Mourão: governo terá que buscar de 60 a 70 votos para aprovar Previdência

O vice-presidente Hamilton Mourão declarou nesta terça-feira (19) que o governo necessita de 60 a 70 votos para aprovar a reforma da Previdência.

A declaração ocorreu em uma conversas com jornalistas no Palácio do Planalto. “O número de votos, a gente sabe que a oposição tem 150 votos, em torno disso aí, então sobram 363 para serem garimpados. Acredito que nós temos 250. Então, entre 60 e 70 votos terão que ser buscados”, afirmou Mourão.

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Na próxima quarta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro fará um pronunciamento, além de entregar o texto do projeto aos parlamentares. Segundo o secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, Bolsonaro deverá ressaltar a importância da previdência.

A reforma da Previdência é considerada primordial pelo governo de Jair Bolsonaro. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa de no mínimo 308 deputados de 513 na Câmara e 49 dos 81 senadores. Além disso, a projeto deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça e por comissões especiais no Senado e na Câmara. As votações ocorrem em dois turnos.

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Texto da reforma

Na última quinta-feia (19), o presidente Jair Bolsonaro “bateu o martelo” na definição da idade mínima: 65 anos para homens e 62 para mulheres. A decisão foi tomada após uma reunião com a equipe econômica. Participaram do encontro:

  • o ministro da Economia, Paulo Guedes;
  • o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni;
  • o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

O período de transição para a idade mínima será de 12 anos. Alguns pontos da proposta foram foco de muita divergência no governo. Enquanto a equipe econômica defendia uma idade mínima de 65 tanto para homens como para mulheres, o presidente desejava uma idade menor, de 60 anos para mulheres, e um período de transição de 20 anos.

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Além disso, os militares resistiram em serem inclusos na reforma, ao passo que a equipe econômica, e outras figuras como o próprio vice-presidente Hamilton Mourão, defendiam a inclusão da categoria no projeto. Defensor dos direitos dos militares durante toda a sua atuação como deputado, Bolsonaro hesitou em incluí-los na reforma, mas acabou cedendo.

Renan Dantas

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