Ibovespa fecha em alta de 0,71%, aos 107.005,22 pontos; Eletrobras (ELET3) sobe 3%

Ibovespa fecha em alta de 0,71%, aos 107.005,22 pontos. O índice vai na contramão dos mercados nos EUA: Dow Jones cedeu 0,75%, S&P 500 perdeu 0,59% (3.900,72) e Nasdaq recua 0,26% (11.388,50). As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em pregão marcado pela alta volatilidade nos principais índices acionários em Wall Street. Temores por recessão da economia global dominaram as mesas de operação e as ações estenderam as fortes perdas da sessão de quarta-feira.

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Ibovespa hoje lidou com os resultados financeiros das empresas, em uma semana agitada da temporada de balanços. Você pode conferir a agenda completa aqui.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,32%, a R$ 4,9168, apesar da saída do investidor estrangeiro da bolsa brasileira.

As ações de mineradoras e siderúrgicas foram os destaques do dia: a CSN Mineração (CMIN3), que pagará dividendos bilionários, saltou 9,07%. Acompanham os ganhos a CSN (CSNA3) e a Usiminas (USIM5), com avanço de 7,2% e de 5,1% respectivamente.

Na ponta negativa, a Hapvida (HAPV3) e a Weg (WEGE3) caíram 4,1% e 3,4%.

Na agenda econômica, os Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego dos EUA, o principal indicador do dia, vêm em 218 mil, pior do que o esperado pelo mercado, de 200 mil.

Além disso o Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia fica em 2,6, bem abaixo da projeção de 16 e indicando desaceleração. Já as Vendas de Casas Usadas ficam em 5,6 milhões, abaixo do esperado, da mesma forma.

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Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

  • Copel e Engie ‘apertam as mãos’
  • BR Properties vende 80% do seu portfólio
  • Eletrobras avança em privatização

Copel (CPLE6) e Engie (EGIE3) fecham parceria

Engie Brasil (EGIE3) assinou com a Copel Geração e Transmissão, subsidiária da Copel (CPLE6), um termo de compromisso com o objetivo de formalizar uma parceria de negócios. O acordo prevê que a Engie tenha uma participação de 51% em uma potencial participação no leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) 01/2022, previsto para ocorrer em 30 de junho de 2022.

“A parceria criada com a assinatura do Termo busca combinar as habilidades destas duas grandes empresas, para aumentar a competitividade no Leilão, possibilitando capturarmos oportunidades de crescimento nesse segmento”, disse em comunicado da Engie.

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BR Properties (BRPR3) se desfaz massivamente de imóveis

A BR Properties (BRPR3) vendeu cerca de 80% do seu portfólio de imóveis para o grupo canadense Brookfield por um valor total de R$ 5,92 bilhões. O negócio envolve a comercialização de 11 das 14 torres comerciais que a empresa possui, distribuídas pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O pagamento será recebido 70% na data de fechamento de cada venda e o restante em 12 meses após a conclusão de cada negócio, que será feito separadamente, afirmou a companhia em fato relevante.

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A Brookfield comprou, no total, 11 torres comerciais da BR Properties, sendo sete em São Paulo (incluindo a Torre B do JK Iguatemi), três no Rio de Janeiro e uma em Brasília.

Conforme a nota divulgada pela companhia, o pagamento da operação será feito da seguinte forma:

  • 70% na data do fechamento da aquisição de cada imóvel;
  • 30% em 12 meses após a data do fechamento.

Os 30% remanescentes serão corrigidos pelo IPCA entre o fechamento da transação e 31 de dezembro de 2022, assim como pelo CDI a partir de 1º de janeiro de 2023 até a data do pagamento. Além disso, será garantido por fiança bancária.

A BR Properties afirma que a operação reforça o sucesso da estratégia realizada pela companhia nos últimos anos, com determinados objetivos, como:

  • Reciclar seu portfólio;
  • Rentabilizar o investimento de maneira atrativa;
  • Manter continuamente o processo de otimização de sua estrutura de capital, reduzindo sua alavancagem; e
  • Permitir a adoção de uma postura conservadora no que tange à liquidez da empresa, “equilibrando sua estrutura de capital com o momento macroeconômico do país”.

Foi destacado em nota, ainda, que o encerramento do negócio será feito após a liquidação de determinadas dívidas em relação aos imóveis, assim como a aprovação pela Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da BR Properties e a aprovação do Cade.

Os papéis da empresa caem 1,8% no intradia da Ibovespa hoje.

Eletrobras ‘beira’ privatização com aprovação do TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) retomou o processo de julgamento da privatização da Eletrobras (ELET3) nesta quarta-feira (18). O plenário formou maioria para aprovar a continuidade do processo de privatização da companhia. O placar final do julgamento foi de 7 votos a 1 a favor da desestatização.

O governo aguardava o desfecho do julgamento para dar prosseguimento na operação, que diluirá o controle acionário da União na Eletrobras. A intenção da equipe de Jair Bolsonaro é concluir a desestatização ainda no primeiro semestre deste ano, para evitar a proximidade com o calendário eleitoral e com as férias de verão no Hemisfério Norte, período de movimento menor de investidores na Bolsa.

Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, fez uma ofensiva nos gabinetes de seis ministros do TCU para garantir apoio para autorização da privatização da empresa e sanar possíveis dúvidas existentes.

Conforme mostrou o Estadão, Sachsida afirmou a um ministro da Corte que, se o processo passasse, a oferta de ações deveria ocorrer em 25 de maio – um prazo mais curto do que vinha sendo indicado nas últimas semanas- e a liquidação em 9 de junho.

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Em julgamento ocorrido nesta quarta-feira, 18, seguiram o ministro-relator, Aroldo Cedraz, os ministros Benjamin Zymler, Walton Alencar Rodrigues, Augusto Nardes, Jorge Oliveira, Antonio Anastasia e Bruno Dantas.

Apenas o ministro Vital do Rêgo, que havia pedido vistas do processo em 20 de abril, apresentou voto divergente contra a privatização. Em seu voto-revisor, ele alegou que os dados e modelo da desestatização têm uma série de inconsistências e irregularidades. O ministro, no entanto, não conseguiu apoio dos demais integrantes do colegiado.

Após a maioria dos ministros declarar voto pela aprovação do processo, Vital do Rêgo afirmou que respeita a decisão. “Aceito a decisão da maioria, mesmo não entendendo o posicionamento dela. Aceito, mas não entendo, mas respeito acima de tudo.”

Os papéis da elétrica sobem 3,2% no intradia da bolsa de valores hoje.

Última cotação do Ibovespa

No pregão da quarta (18), o Ibovespa fechou em baixa de 2,3% aos 106 mil pontos.

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Eduardo Vargas

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