai elevar o valor dos investimentos.

O número final, no entanto, ainda não foi finalizado, e continua em discussões técnicas antes de ser apresentado ao conselho de administração da companhia.

Fontes da companhia confirmaram que a exploração da Margem Equatorial vai receber atenção especial. A licença para perfuração do primeiro poço é esperada para novembro, após teste de simulação para provar ao Ibama que a empresa tem condições de conter eventual derramamento de petróleo.

Hoje, o investimento reservado para a nova conquista até 2026 é de US$ 2 bilhões, volume que tende a ser incrementado no próximo plano.

A Margem Equatorial abrange cinco bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar).

A Petrobras planeja, assim como em outros locais nos quais atua, desenvolver projetos socioambientais na região, que também deverão constar no plano.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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