Natura (NTCO3) tem alta de 199% no prejuízo do 4T23; Goldman Sachs fala em ‘tendências encorajadoras’ para a empresa

A Natura (NTCO3) encerrou o quarto trimestre de 2023 com prejuízo líquido consolidado de R$ 2,662 bilhões, uma perda 199% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2022.

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O resultado, segundo a empresa, foi impactado pela perda de capital com a venda da The Body Shop, cuja transação foi concluída em dezembro do ano passado, e pelo impairment do ágio da Avon International.

Excluindo os custos de transformação, de reestruturação, operações descontinuadas e outros não recorrentes, o lucro líquido underlying da Natura foi de R$ 506 milhões, ante uma perda de R$ 49 milhões do mesmo intervalo do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Natura ficou negativo em R$ 55,7 milhões entre outubro e dezembro, ante Ebitda positivo de R$ 65,3 milhões apurado um ano antes. Já o Ebitda ajustado da Natura foi de R$ 670,6 milhões, superior aos R$ 512 milhões do mesmo intervalo de 2022, com uma margem Ebitda ajustada de 10,1%, alta de 370 pontos-base em relação ao ano anterior.

A receita líquida consolidada da Natura caiu 17,4% no último trimestre de 2023 ante um ano, para R$ 6,613 bilhões.

As despesas financeiras líquidas totais da Natura foram de R$ 617 milhões no quarto trimestre de 2023, em comparação com despesas de R$ 502 milhões apuradas no mesmo período do ano anterior.

“2023 foi um ano marcante para a Natura &Co, com avanços importantes e significativos nas frentes estratégica, operacional e financeira, e de balanço”, destaca o CEO do grupo, Fábio Barbosa, no release de resultados.

Segundo o executivo, a empresa continuou a enxugar a estrutura da holding e registrou avanços na simplificação da companhia, como resultado dos desinvestimentos da Aesop e da The Body Shop.

“Em 2024, a alocação de capital continuará sendo um fator crítico para a criação de valor futuro, com foco em investimentos nos principais mercados e projetos. Ainda esperamos volatilidade na receita, mas com melhora de rentabilidade no ano, particularmente ex- Argentina”, destaca o executivo da Natura.

Em relatório, o Goldman Sachs (GSGI34) destacou que os resultados da Natura no 4T23 trouxeram algumas ‘tendências encorajadoras’, com crescimento robusto de um dígito da marca no Brasil, bem como ganhos gerais de margem provenientes da otimização do portfólio.

“No entanto, os resultados também vieram – mais uma vez – com um elevado nível de reestruturação e despesas pontuais, custos de transformação, além de ajustes para o desempenho da empresa”, pontuaram os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

O Goldman tem recomendação ‘neutra’ para as ações de Natura, com preço-alvo a R$ 18,00.

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Desempenho das ações da Natura

No fechamento de segunda-feira (11), as ações da Natura caíram 1,42%, a R$ 17,33.

Cotação NTCO3

Gráfico gerado em: 12/03/2024
1 Dia

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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