Ibovespa fecha com leve alta de 0,09%, sustentado por ganhos de 2% da Petrobras (PETR4)

Ibovespa hoje encerrou a sessão desta quinta-feira (18) em leve alta de 0,09% aos 113.812,87 pontos, após oscilar entre 113.303,90 e 114.375,45. No mês, o Ibovespa acumula ganho de 10,32% e, no ano, de 8,58%. Na semana, o avanço está em 0,93%.

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Vindo de quatro sessões positivas que sucederam leve ajuste negativo pós-sete ganhos – dito de outra forma, nada menos de 11 ganhos em 12 sessões, de 2 a 17 de agosto -, o Ibovespa chegou a ensaiar pausa ou discreta realização nesta quinta-feira. Mas, nos ombros de Petrobras, encontrou fôlego para fechar em leve alta de 0,09%, aos 113.812,87 pontos, com giro financeiro a R$ 28,9 bilhões na véspera de vencimento de opções sobre ações.

“Se olhar o ‘book’, nos contratos mini (futuros), há muitas ordens de venda colocadas ali na região dos 116, 116,5 mil pontos, uma região que deve ser uma resistência importante para o Ibovespa. O momento começa a ser de proteção de carteira, com o Ibovespa vindo de uma longa série de 24, 25 sessões, com poucas perdas, quatro ou cinco apenas”, diz Nicolas Farto, especialista em renda variável da Renova Invest.

“Com o início formal da campanha eleitoral, a volatilidade deve aumentar com as declarações dos candidatos. A conversa tende a ser muito mais sobre benefícios do que responsabilidade fiscal. É já o que se vê em declarações de Lula sobre o uso dos bancos públicos em linha auxiliar à política social e o Bolsonaro, hoje, com promessa sobre aumento para o funcionalismo em 2023”, acrescenta.

Banco do Brasil esteve na ponta perdedora entre as grandes instituições financeiras, aparando parte dos lucros na ação deflagrados na semana passada pelo entusiasmo em torno do balanço trimestral do banco, que trouxe fortes resultados.

“Há fluxo e considerando o noticiário doméstico, muito de positivo já foi para o preço dos ativos. Mas do exterior ainda pode vir algo, especialmente sobre os juros americanos caso se confirme a expectativa de alta menor, de 50 pontos-base, para a taxa de juros de referência (na próxima reunião do Fed, em setembro)”, observa Farto.

“Estamos a 45 dias das eleições e isso terá mais interferência, relevância para o nosso mercado daqui para frente. Depois de vários dias de recuperação no Ibovespa, enxergamos também uma abertura na curva de juros futuros, principalmente no trecho intermediário, para 5 anos, com vencimento em janeiro de 2027, que afeta em particular os índices de consumo e imobiliário, muito dependentes da curva”, diz Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

“O mercado aqui já trabalhou em volatilidade hoje, desde cedo, considerando também o comportamento dos futuros, antes mesmo da abertura. No início da tarde, as quedas mais fortes estavam no índice imobiliário, e as menores nos índices industrial e de consumo, este ajudado pelo desempenho de Ambev (+2,89% no fechamento)”, acrescenta Madruga.

Ele destaca também, pelo lado positivo, a recuperação em torno de 3% para o barril do Brent na sessão, o que contribuiu para o desempenho das ações de Petrobras, que deram bom suporte ao Ibovespa ao longo desta quinta-feira mesmo nos momentos negativos para o índice.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York exibiram quadro negativo nas primeiras horas do pregão, mas inverteram o sinal ao longo do dia. O quadro, de qualquer modo, foi de volatilidade e ganhos relativamente limitados, com o setor de energia liderando ganhos e ações de tecnologia e serviços de comunicação também com quadro positivo.

  • Dow Jones: +0,06%, aos 33.999,04 pontos;
  • S&P 500: +0,23%, aos 4.283,74 pontos;
  • Nasdaq: +0,21%, aos 12.965,34 pontos.

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dólar à vista fechou em leve alta de 0,08%, a R$ 5,1720, depois de oscilar entre R$ 5,1288 e R$ 5,2069.

Os contratos futuros de petróleo subiram nesta quinta-feira, ainda apoiados pelo forte recuo nos estoques dos Estados Unidos na última semana, revelado ontem pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sinalizou o desejo de manter a Rússia no acordo da Opep+ que tem garantido aumento apenas gradual na oferta. Nesse quadro, mesmo o dólar forte não impediu os ganhos da commodity.

O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em alta de 2,76% (US$ 2,42), a US$ 90,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 3,14% (US$ 2,94), a US$ 96,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ouro fechou em queda, pressionado pela valorização do dólar no exterior após sinalizações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) segue focado no combate à inflação nos EUA, e uma mudança da postura agressiva atual do BC dos Estados Unidos quanto à política monetária.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,31%, a US$ 1.771,20 por onça-troy.

No Ibovespa hoje, assim como no dia anterior, a Petrobras (PETR3, PETR4) segue a alta do petróleo e avança 1,32% e 2,01%, respectivamente. A movimentação permitiu que o índice fechasse o pregão em leve alta, além de compensar a queda de Vale (VALE3), de 0,75%.

A valorização do petróleo também ajudou no desempenho de 3R Petroleum (RRRP3), que teve elevação de 4,43%, figurando na lista de maiores altas do índice.

Mas quem liderou as maiores altas foi Natura (NTCO3), com +5,31%. Também figurou no ranking positivo Hapvida (HAPV3), subindo 4,34%.

Yduqs (YDUQ3) ficou, novamente, no ranking das maiores perdas, desta vez liderando com -5,28%. Ainda se destacaram no campo negativo Americanas (AMER3), com queda de 4,28% e MRV (MRVE3), baixando 4,17%.

Grandes bancos ficaram sem direção única: Santander (SANB11) valorizou 1,06%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) ganhou 0,43% e 0,61%, respectivamente. Já Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 2,31% e Itaú (ITUB4) cedeu 0,29%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Totvs (TOTS3): Controlada faz aquisição da RBM por R$ 30 milhões
  • Afinal, o Méliuz (CASH3) será comprado?

Totvs (TOTS3): Controlada faz aquisição da RBM por R$ 30 milhões

A Dimensa, controlada da Totvs (TOTS3), adquiriu a totalidade das quotas da RBM Web Sistemas Inteligentes por R$ 30 milhões. Adicionalmente, o contrato prevê o pagamento de preço de compra complementar sujeito ao atingimento de metas estabelecidas.

“Com esta aquisição, a Dimensa deverá ampliar sua oferta de produtos e serviços para seus clientes, aumentando seu mercado endereçável, representando mais um passo estratégico para fortalecer sua posição no segmento de tecnologias B2B para o setor financeiro e de fintechs”, diz o comunicado ao mercado divulgado pela Totvs.

A RBM, fundada em 2006, é uma empresa com mais de 150 clientes e capilaridade no mercado nacional que oferece soluções 100% software as a service (SaaS) em core banking de fácil implantação com foco no mercado de fintechs, instituições financeiras e gestoras de recebíveis.

Com base no resultado de julho de 2022, a RBM auferiu receita bruta anualizada de aproximadamente R$ 13 milhões.

O comunicado destaca que o fechamento da transação está sujeito a algumas condições precedentes a serem cumpridas pela RBM.

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Afinal, o Méliuz (CASH3) será comprado?

Em análise sobre o resultado trimestral do Méliuz (CASH3), os analistas do BTG Pactual (BPAC11) citaram que ‘não ficariam impressionados’ se a companhia, a primeira startup a entrar na Bolsa, fosse comprada.

Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, o Head de RI do Méliuz, Marcio Penna, citou que a análise ‘é interessante’ e revela um preço descontado nos patamares atuais.

“É interessante essa análise do sell side, todos são próximos e têm um bom conhecimento do Méliuz; mas as casas são independentes, são opiniões independentes”, disse, em entrevista ao vivo.

“Investidores julgam se uma companhia está ou não sendo assediada. O interessante nesse comentário é que concluem que o preço da companhia fica acima do preço de tela”, acrescentou.

Na sua visão, as ações CASH3 não correspondem ao crescimento futuro da companhia, acompanhando uma retração no preço do segmento de um modo geral, que sofre mais com juros mais altos.

Atualmente os papéis estão cotados a R$ 1,29, em 57% de queda desde o início do ano e 82% de baixa nos últimos 12 meses.

“Caiu muito o valor de mercado, e não só o Méliuz, como várias outras, estão em patamares atrativos. Isso [a possibilidade de compra] pode ocorrer? Quem sou eu para dizer que não?”, diz.

“O Israel [Salmen, CEO da empresa] é sempre muito aberto para escutar e ouvir propostas. Obviamente eu não estou sinalizando e não posso sinalizar que o Méliuz tenha sido ou está sendo assediado por algum player, mas posso falar que isso só virá a ocorrer se fizer sentido para a companhia, para estratégia que traçamos, de longo prazo“, segue.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +0,09%
  • IFIX hoje: +0,13%
  • IBRX hoje: +0,05%
  • SMLL hoje: -0,86%
  • IDIV hoje: -0,71%

Cotação do Ibovespa nesta quarta (17)

Ibovespa fechou o pregão da última quarta-feira (17) em alta de 0,17%, aos 113.707,76 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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