Ibovespa: SulAmérica (SULA11) e GPA (PCAR3) lideram altas da semana

Na semana encerrada ontem (25), o comportamento das ações do Ibovespa foi influenciado pela divulgação de resultados trimestrais de várias companhias, como é o caso da SulAmérica (SULA11), Minerva (BEEF3), que ficaram entre as maiores altas da semana.

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Além disso, notícias positivas envolvendo o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e a Sabesp (SBSP3) colocaram estes papéis em uma trajetória positiva.

Confira abaixo as cinco ações que mais subiram do Ibovespa, que cresceu 0,23%, passando de 112.879,85 pontos para 113.141,94 mil pontos, em semana difícil devido ao cenário tenso no leste europeu, com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

  • SULA11: alta de 36,70%
  • PCAR3: alta de 10,17%
  • CRFB3: alta de 9,48%
  • SBSP3: alta de 9,43%
  • BEEF3: alta de 9,41%

SulAmérica dispara no Ibovespa após compra pela Rede D’Or

As ações da SulAmérica chegaram a bater 22% de alta no pregão da quinta-feira (24), cotadas a R$ 37,90, um dia depois da companhia divulgar que foi comprada pela Rede D’Or (RDOR3). O otimismo prosperou na semana, mas a empresa fechou com a cotação um pouco abaixo de quinta, a R$ 35,20.

A SulAmérica está avaliada em R$ 10,35 bilhões na Bolsa e é considerada a maior seguradora independente do Brasil. A empresa conta com cerca de 7 milhões de clientes e em 2020 registrou um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. As duas empresas juntas somam um valor de mercado que, combinado, chega a R$ 124,8 bilhões, de acordo com informações da Bloomberg.

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A Rede D’Or vai assumir o controle da SulAmérica, mas o acordo prevê que as duas empresas continuem suas atuações de forma independente.

“O negócio parece ser promissor para as duas empresas envolvidas. Para a Rede D’Or, a aquisição daria acesso a uma base de mais de 2,3 milhões de beneficiários, enquanto para SulAmérica, o negócio com uma rede renomada como a Rede D’Or daria mais atratividade aos seus planos de saúde, além de potencialmente reduzir sua sinistralidade”, analisa diz Leo Monteiro, analista de Research da Ativa Investimentos.

Grupo Pão de açúcar vende imóveis do Extra por R$ 1,2 bilhão

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) disparou na sexta-feira (25) com a notícia que assinou um contrato definitivo com o fundo de investimento imobiliário Barzel Properties (BZEL11) para a venda de até 17 imóveis – que eram hipermecados Extra -, pelo valor aproximado de R$ 1,2 bilhão

O acordo entre GPA e BZEL11 prevê ainda a posterior locação desses imóveis pelo Assaí (ASAI3), por um prazo de 25 anos, prorrogáveis por mais 15 anos.

A venda dos imóveis Extra pelo GPA faz parte de um plano de desinvestimentos do Grupo, que busca focar em suas bandeiras de maior rentabilidade.

“Com isso, o GPA inicia o ano de 2022 com a estrutura mais enxuta, foco nas bandeiras de maior rentabilidade, performance e aceleração da plataforma digital, bem como na conversão dos hipermercados mantidos pelo GPA em lojas Pão de Açúcar e Mercado Extra”, diz fato relevante.

As ações do GPA também foram influenciadas pelo balanço do quarto trimestre de 2021, onde o grupo reportou u lucro líquido aos controladores de R$ 777 milhões; descontando os créditos tributários, houve alta de 107,7% ante o mesmo período em 2020. Com isso, as ações do GPA fecharam em R$ 23,30 nesta semana.

Balanço do Carrefour segue precificando

Sem nenhuma notícia de impacto específica nesta semana, as ações do Carrefour subiram 9,48% no Ibovespa e encerraram o período cotadas a R$ 19,05.

A companhia divulgou na semana anterior seu balanço do quarto trimestre de 2021 e, desde então, os papéis apresentam uma trajetória de valorização. A empresa registrou uma queda de 13,5% no lucro líquido ajustado na comparação anual, indo de R$ 886 milhões no 4T20 para R$ 766 milhões no 4T21.

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A companhia teve bons resultados no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês). No quarto trimestre, a empresa registrou R$ 1,75 bilhão.

“O Grupo Carrefour Brasil apresentou um desempenho muito resiliente no 4T e no ano de 2021, com crescimento nas vendas brutas e Ebitda ajustado, mesmo diante de uma base de comparação muito difícil”, afirma a CEO Stephane Maquire, no release de divulgação do balanço.

Perspectiva de privatização da Sabesp põe ações em alta no Ibovespa

As ações da Sabesp subiram 9,43% cotadas a R$ 41,41, beneficiadas pela possibilidade de privatização. Isso pois o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que pretende se candidatar ao cargo de governador de São Paulo esse ano, prometeu realizar a desestatização da companhia.

A privatização da Sabesp havia sido prometida pelo atual governador, João Dória, e acabou não sendo cumprida. Os papéis da companhia no Ibovespa já se valorizaram no passado com a promessa de privatização no ano passado, quando o secretário de Fazenda do estado, Henrique Meirelles, divulgou a contratação do IFC, um braço financeiro do Banco Mundial, para planejar a desestatização da companhia. No entanto, o processo parece ter empacado.

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Freitas, que é o candidato de Bolsonaro para São Paulo, usou da promessa para alavancar sua candidatura, que pode contar com o apresentador Datena com vice.

Balanço do Minerva levanta companhia no Ibovespa

As ações do Minerva no Ibovespa dispararam 9,41%, cotadas a R$ 10,81 ao final da semana. A companhia teve no período a divulgação do balanço trimestral. A Minerva Foods informou ter registrado lucro líquido de R$ 150,3 milhões no 4T21. O valor representa alta de 31,7% ante o lucro de R$ 114,1 milhões reportado em igual período de 2020.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 735,3 milhões, alta de 19,2% sobre os R$ 616,9 milhões verificados no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a companhia, trata-se do maior Ebitda trimestral já registrado pela Minerva.

A receita líquida obtida entre outubro e dezembro somou R$ 7,505 bilhões, alta de 31,6% sobre os R$ 5,703 bilhões obtidos nos três meses do ano anterior.

As exportações continuam correspondendo a mais da metade da receita obtida pela Minerva no período: cerca de 68% do acumulado, ou R$ 5,125 milhões, enquanto o mercado interno foi responsável por 32% do total, ou R$ 2,854 milhões. Com isso, a empresa se destacou e consagrou sua posição entre as maiores altas do Ibovespa na semana.

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Bruno Galvão

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